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29/01/2007 - 09h20

Executiva do PT discute expulsão de "aloprados" e política de juros

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ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Executiva Nacional do PT marcou para hoje, às 18h, reunião em que discutirá o que fazer com Osvaldo Bargas e Expedito Veloso, envolvidos no caso dossiê antitucano que permanecem filiados ao partido.

O encontro servirá ainda para debater a eleição das Mesas do Congresso, a participação do PT no governo, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e a queda dos juros.

Integrantes da Executiva ouvidos ontem pela Folha disseram que os casos de Bargas e Veloso, que podem ser expulsos, não são o principal item da pauta, mas reconheceram que o assunto precisa ser resolvido.

"O problema é que eles continuam filiados. É preciso resolver esse impasse", disse Joaquim Soriano, secretário-geral nacional interino do PT.

Berzoini

A reunião de hoje será o primeiro encontro da Executiva comandado pelo deputado Ricardo Berzoini (SP) depois que ele voltou a presidir o PT, no começo deste ano.

Ele ficou mais de três meses afastado por conta do caso dossiê antitucano --a suposta ação de petistas para a compra de informações sobre a participação de José Serra (PSDB) na máfia das ambulâncias.

O inquérito da Polícia Federal, no entanto, isentou Berzoini de qualquer participação no episódio. Também foram considerados inocentes Bargas, Veloso e Jorge Lorenzetti, que já se desfiliou do PT. Todos integravam campanha nacional do partido.

Para negar qualquer constrangimento, Berzoini está disposto a colocar em discussão a abertura de processo contra Bargas e Veloso na comissão de ética do partido. Terceiro vice-presidente do PT, o deputado eleito Jilmar Tatto (PT-SP) espera que, até o início da reunião, Bargas e Veloso apresentem suas cartas de desfiliação, como fizeram os outros envolvidos no caso dossiê

"Eles foram declarados "politicamente" expulsos por uma resolução, mas ainda permanecem filiados", disse Tatto, referindo-se a uma resolução produzida em outubro do ano passado, logo depois do primeiro turno da eleição presidencial.

PAC e juros

Além do caso, a reunião prevê discussões sobre as medidas do PAC, os juros e a participação do PT no governo.

Para a segunda vice-presidente petista, deputada Maria do Rosário (PT-RS), integrante da ala moderada "Movimento PT", a Executiva poderá elaborar um documento com críticas ao Banco Central, que reduziu o ritmo de queda da Selic na última quarta-feira --quando caiu 0,25 ponto percentual e foi a 13% ao ano. Nas últimas cinco reuniões de 2006, a queda foi de 0,5 ponto percentual.

"É uma medida conservadora que não condiz com o PAC, que promove o desenvolvimento", disse Maria do Rosário. "Essa é uma opinião generalizada dentro do partido", disse.

Sobre a participação do PT no governo, Maria do Rosário defende que o partido seja protagonista. "Ainda não sabemos como vai ser a reforma ministerial, mas o PT precisa assumir sua responsabilidade na aplicação do programa de governo", afirmou.

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