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12/03/2007
-
19h42
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O PT sinalizou nesta segunda-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que está disposto a perder espaço no governo para que sejam acomodados partidos da coalizão política na reforma ministerial. No encontro de mais de uma hora do conselho político do PT com o presidente Lula nesta tarde, os líderes petistas afirmaram que vão se enquadrar nas decisões tomadas pelo presidente para a conclusão da reforma --mesmo que isso implique em perda de espaço no primeiro escalão do governo.
"O PT apóia e continuará apoiando o presidente nas decisões que o presidente tomar. Se o presidente achar conveniente que nós tenhamos que perder espaço, nós vamos compreender e apoiar incondicionalmente o presidente da República na condução desse processo", disse o líder do partido na Câmara, deputado Luiz Sérgio (RJ).
O discurso de Sérgio é contrário ao adotado, nos bastidores, por grande parte das lideranças petistas. O partido negocia a ampliação de seu espaço no primeiro escalão do governo e não abre mão de indicar a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy para o novo ministério de Lula.
Ao contrário de Sérgio, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) disse ao chegar ao encontro que o PT pretendia reivindicar espaço no segundo mandato de Lula mesmo sem interferir na decisão do presidente --numa clara sinalização de que o partido não está disposto a perder espaço no primeiro escalão. "Queremos um tamanho que seja adequado ao partido que deseja fazer ações programáticas no governo", disse a deputada.
Designado porta-voz do partido após o encontro com Lula, Sérgio negou que os petistas tenham apresentado uma lista com as indicações da legenda para o ministério de Lula. "O PT não discutiu nomes, não indicou nomes", afirmou.
A Executiva Nacional do PT se reuniu hoje por mais de quatro horas para discutir o espaço da legenda na reforma ministerial. Apesar da pressão de grupos petistas para a nomeação de Marta, Sérgio disse que o nome da ex-prefeita sequer foi mencionado na reunião.
"O nome da Marta aparece pela liderança que ela é, do Estado importante que ela governou, o papel que exerceu no processo eleitoral. Se ela vier a ser convidada, vai aceitar e terá muito a contribuir com o governo. Mas o convite é algo pessoal do presidente. Não cabe ao partido e à bancada ficar fazendo sugestões", desconversou.
Sérgio também desconversou quando questionado sobre a possibilidade de Lula anunciar a reforma esta semana. "Ele não tem pressa, está conversando com os seus aliados. Não é nosso papel pressionar por nada. Eu acredito que, se tiverem mudanças [no ministério] elas serão pontuais e pequenas", afirmou.
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O PT sinalizou nesta segunda-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que está disposto a perder espaço no governo para que sejam acomodados partidos da coalizão política na reforma ministerial. No encontro de mais de uma hora do conselho político do PT com o presidente Lula nesta tarde, os líderes petistas afirmaram que vão se enquadrar nas decisões tomadas pelo presidente para a conclusão da reforma --mesmo que isso implique em perda de espaço no primeiro escalão do governo.
"O PT apóia e continuará apoiando o presidente nas decisões que o presidente tomar. Se o presidente achar conveniente que nós tenhamos que perder espaço, nós vamos compreender e apoiar incondicionalmente o presidente da República na condução desse processo", disse o líder do partido na Câmara, deputado Luiz Sérgio (RJ).
O discurso de Sérgio é contrário ao adotado, nos bastidores, por grande parte das lideranças petistas. O partido negocia a ampliação de seu espaço no primeiro escalão do governo e não abre mão de indicar a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy para o novo ministério de Lula.
Ao contrário de Sérgio, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) disse ao chegar ao encontro que o PT pretendia reivindicar espaço no segundo mandato de Lula mesmo sem interferir na decisão do presidente --numa clara sinalização de que o partido não está disposto a perder espaço no primeiro escalão. "Queremos um tamanho que seja adequado ao partido que deseja fazer ações programáticas no governo", disse a deputada.
Designado porta-voz do partido após o encontro com Lula, Sérgio negou que os petistas tenham apresentado uma lista com as indicações da legenda para o ministério de Lula. "O PT não discutiu nomes, não indicou nomes", afirmou.
A Executiva Nacional do PT se reuniu hoje por mais de quatro horas para discutir o espaço da legenda na reforma ministerial. Apesar da pressão de grupos petistas para a nomeação de Marta, Sérgio disse que o nome da ex-prefeita sequer foi mencionado na reunião.
"O nome da Marta aparece pela liderança que ela é, do Estado importante que ela governou, o papel que exerceu no processo eleitoral. Se ela vier a ser convidada, vai aceitar e terá muito a contribuir com o governo. Mas o convite é algo pessoal do presidente. Não cabe ao partido e à bancada ficar fazendo sugestões", desconversou.
Sérgio também desconversou quando questionado sobre a possibilidade de Lula anunciar a reforma esta semana. "Ele não tem pressa, está conversando com os seus aliados. Não é nosso papel pressionar por nada. Eu acredito que, se tiverem mudanças [no ministério] elas serão pontuais e pequenas", afirmou.
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