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31/07/2002
-
15h00
Uma cratera de 20 quilômetros de diâmetro, provavelmente provocada pelo impacto de um meteorito, há aproximadamente 60 milhões de anos, foi descoberta no mar do Norte, perto da costa britânica, anunciaram dois geólogos britânicos à revista "Nature", que será publicada amanhã.
Ao contrário das crateras causadas por impactos de meteoritos em terras elevadas, geralmente bastante erodidas, esta cratera submarina descoberta por Simon Stewart e Philip Allen, das sociedades britâncias British Petroleum e Production Geoscience, está em perfeito estado de conservação. Isto poderá facilitar o estudo do resultado -ainda ignorado- da queda dos meteoritos em nosso planeta.
Situada a nordeste do estuário de Humber, na latitude de Scarborough (Yorkshire-Norte), a 80 km da costa e a 40 metros de profundidade, esta cratera tem a particularidade de apresentar uma série de anéis concêntricos.
O estudo das crateras terrestres e lunares permitiu aos cienstistas classificá-los em diferentes tipos, em função de seus tamanhos: pequenos (poucos quilômetros de diâmetro), eles têm a forma de uma concha perfeita; média (de 10 km a 50 km de diâmetro), eles têm uma estrutura mais complexa, menos nítida; maiores (250 km de diâmetro ou mais), elas formam uma série de anéis concêntricos. Sendo assim, a cratera descoberta pelos dois britânicos, nomeados por eles de "cratera de Silverpit", é deste último tipo.
Pelo seu tamanho, esta cratera se assemelha à Rochechouart-Chassenon, perto de Limoges (França), devido ao impacto de um meteorito de um quilômetro e meio de diâmetro e de uma massa estimada em seis bilhões de toneladas, há quase 200 milhões de anos.
Morfologicamente, ela se parece com algumas crateras da Lua e de Vênus, todas de centenas de quilômetros de diâmetro, e à cratera Valhalla, na superfície de Calisto (satélite galileano de Júpiter).
Segundo Simon Stewart e Philip Allen, que fizeram esta descoberta analisando dados de uma fonte de petróleo e gases, podemos contar 20 anéis concêntricos no mínimo, a partir de uma região central que contém um ponto.
Uma segunda região, entre 1,5 km e 4 km deste ponto, possui escarpas concêntricas de 50 m de altura máxima e espaços de 300 m a 500 m. Uma terceira região, de 4 km a 10 km do centro, é formada de vales concêntricos.
Os materiais desta cratera, do Jurássico e do fim do Cretáceo, levam a crer que ela data de 60 milhões a 65 milhões de anos. Resta apenas confirmar se esta cratera é mesmo resultado do impacto de um meteorito.
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Cratera causada por impacto de meteorito é descoberta no mar do Norte
da France Presse, em ParisUma cratera de 20 quilômetros de diâmetro, provavelmente provocada pelo impacto de um meteorito, há aproximadamente 60 milhões de anos, foi descoberta no mar do Norte, perto da costa britânica, anunciaram dois geólogos britânicos à revista "Nature", que será publicada amanhã.
Ao contrário das crateras causadas por impactos de meteoritos em terras elevadas, geralmente bastante erodidas, esta cratera submarina descoberta por Simon Stewart e Philip Allen, das sociedades britâncias British Petroleum e Production Geoscience, está em perfeito estado de conservação. Isto poderá facilitar o estudo do resultado -ainda ignorado- da queda dos meteoritos em nosso planeta.
Situada a nordeste do estuário de Humber, na latitude de Scarborough (Yorkshire-Norte), a 80 km da costa e a 40 metros de profundidade, esta cratera tem a particularidade de apresentar uma série de anéis concêntricos.
O estudo das crateras terrestres e lunares permitiu aos cienstistas classificá-los em diferentes tipos, em função de seus tamanhos: pequenos (poucos quilômetros de diâmetro), eles têm a forma de uma concha perfeita; média (de 10 km a 50 km de diâmetro), eles têm uma estrutura mais complexa, menos nítida; maiores (250 km de diâmetro ou mais), elas formam uma série de anéis concêntricos. Sendo assim, a cratera descoberta pelos dois britânicos, nomeados por eles de "cratera de Silverpit", é deste último tipo.
Pelo seu tamanho, esta cratera se assemelha à Rochechouart-Chassenon, perto de Limoges (França), devido ao impacto de um meteorito de um quilômetro e meio de diâmetro e de uma massa estimada em seis bilhões de toneladas, há quase 200 milhões de anos.
Morfologicamente, ela se parece com algumas crateras da Lua e de Vênus, todas de centenas de quilômetros de diâmetro, e à cratera Valhalla, na superfície de Calisto (satélite galileano de Júpiter).
Segundo Simon Stewart e Philip Allen, que fizeram esta descoberta analisando dados de uma fonte de petróleo e gases, podemos contar 20 anéis concêntricos no mínimo, a partir de uma região central que contém um ponto.
Uma segunda região, entre 1,5 km e 4 km deste ponto, possui escarpas concêntricas de 50 m de altura máxima e espaços de 300 m a 500 m. Uma terceira região, de 4 km a 10 km do centro, é formada de vales concêntricos.
Os materiais desta cratera, do Jurássico e do fim do Cretáceo, levam a crer que ela data de 60 milhões a 65 milhões de anos. Resta apenas confirmar se esta cratera é mesmo resultado do impacto de um meteorito.
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