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23/03/2007 - 09h15

Frei italiano reprova capela de futura beata baiana

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LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador

Enviado pelo Vaticano a Salvador (BA) para discutir questões relacionadas à beatificação de três religiosos brasileiros, o frei italiano Paolo Lombardi reprovou todas as instalações da capela onde estão depositados os restos mortais de irmã Lindalva Justo de Oliveira, morta com 44 facadas no dia 9 de abril de 1993.

Segundo a Arquidiocese de Salvador, a cerimônia de beatificação da freira está marcada para o próximo dia 25 de novembro, dentro da capela localizada no Abrigo D. Pedro 2º, onde a religiosa foi morta.

Durante sua visita às instalações, Paolo Lombardi encontrou a presença de cupins, infiltrações, rachaduras, janelas e portas quebradas e muitos pontos de umidade.

"É vergonhoso isto aqui. Do jeito que está, a imagem de Salvador ficará muito ruim", disse o frei. A Prefeitura de Salvador, responsável pela administração do abrigo, informou que as obras de recuperação dos espaços visitados pelo representante do Vaticano estão orçadas em R$ 11 milhões.

A arquidiocese também promete fazer uma "grande campanha" para mobilizar os fiéis a colaborar com a restauração.

Caso as obras não sejam realizadas, existe a possibilidade de os restos mortais da religiosa serem transferidos para outro local apenas para a realização da cerimônia de beatificação.

Ontem, o secretário municipal Carlos Ribeiro Soares (Desenvolvimento Social) disse que a prefeitura não tem recursos disponíveis para a execução do projeto, mas está buscando parcerias com a iniciativa privada.

Lindalva Justo de Oliveira foi morta aos 39 anos, enquanto servia o café da manhã no abrigo, pelo interno Augusto Peixoto, 46. Relatos de testemunhas apontam que o crime foi motivado por uma "paixão obsessiva" que Peixoto mantinha pela freira.

O processo de beatificação da religiosa começou em janeiro de 2000. Diferentemente do que acontece com a maioria dos processos que chegam ao Vaticano, os trâmites burocráticos foram mais rápidos porque Lindalva Oliveira morreu como "mártir religiosa", exercendo a sua função. Nestes casos, segundo a Arquidiocese de Salvador, não é necessária a comprovação de milagres para a pessoa ser canonizada.

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