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06/02/2007 - 14h45

Casal da Renascer alega inocência em audiência na Justiça americana

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da Folha Online

Os fundadores da Igreja Renascer em Cristo --Estevam Hernandes Filho e Sônia Haddad Moraes Hernandes-- alegaram inocência em sua primeira audiência na Justiça americana, em Miami. Ontem, um júri popular ("grand jury") formalizou o indiciamento do casal pelas acusações de contrabando de divisas, conspiração e declaração falsa à alfândega americana.

Na Justiça americana, essa sessão preliminar com o júri popular é um procedimento equivalente ao juiz aceitar ou não denúncia do Ministério Público, no Brasil. O juiz responsável pelo caso questiona um júri formado por 25 pessoas se há elementos que possibilitam a existência de um crime, após ouvir as partes envolvidas na acusação.

Diego Padgurschi/FI
Os fundadores da Igreja Renascer, Estevam Hernandes Filho e Sônia Haddad Hernandes
Os fundadores da Igreja Renascer, Estevam Hernandes Filho e Sônia Haddad Hernandes
Na audiência de hoje, além da leitura das acusações contra o casal, detido nos EUA desde o início de janeiro, foi também nomeado o juiz responsável pelo caso, Federico A. Moreno. Ainda não há data marcada para o julgamento do casal. Cada acusação tem penalidade máxima de cinco anos.

Os Hernandes foram detidos no aeroporto de Miami, no dia 8 de janeiro, por terem declarado incorretamente à alfândega norte-americana que não carregavam mais de US$ 10 mil cada. O casal portava, entretanto, US$ 56 mil em espécie.

Eles ficaram em um presídio federal em Miami e na Imigração, mas saíram sob liberdade condicional. Eles estão impedidos de deixar a Flórida até o julgamento do processo que corre contra eles nos Estados Unidos.

Contrabando de divisas

Nos EUA, Estevam e Sônia foram denunciados por declaração falsa à alfândega americana e contrabando de divisas. No documento de acusação, os jurados americanos consideram que Estevam e Sônia "deliberadamente" e "intencionalmente" "conspiraram" e "se aliaram" para ocultar os dólares que superavam os US$ 21 mil declarados à alfândega 'em artigos de bagagem e outros compartimentos'.

Tanto Sônia quanto Estevam foram acusados em cinco itens --três por declaração falsa à alfândega, um por contrabando de divisas e outro por conspiração-- com penalidade máxima de cinco anos de detenção cada uma.

A defesa do casal da Renascer sustenta que houve somente um equívoco na declaração de valores à alfândega americana e que Sônia e Estevam passam por um constrangimento "injusto e absurdo".

Brasil

No Brasil, Sônia e Estevam são acusados de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e estelionato. (Saiba quais são as acusações contra os fundadores da Igreja Renascer)

Reportagem publicada pela Folha no dia 25 de outubro informava que um ex-funcionário da Renascer, que se identificou como "J", disse que o dinheiro arrecadado entre os fiéis era usado para pagar funcionários de empresas dos Hernandes. Assim, sobravam mais recursos para que as empresas do grupo comprassem bens.

Numa outra denúncia, o Ministério Público de São Paulo acusou os Hernandes e o bispo primaz Jorge Luiz Bruno de falsidade ideológica. Eles teriam montado uma igreja "laranja", chamada Internacional Renovação Evangélica, para livrar a Renascer de processos.

Segundo a denúncia, a igreja Internacional Renovação Evangélica, criada em 2004 por Jorge Luiz Bruno, não existe fisicamente. No endereço indicado na ata de fundação --rua Maria Carlota, 879, na zona leste de São Paulo-- funciona um templo da Renascer.

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