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07/05/2007 - 13h25

Juíza dá nova chance para acusados de ligação com máfia do jogo se defenderem

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da Folha Online

A juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal do Rio, deu novo prazo para os acusados de ligação com a máfia dos jogos se defenderem das acusações de ligação com a quadrilha que atuava na compra de sentenças para beneficiar casas de bingo e donos de caça-níqueis. A primeira fase de depoimentos se encerraria hoje, com o interrogatório de João Oliveira de Farias --acusado de ser tesoureiro de bicheiros.

Mas a juíza vai permitir que os acusados que quiserem possam prestar novos depoimentos nos dias 15, 16 e 17. Para isso, seus advogados devem protocolar o pedido para realização de novo interrogatório.

O novo prazo foi dado porque a maioria dos acusados preferiu ficar calada na primeira fase de depoimentos alegando que seus advogados não tiveram acesso às gravações feitas pela Polícia Federal. A juíza informou que o arquivo com as cópias das gravações estará disponível para os advogados de defesa a partir de quinta-feira.

Com o novo prazo, a expectativa é que os acusados abandonem a estratégia de permanecerem calados no depoimento.

Por conta do novo prazo, os 24 acusados de ligação com a máfia sem foro privilegiado ficarão no Rio até o dia 17 de maio. Depois disso, eles serão transferidos para o presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS). Até lá, eles ficarão detidos no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Benfica.

Operação Hurricane

Eles foram presos no dia 13 de abril numa megaoperação da Polícia Federal, que atingiu magistrados, bicheiros, policiais, empresários, advogados e organizadores do Carnaval do Rio. Eles são acusados de praticar os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Dos 25 presos inicialmente, quatro (com foro privilegiado) foram soltos: ex-vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim; o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira.

Os 21 restantes tiveram a prisão preventiva decretada. Mais tarde, a Justiça decretou a prisão de mais três, elevando para 24 o número de denunciados no inquérito que tramita na 6ª Vara Criminal do Rio. Os quatro acusados com foro privilegiado terão de apresentar defesa ao STF (Supremo Tribunal Federal).

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