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21/10/2006 - 18h09

PT afirma que citação de Dirceu e Carvalho no dossiê não indica culpa

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RAIMUNDO DE OLIVEIRA
da Folha Online

Políticos do PT afirmaram na tarde deste sábado que a divulgação de novas denúncias sobre o caso da compra do dossiê contra tucanos não refletem culpa dos petistas citados. No relatório parcial apresentado pela Polícia Federal aparecem os nomes de Gilberto Carvalho, assessor especial da Presidência, e do ex-ministro José Dirceu, que teve o mandato de deputado federal cassado durante o escândalo do mensalão.

Segundo o relatório, os dois mantiveram contato telefônico com Jorge Lorenzetti, ex-analista de risco e mídia da campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que foi apontado como o articulador da compra do dossiê.

Para o senador Aloizio Mercadante (PT), candidato derrotado ao governo de São Paulo, o fato de Carvalho ter feito ligações telefônicas a Lorenzetti no dia em que foi feita a prisão dos petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos, que estavam em poder de R$ 1,7 milhão para supostamente comprar o dossiê, "não caracteriza envolvimento".

"É evidente que ele [secretário de Lula] não participou. O papel dele como chefe de gabinete é informar [o presidente] de fatos que acontecem", afirmou o senador.

O também senador Eduardo Suplicy disse que considerou "satisfatório" o esclarecimento de Carvalho, que teria telefonado a Lorenzetti para obter mais informações a respeito da prisão de Gedimar e Vadebran.

Já o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B), classificou como "desdobramentos políticos da investigação policial" a divulgação do relatório parcial da PF e as especulações sobre a participação de mais pessoas ligadas ao presidente Lula na compra do dossiê. "A investigação policial não chegou a nenhuma conclusão a respeito do envolvimento dessas pessoas."

Os três participam na tarde deste sábado do "Ato Nordestino" organizado pela campanha do presidente Lula em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, área que tem grande concentração de nordestinos. O evento conta com a presença de prefeitos e governadores.

O governador eleito por Sergipe, Marcelo Deda, disse que as investigações sobre o dossiê ainda estão em curso e, portanto, não há nenhuma conclusão a que se possa chegar a respeito da participação de qualquer membro direto da campanha do presidente Lula.

"Estamos tranqüilos, mas sabemos que os nossos adversários vão tentar transformar esse episódio numa verdadeira tábua de salvação para evitar o desastre eleitoral", disse Deda.

Sobre a implicação de Carvalho, Deda afirmou que há uma "tentativa de transformar um único telefonema em vínculo definitivo".

Jaques Wagner, governador eleito da Bahia, disse que "qualquer nova revelação não trará modificação ao resultado eleitoral" e que "os petistas que erraram têm de pagar o preço porque deram prejuízo à sociedade e ao partido."

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