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14/03/2007
-
17h07
ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve fatiar o anúncio da reforma ministerial. Inicialmente, a intenção do Planalto era fazer a mudança de uma vez só. Mas o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) sinalizou hoje ao deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), que as mudanças serão feitas em etapas.
"O ministro disse que as mudanças serão feitas à medida que o presidente tiver resolvido as pendências que envolvem a nomeação de cada pasta", disse Paulinho.
Na sexta-feira, por exemplo, Tarso trocará de pasta. Ele assumirá o lugar de Márcio Thomaz Bastos no Ministério da Justiça.
Segundo Paulinho, Tarso afirmou que "está praticamente certa" a indicação do presidente do PDT, Carlos Lupi, para o Ministério da Previdência. A nomeação de Lupi, entretanto, deve ser feita somente na próxima semana.
Para o lugar de Tarso, o presidente deve indicar Walfrido dos Mares Guia (PTB), hoje à frente do Turismo. O lugar de Walfrido deve ficar com a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT).
O PT também quer indicar nomes para as pastas do Desenvolvimento Agrário e Secretaria de Direitos Humanos. Os cotados são Pedro Eugênio (PT-PE) e Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), respectivamente.
As discussões com o PT devem ser retomadas nesta quarta-feira no encontro de Lula com o presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP). Antes, Lula se reúne com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP).
PMDB
Lula deve informar ao PMDB que o partido ficará com pelo menos quatro pastas: Comunicações (Hélio Costa), Minas e Energia (Silas Rondeau), Saúde (José Temporão) e Integração Nacional (Geddel Vieira Lima).
O partido vai insistir em mais um ministério, pois o PMDB não considera que a pasta da Saúde pertença à cota da bancada do partido na Câmara. Para o PMDB, a nomeação de Temporão para a Saúde pertence à cota do Senado --já que ele foi indicado pelo pelo governador Sérgio Cabral (RJ). Por isso, os deputados peemedebistas reivindicam um quinto ministério de Lula --Agricultura ou Previdência.
Para a Agricultura, o nome mais cotado nesta terça-feira era o do deputado Odílio Balbinotti (PR), maior produtor individual de sementes de soja do Brasil. Outras opções do partido são Waldemir Moka (MS), mas há resistências ao seu nome uma vez que o deputado se manteve no grupo de oposição do PMDB ao governo federal no primeiro mandato de Lula.
O deputado Eunício Oliveira (CE) também é cotado para a vaga. O que pesa contra Eunício é o fato de o deputado ser mais alinhado à bancada do PMDB do Senado que à da Câmara. Se não conseguirem a pasta da Agricultura, outra opção dos peemedebistas é a Previdência.
Se não conseguir um quinto ministério, a bancada do PMDB na Câmara pedirá a Lula o controle de cargos em estatais e bancos públicos. A lista de reivindicações inclui a diretoria de exploração da Petrobras, para atender a bancada de Minas Gerais; e a presidência de Furnas, para a bancada do Rio de Janeiro.
O partido quer ainda a presidência da Eletrobrás, uma diretoria da Eletronorte para a bancada do Centro-Oeste, a presidência da BR Distribuidora e uma diretoria do BNDES. Almeja também a direção de um dos bancos públicos e a Secretaria de Previdência Complementar, ligada ao Ministério da Previdência.
Com FABIANA FUTEMA, editora de Brasil da Folha Online
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve fatiar o anúncio da reforma ministerial. Inicialmente, a intenção do Planalto era fazer a mudança de uma vez só. Mas o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) sinalizou hoje ao deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), que as mudanças serão feitas em etapas.
Folha Imagem |
Carlos Lupi, presidente do PDT, deve assumir pasta da Previdência |
Na sexta-feira, por exemplo, Tarso trocará de pasta. Ele assumirá o lugar de Márcio Thomaz Bastos no Ministério da Justiça.
Segundo Paulinho, Tarso afirmou que "está praticamente certa" a indicação do presidente do PDT, Carlos Lupi, para o Ministério da Previdência. A nomeação de Lupi, entretanto, deve ser feita somente na próxima semana.
Para o lugar de Tarso, o presidente deve indicar Walfrido dos Mares Guia (PTB), hoje à frente do Turismo. O lugar de Walfrido deve ficar com a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT).
O PT também quer indicar nomes para as pastas do Desenvolvimento Agrário e Secretaria de Direitos Humanos. Os cotados são Pedro Eugênio (PT-PE) e Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), respectivamente.
As discussões com o PT devem ser retomadas nesta quarta-feira no encontro de Lula com o presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP). Antes, Lula se reúne com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP).
PMDB
Lula deve informar ao PMDB que o partido ficará com pelo menos quatro pastas: Comunicações (Hélio Costa), Minas e Energia (Silas Rondeau), Saúde (José Temporão) e Integração Nacional (Geddel Vieira Lima).
O partido vai insistir em mais um ministério, pois o PMDB não considera que a pasta da Saúde pertença à cota da bancada do partido na Câmara. Para o PMDB, a nomeação de Temporão para a Saúde pertence à cota do Senado --já que ele foi indicado pelo pelo governador Sérgio Cabral (RJ). Por isso, os deputados peemedebistas reivindicam um quinto ministério de Lula --Agricultura ou Previdência.
Para a Agricultura, o nome mais cotado nesta terça-feira era o do deputado Odílio Balbinotti (PR), maior produtor individual de sementes de soja do Brasil. Outras opções do partido são Waldemir Moka (MS), mas há resistências ao seu nome uma vez que o deputado se manteve no grupo de oposição do PMDB ao governo federal no primeiro mandato de Lula.
O deputado Eunício Oliveira (CE) também é cotado para a vaga. O que pesa contra Eunício é o fato de o deputado ser mais alinhado à bancada do PMDB do Senado que à da Câmara. Se não conseguirem a pasta da Agricultura, outra opção dos peemedebistas é a Previdência.
Se não conseguir um quinto ministério, a bancada do PMDB na Câmara pedirá a Lula o controle de cargos em estatais e bancos públicos. A lista de reivindicações inclui a diretoria de exploração da Petrobras, para atender a bancada de Minas Gerais; e a presidência de Furnas, para a bancada do Rio de Janeiro.
O partido quer ainda a presidência da Eletrobrás, uma diretoria da Eletronorte para a bancada do Centro-Oeste, a presidência da BR Distribuidora e uma diretoria do BNDES. Almeja também a direção de um dos bancos públicos e a Secretaria de Previdência Complementar, ligada ao Ministério da Previdência.
Com FABIANA FUTEMA, editora de Brasil da Folha Online
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