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11/11/2005
-
17h06
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
A CPI dos Correios vai mesmo ser prorrogada até abril de 2006. A Secretaria da Mesa Diretora do Senado confirmou nesta tarde a decisão e, com isso, o governo sai mais uma vez derrotado da disputa com a oposição e terá de enfrentar os trabalhos da CPI em pleno início da campanha eleitoral para a presidência.
A oposição tomou a iniciativa de pedir o prorrogação da CPI, que encerraria seus trabalhos já em dezembro. Ao governo não interessa esticar a CPI. Já para a oposição, dar continuidade aos trabalhos é sinônimo de aprofundamento das investigações e possibilidade de vitória em 2006.
Os aliados do governo ainda tentaram reverter a situação. Apelaram para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que pediu para que a Secretaria considerasse a "legalidade, cronologia dos requerimentos de apoio e de exclusão de assinturas no pedido de prorrogação."
A batalha envolveu um complexo jogo de inclusão e de retirada de assinaturas favoráveis e contrárias à continuidade dos trabalhos da comissão, que seria encerrada em dezembro caso não fosse prorrogada.
A estratégia
Diante deste quadro, governistas e oposição traçaram estratégias distintas para atingir seus objetivos.
O Congresso tinha até meia-noite para receber as 171 assinaturas necessárias para prorrogar a CPI. O governo articulava entre os congressistas a retirada de nomes do requerimento. A oposição, em contrapartida, reunia nomes para endossar o pedido.
Embora tenha conseguido retirar 66 nomes do requerimento de prorrogação e, com isso, inviabilizar a prorrogação da CPI, os governistas erraram ao antecipar a estratégia e tiveram pouco tempo para comemorar.
Às 23h37 os aliados do governo apresentaram sua lista de nomes que retirariam apoio à prorrogação. Já a oposição esperou até o último minuto, 23h59, para incluir nomes, derrotando assim a estratégia dos aliados.
Wladimir Costa (PMDB-PA) e Carlos Willian (PMDB-MG), que articulavam com o governo, estavam nas duas listas. Mas, como a Mesa considera a última decisão como sendo válida, os deputados, que estavam com o governo, acabaram dando votos para a oposição.
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A CPI dos Correios vai mesmo ser prorrogada até abril de 2006. A Secretaria da Mesa Diretora do Senado confirmou nesta tarde a decisão e, com isso, o governo sai mais uma vez derrotado da disputa com a oposição e terá de enfrentar os trabalhos da CPI em pleno início da campanha eleitoral para a presidência.
A oposição tomou a iniciativa de pedir o prorrogação da CPI, que encerraria seus trabalhos já em dezembro. Ao governo não interessa esticar a CPI. Já para a oposição, dar continuidade aos trabalhos é sinônimo de aprofundamento das investigações e possibilidade de vitória em 2006.
Os aliados do governo ainda tentaram reverter a situação. Apelaram para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que pediu para que a Secretaria considerasse a "legalidade, cronologia dos requerimentos de apoio e de exclusão de assinturas no pedido de prorrogação."
A batalha envolveu um complexo jogo de inclusão e de retirada de assinaturas favoráveis e contrárias à continuidade dos trabalhos da comissão, que seria encerrada em dezembro caso não fosse prorrogada.
A estratégia
Diante deste quadro, governistas e oposição traçaram estratégias distintas para atingir seus objetivos.
O Congresso tinha até meia-noite para receber as 171 assinaturas necessárias para prorrogar a CPI. O governo articulava entre os congressistas a retirada de nomes do requerimento. A oposição, em contrapartida, reunia nomes para endossar o pedido.
Embora tenha conseguido retirar 66 nomes do requerimento de prorrogação e, com isso, inviabilizar a prorrogação da CPI, os governistas erraram ao antecipar a estratégia e tiveram pouco tempo para comemorar.
Às 23h37 os aliados do governo apresentaram sua lista de nomes que retirariam apoio à prorrogação. Já a oposição esperou até o último minuto, 23h59, para incluir nomes, derrotando assim a estratégia dos aliados.
Wladimir Costa (PMDB-PA) e Carlos Willian (PMDB-MG), que articulavam com o governo, estavam nas duas listas. Mas, como a Mesa considera a última decisão como sendo válida, os deputados, que estavam com o governo, acabaram dando votos para a oposição.
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