Publicidade
Publicidade
23/05/2007
-
17h25
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A empresária Silvia Pfeiffer, que denunciou à Polícia Federal um suposto esquema de corrupção na Infraero (estatal que administra os aeroportos), pediu hoje proteção policial à CPI do Apagão da Câmara e do Senado. Silvia disse que vem sofrendo ameaças de morte desde que tornou públicas as denúncias contra a estatal, no final de abril.
"Estou recebendo ameaças. A minha situação financeira e profissional está prejudicada, estou sendo perseguida, não consigo mais fechar contratos e projetos. Não só puxaram o meu tapete, querem acabar comigo", disse.
A empresária afirmou que seus familiares também estão sendo vítimas de ameaças de morte. Silvia atribui as ameaças a publicitários que teriam sido prejudicados com as suas denúncias. "Eu recebi um telefonema pedindo para eu negar tudo. Mas eu não vou negar, vou até o final", afirmou.
O requerimento de convocação da empresária para esclarecer as denúncias contra a Infraero não foi aprovado pela CPI da Câmara --integrada em sua ampla maioria por deputados da base aliada do governo. No Senado, a sua convocação já foi aprovada pela CPI do Apagão.
A empresária entregou ao relator da CPI do Apagão no Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO) a documentação que reuniu com as supostas irregularidades na Infraero. Na quarta-feira ela prometeu retornar ao Senado para preparar seu depoimento. Demóstentes disse que vai analisar os documentos ao lado de outros integrantes da CPI para apurar as supostas irregularidades na estatal.
Denúncias
Sílvia Pfeiffer é sócia da Aeromídia, empresa especializada em veiculação de publicidade em aeroportos. Ela denunciou à Polícia Federal um suposto esquema de corrupção na Infraero envolvendo diretores da instituição. Em entrevista à revista "IstoÉ" no final de abril, a empresária revelou que pagou mesada a diretores da Infraero no Paraná para conseguir contratos no Aeroporto Affonso Pena, em Curitiba.
Ela também teria documentos que comprovariam ilegalidades em contratos que fez de publicidade no aeroporto de Brasília que foram dispensados de licitação. E sustenta que o esquema se repete no país inteiro.
No Paraná, o dinheiro arrecadado com o esquema seria destinado a ajudar a campanha de 2000 de Cássio Taniguchi (DEM) à Prefeitura de Curitiba.
Taniguchi foi eleito deputado federal em 2006, mas está licenciado do cargo porque foi convidado a assumir a Secretaria de Desenvolvimento Urbano pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.
Segundo a revista, ela entregou à PF comprovante de arrecadação de R$ 20 milhões, por meio da Aeromídia, para o caixa dois da campanha. Taniguchi nega as acusações.
Hoje, a empresária reiterou as denúncias contra diretores e funcionários da estatal. "Há diretores, superintendentes da Infraero, empreiteiras. Há corrupção desde a engenharia até a diretoria administrativa da empresa. Tem propina, superfaturamento. O esquema é grande", encerrou.
Leia mais
Anac recebe três reclamações sobre vôo da Gol com problema em turbina
CPI do Senado começa investigação por controladores e adia Infraero
Sindicalista admite falha de controladores de vôo e vê "problemas estruturais"
Radares emitiram alerta sobre colisão entre Legacy e Boeing
CPIs do Apagão na Câmara e no Senado divergem sobre investigações
Especial
Leia mais sobre a CPI do Apagão
Leia cobertura completa da crise do controle do tráfego aéreo
Empresária que denunciou Infraero pede proteção à CPI do Apagão Aéreo
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
A empresária Silvia Pfeiffer, que denunciou à Polícia Federal um suposto esquema de corrupção na Infraero (estatal que administra os aeroportos), pediu hoje proteção policial à CPI do Apagão da Câmara e do Senado. Silvia disse que vem sofrendo ameaças de morte desde que tornou públicas as denúncias contra a estatal, no final de abril.
"Estou recebendo ameaças. A minha situação financeira e profissional está prejudicada, estou sendo perseguida, não consigo mais fechar contratos e projetos. Não só puxaram o meu tapete, querem acabar comigo", disse.
A empresária afirmou que seus familiares também estão sendo vítimas de ameaças de morte. Silvia atribui as ameaças a publicitários que teriam sido prejudicados com as suas denúncias. "Eu recebi um telefonema pedindo para eu negar tudo. Mas eu não vou negar, vou até o final", afirmou.
O requerimento de convocação da empresária para esclarecer as denúncias contra a Infraero não foi aprovado pela CPI da Câmara --integrada em sua ampla maioria por deputados da base aliada do governo. No Senado, a sua convocação já foi aprovada pela CPI do Apagão.
A empresária entregou ao relator da CPI do Apagão no Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO) a documentação que reuniu com as supostas irregularidades na Infraero. Na quarta-feira ela prometeu retornar ao Senado para preparar seu depoimento. Demóstentes disse que vai analisar os documentos ao lado de outros integrantes da CPI para apurar as supostas irregularidades na estatal.
Denúncias
Sílvia Pfeiffer é sócia da Aeromídia, empresa especializada em veiculação de publicidade em aeroportos. Ela denunciou à Polícia Federal um suposto esquema de corrupção na Infraero envolvendo diretores da instituição. Em entrevista à revista "IstoÉ" no final de abril, a empresária revelou que pagou mesada a diretores da Infraero no Paraná para conseguir contratos no Aeroporto Affonso Pena, em Curitiba.
Ela também teria documentos que comprovariam ilegalidades em contratos que fez de publicidade no aeroporto de Brasília que foram dispensados de licitação. E sustenta que o esquema se repete no país inteiro.
No Paraná, o dinheiro arrecadado com o esquema seria destinado a ajudar a campanha de 2000 de Cássio Taniguchi (DEM) à Prefeitura de Curitiba.
Taniguchi foi eleito deputado federal em 2006, mas está licenciado do cargo porque foi convidado a assumir a Secretaria de Desenvolvimento Urbano pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.
Segundo a revista, ela entregou à PF comprovante de arrecadação de R$ 20 milhões, por meio da Aeromídia, para o caixa dois da campanha. Taniguchi nega as acusações.
Hoje, a empresária reiterou as denúncias contra diretores e funcionários da estatal. "Há diretores, superintendentes da Infraero, empreiteiras. Há corrupção desde a engenharia até a diretoria administrativa da empresa. Tem propina, superfaturamento. O esquema é grande", encerrou.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice