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27/04/2007 - 20h00

TRF nega pedidos de habeas corpus de acusados de ligação com máfia

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CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
da Folha de S.Paulo, no Rio

O desembargador Abel Gomes, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região negou hoje os pedidos de habeas corpus de oito acusados de envolvimento com a quadrilha que atuava na compra de sentenças para beneficiar a máfia do jogo. Os acusados queriam revogar a ordem de prisão preventiva que há contra eles e a transferência para o presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS).

Eles permanecerão no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Benfica, até o final dos depoimentos --que devem se encerrar em 7 de maio. Depois, segundo a Justiça, devem ser transferidos para Campo Grande.

Segundo o TRF, os pedidos beneficiariam Ailton Guimarães (Capitão Guimarães), Júlio Guimarães, Aniz Abrahão David (Anísio), Virgílio Medina, Sérgio Luzio Marques, Laurentino Freire, Licínio Soares Bastos, José Luiz da Costa Rebelo.

Capitão Guimarães e Aniz depuseram ontem para a juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal do Rio. Júlio, sobrinho do Capitão Guimarães, depõe hoje. Virgílio é irmão do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina.

Sérgio Luiz Marques seria o suposto advogado da quadrilha. Laurentino e Licínio seriam sócios do Bingo Icaraí supostamente usada pela máfia para lavar dinheiro.

Sérgio Luzio e José Luiz teriam intermediado junto a Virgílio Medina a tentativa de comprar uma decisão favorável de Paulo Medina às casas de bingo.

Denúncia

Segundo reportagem da Folha, o MPF (Ministério Público Federal) afirma que Virgílio Medina chegou a negociar por R$ 1 milhão uma segunda decisão do ministro com os bingueiros.

Na primeira negociação, os intermediários Sérgio Luzio e José Luiz da Costa Rebello (Bingo Icaraí) quiseram aumentar o valor inicialmente pedido por Virgílio de R$ 600 mil para R$ 1 milhão para poderem receber uma 'comissão'.

Mas o acerto irritou José Renato Granado (bingueiro) e Paulo Lino (presidente da Associação de Bingos do Rio), que fizeram Jaime Dias e Evandro Fonseca (seus representantes de confiança) negociar com Virgílio diretamente e retomar o valor de R$ 600 mil.

Paulo Medina concedeu uma liminar --negociada por seu irmão, segundo a PF e o MPF-- que permitiu a liberação de 900 máquinas caça-níqueis que haviam sido apreendidas em Niterói (RJ). Essa liminar foi cassada mais tarde.

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