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24/05/2007
-
09h00
LEONARDO SOUZA
ANDREZA MATAIS
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A lista de presentes enviados pela Gautama a políticos inclui a alta cúpula do Senado.
A Folha apurou que, da lista de "presentes de Natal" apreendida na sede da Gautama, em Salvador, constam os nomes do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), do corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), além dos senadores ACM (DEM-BA), Delcídio Amaral (PT-MS) e Joaquim Roriz (PMDB-DF). O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), também é citado.
Estão na relação ainda os deputados José Carlos Machado (DEM-SE), Paulo Magalhães (DEM-BA), sobrinho de ACM, e Tadeu Filippelli (PMDB-DF).
A Folha apurou que a lista inclui o nome Gilmar Mendes, mas não há informações sobre se é o ministro do Supremo Tribunal Federal ou o ex-secretário de Infra-Estrutura de Sergipe, que tem o mesmo nome. O ministro disse que nunca recebeu presentes da Gautama e que considera qualquer ilação com relação a seu nome "uma canalhice". Ele concedeu habeas corpus liberando pessoas envolvidas com a organização.
A Gautama é apontada pela PF como cabeça do esquema que fraudava licitações e corrompia políticos e servidores. A lista foi organizada pela PF a partir de documento apreendido em Salvador. A PF não considera a lista uma prova de que os citados estão envolvidos com a organização, mas uma pista a ser seguida.
Os policiais começaram a cruzar outros dados apurados ao longo da investigação com os nomes da relação, para verificar se os políticos beneficiaram a Gautama. Nesse caso, os presentes passam a ser considerados propina. Muitos dos "mimos" foram enviados no Natal, entre os quais gravatas, uísque, canetas e agendas. Segundo o código de ética do funcionário público, não é crime receber presentes até R$ 100.
Segundo a Folha apurou, a lista de presentes relaciona mais de cem pessoas, das quais cerca de 20 teriam direito a foro privilegiado. O documento relacionado às pessoas que têm foro foi encaminhado à Procuradoria Geral da República. Dos nove parlamentares constantes da lista de presentes, pelo menos cinco aparecem em conversas grampeadas pela PF.
Paulo Magalhães foi flagrado numa conversa com Zuleido combinando pressionar o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Ubiratan Aguiar a favorecer a Gautama, o que não ocorreu.
Outro lado
A assessoria de Joaquim Roriz disse que ele não recebeu presente da Gautama e não tem relações com a empresa.
O deputado Tadeu Fillippeli admitiu que pode ter recebido uma agenda ou algo similar da Gautama, mas "nunca algo diferenciado". Geddel Vieira Lima disse, por meio da assessoria, que nunca teve relacionamento com a Gautama e negou ter recebido presente. ACM admite que pode ter recebido uma gravata, mas que isso não tem problema, porque ele recebe muitas peças pelo fato de colecioná-las. A assessoria de Paulo Magalhães disse que ele não poderia ser encontrado ontem. Os demais citados foram procurados pela Folha, mas não ligaram de volta.
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Gautama deu presentes à cúpula do Senado
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ANDREZA MATAIS
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A lista de presentes enviados pela Gautama a políticos inclui a alta cúpula do Senado.
A Folha apurou que, da lista de "presentes de Natal" apreendida na sede da Gautama, em Salvador, constam os nomes do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), do corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), além dos senadores ACM (DEM-BA), Delcídio Amaral (PT-MS) e Joaquim Roriz (PMDB-DF). O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), também é citado.
Estão na relação ainda os deputados José Carlos Machado (DEM-SE), Paulo Magalhães (DEM-BA), sobrinho de ACM, e Tadeu Filippelli (PMDB-DF).
A Folha apurou que a lista inclui o nome Gilmar Mendes, mas não há informações sobre se é o ministro do Supremo Tribunal Federal ou o ex-secretário de Infra-Estrutura de Sergipe, que tem o mesmo nome. O ministro disse que nunca recebeu presentes da Gautama e que considera qualquer ilação com relação a seu nome "uma canalhice". Ele concedeu habeas corpus liberando pessoas envolvidas com a organização.
A Gautama é apontada pela PF como cabeça do esquema que fraudava licitações e corrompia políticos e servidores. A lista foi organizada pela PF a partir de documento apreendido em Salvador. A PF não considera a lista uma prova de que os citados estão envolvidos com a organização, mas uma pista a ser seguida.
Os policiais começaram a cruzar outros dados apurados ao longo da investigação com os nomes da relação, para verificar se os políticos beneficiaram a Gautama. Nesse caso, os presentes passam a ser considerados propina. Muitos dos "mimos" foram enviados no Natal, entre os quais gravatas, uísque, canetas e agendas. Segundo o código de ética do funcionário público, não é crime receber presentes até R$ 100.
Segundo a Folha apurou, a lista de presentes relaciona mais de cem pessoas, das quais cerca de 20 teriam direito a foro privilegiado. O documento relacionado às pessoas que têm foro foi encaminhado à Procuradoria Geral da República. Dos nove parlamentares constantes da lista de presentes, pelo menos cinco aparecem em conversas grampeadas pela PF.
Paulo Magalhães foi flagrado numa conversa com Zuleido combinando pressionar o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Ubiratan Aguiar a favorecer a Gautama, o que não ocorreu.
Outro lado
A assessoria de Joaquim Roriz disse que ele não recebeu presente da Gautama e não tem relações com a empresa.
O deputado Tadeu Fillippeli admitiu que pode ter recebido uma agenda ou algo similar da Gautama, mas "nunca algo diferenciado". Geddel Vieira Lima disse, por meio da assessoria, que nunca teve relacionamento com a Gautama e negou ter recebido presente. ACM admite que pode ter recebido uma gravata, mas que isso não tem problema, porque ele recebe muitas peças pelo fato de colecioná-las. A assessoria de Paulo Magalhães disse que ele não poderia ser encontrado ontem. Os demais citados foram procurados pela Folha, mas não ligaram de volta.
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