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01/04/2007 - 16h06

PT prega liberdade de imprensa "radical"

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LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Folha de S.Paulo

Apontado por alguns petistas como o responsável pela crise política que abalou o PT em 2005, o Campo Majoritário defendeu ontem a "radicalização da liberdade de imprensa" e garantiu que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem como aliadas siglas de direita, como o PP, é mais de esquerda do que se imagina.

As afirmações fazem parte de um documento preparado pelo Campo Majoritário, que será apresentado no 3º Congresso Nacional do PT, em agosto.

O documento diz que "a radicalização da liberdade de imprensa e seu compromisso público" fazem parte do "compromisso com o PT como partido socialista e democrático".

"É preciso fortalecer a concepção de um sistema de comunicação que combine a atuação do setor público, do setor privado e dos instrumentos de comunicação comunitária", diz mais adiante o texto.

A tese é defendida no momento em que o governo Lula anunciou o projeto uma TV pública e criou a Secretaria de Comunicação Social para tocá-lo.

Diante das críticas sobre o distanciamento entre a prática do governo e a ideologia petista, o documento afirma que "o governo Lula é mais de esquerda do que foi caracterizado pela imprensa e, algumas vezes, por discursos de membros do próprio governo". O entendimento contrário, continua, revela "certa falta de compreensão dos avanços propostos e alcançados nesses quatro anos".

Na tese, a corrente petista informa que reconhece os erros do PT --não cita a palavra mensalão--, defende o combate à corrupção e a reconquista do apoio dos intelectuais e da militância. Pede ainda a retomada do debate sobre o socialismo petista, sem que ele se torne uma "camisa-de-força". "Socialismo, para o PT, não deve ser confundido com estatização, mas entendido como socialização da política", diz o texto.

"Não queremos refundar o PT", disse ontem o presidente da sigla, Ricardo Berzoini. "O que precisamos é construir um diálogo interno mais forte."

"O PT precisa ser contemporâneo, mas fundar de novo, não", disse o deputado João Paulo Cunha. Participaram ainda do ato o ministro Luiz Marinho (Previdência), o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, e os senadores Aloizio Mercadante e Eduardo Suplicy.

Acusado de envolvimento no mensalão, José Genoino aproveitou o encontro para um "desabafo pessoal". Disse não ter subscrito a tese, apesar da afinidade de idéias. "Ainda estou num momento de autocrítica."

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