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12/01/2006
-
13h31
da Folha Online
Foram identificados pela Polícia Militar os dois soldados vítimas de um ataque ocorrido por volta das 7h45 desta quinta-feira no viaduto Curuçá, sobre a rodovia Dutra, na Vila Maria (zona norte de São Paulo). Um deles foi o quinto policial morto na cidade em apenas três dias. O outro ficou ferido.
Na madrugada de quarta e quinta, duas bases da PM foram alvo de disparos. Uma delas fica na avenida Braz Leme (zona norte de São Paulo) e outra, no Morumbi (zona oeste de São Paulo).
De acordo com a Polícia Militar, Luis Cláudio Monteiro estava ao lado de um carro da corporação estacionado sobre o viaduto quando foi alvejado por disparos que partiram dos ocupantes de três veículos --um Fox preto, um Polo vermelho e uma moto Twister.
Logo, os criminosos tomaram um retorno e, já sob o viaduto, atiraram ainda contra Ricardo Domingo Oliveira. Ele está internado em estado grave em um pronto-socorro da região. Os bandidos fugiram imediatamente.
O viaduto permaneceu totalmente interditado pela PM durante ao menos três horas. Devido à interdição, houve lentidão na rodovia Dutra.
Bases
Por volta da 0h desta quinta, a base da 6ª cia do 16º Batalhão da PM, na avenida Guilherme Dumont Vilares, no Portal do Morumbi (zona oeste de São Paulo), foi atacada a tiros por dois homens que estavam em uma moto. Um PM que estava na base foi atingido por estilhaços de vidro.
Na madrugada anterior, outra base da PM, na avenida Braz Leme (zona norte de São Paulo), já havia sido atacada a tiros por ocupantes de dois carros --um Palio e um Stilo--, por volta das 4h15 de quarta (10). Havia dois PMs na base, mas eles não ficaram feridos.
Bernardes
Há suspeitas de que a série de ataques esteja ligada ao resgate frustrado promovido na segunda-feira (9) na penitenciária de Presidente Bernardes (589 km de São Paulo). O alvo seria Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos maiores líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Marcola é um dos 22 presos que foram retirados de sete celas do setor disciplinar da unidade no dia seguinte à ação, segundo fontes da Polícia Militar e do sistema carcerário ouvidas pela reportagem. Grades das celas em que eles estavam foram achadas serradas, na noite do resgate.
Quatro pessoas suspeitas de integrarem a quadrilha que promoveu a ação foram presas.
Mortes
O policial civil Juarez Marques dos Santos, 40, foi o primeiro a ser morto, na manhã de terça (10), na Vila Nova Conceição (zona sul de São Paulo), um dos bairros mais nobres da cidade. Ele reagiu a uma tentativa de seqüestro relâmpago e trocou tiros com os criminosos, segundo a Polícia Civil.
Santos e um amigo estavam em um carro quando foram rendidos pelo homem que anunciou o seqüestro relâmpago. Ele forçou sua entrada no carro e os três rodaram por algumas quadras do bairro, até que Santos reagisse e trocasse tiros com Celso Ricardo da Silva, 30.
Os dois foram baleados e socorridos, mas não resistiram aos ferimentos e morreram. Silva foi levado ao hospital por um suposto comparsa.
Desaparecidos
O segundo crime ocorreu no início da madrugada de quarta (10). O cabo da PM Antônio Aparecido Decreci, 44, e uma amiga dele, Jamile Nascimento Veloso, foram abordados por dois homens quando chegavam a um posto de gasolina no carro do PM, um Gol.
Testemunhas estranharam o fato e acionaram a PM. Eles foram encontrados pouco depois, baleados ao lado do carro do PM, na rua Jacira Rocha (zona norte de São Paulo). Eles foram socorridos, mas morreram. O PM estava lotado na 2ª Companhia do 18º Batalhão e atuava havia mais de 15 anos.
Roubo
Naquele mesmo dia, por volta das 15h, o policial civil Hélio Ramos da Silva, 49, foi morto em uma tentativa de assalto na rua Francisco Tapajós, na Vila Santo Estéfano (zona sul de São Paulo).
Silva havia acabado de sacar dinheiro de um caixa eletrônico quando foi abordado por dois homens em uma motocicleta, que o arrancaram do veículo. O policial ainda tentou lutar com os criminosos, mas foi morto após ter sua arma tomada. Os dois homens fugiram sem levar o dinheiro.
Silva --que atuava na polícia há 12 anos--, trabalhava no 75º DP e tinha dois filhos-- morreu a caminho do hospital. Uma câmera localizada em um edifício da região flagrou o assassinato.
Farda
O quarto policial a ser morto foi o soldado da PM Aparecido Jesus Fernandes, do 13º Batalhão. Ele foi morto fardado.
Fernandes caminhava em direção ao seu carro, na rua Hannemann (zona norte de São Paulo), quando foi atacado por dois homens em uma moto. Eles atiraram e fugiram em direção à avenida Cruzeiro do Sul.
Um homem foi preso horas depois suspeito de ter matado o PM. Ele já teria sido preso por Fernandes e ambos teriam discutido dias antes do crime.
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Na madrugada de quarta e quinta, duas bases da PM foram alvo de disparos. Uma delas fica na avenida Braz Leme (zona norte de São Paulo) e outra, no Morumbi (zona oeste de São Paulo).
De acordo com a Polícia Militar, Luis Cláudio Monteiro estava ao lado de um carro da corporação estacionado sobre o viaduto quando foi alvejado por disparos que partiram dos ocupantes de três veículos --um Fox preto, um Polo vermelho e uma moto Twister.
Logo, os criminosos tomaram um retorno e, já sob o viaduto, atiraram ainda contra Ricardo Domingo Oliveira. Ele está internado em estado grave em um pronto-socorro da região. Os bandidos fugiram imediatamente.
O viaduto permaneceu totalmente interditado pela PM durante ao menos três horas. Devido à interdição, houve lentidão na rodovia Dutra.
Bases
Por volta da 0h desta quinta, a base da 6ª cia do 16º Batalhão da PM, na avenida Guilherme Dumont Vilares, no Portal do Morumbi (zona oeste de São Paulo), foi atacada a tiros por dois homens que estavam em uma moto. Um PM que estava na base foi atingido por estilhaços de vidro.
Na madrugada anterior, outra base da PM, na avenida Braz Leme (zona norte de São Paulo), já havia sido atacada a tiros por ocupantes de dois carros --um Palio e um Stilo--, por volta das 4h15 de quarta (10). Havia dois PMs na base, mas eles não ficaram feridos.
Bernardes
Há suspeitas de que a série de ataques esteja ligada ao resgate frustrado promovido na segunda-feira (9) na penitenciária de Presidente Bernardes (589 km de São Paulo). O alvo seria Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos maiores líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Marcola é um dos 22 presos que foram retirados de sete celas do setor disciplinar da unidade no dia seguinte à ação, segundo fontes da Polícia Militar e do sistema carcerário ouvidas pela reportagem. Grades das celas em que eles estavam foram achadas serradas, na noite do resgate.
Quatro pessoas suspeitas de integrarem a quadrilha que promoveu a ação foram presas.
Mortes
O policial civil Juarez Marques dos Santos, 40, foi o primeiro a ser morto, na manhã de terça (10), na Vila Nova Conceição (zona sul de São Paulo), um dos bairros mais nobres da cidade. Ele reagiu a uma tentativa de seqüestro relâmpago e trocou tiros com os criminosos, segundo a Polícia Civil.
Santos e um amigo estavam em um carro quando foram rendidos pelo homem que anunciou o seqüestro relâmpago. Ele forçou sua entrada no carro e os três rodaram por algumas quadras do bairro, até que Santos reagisse e trocasse tiros com Celso Ricardo da Silva, 30.
Os dois foram baleados e socorridos, mas não resistiram aos ferimentos e morreram. Silva foi levado ao hospital por um suposto comparsa.
Desaparecidos
O segundo crime ocorreu no início da madrugada de quarta (10). O cabo da PM Antônio Aparecido Decreci, 44, e uma amiga dele, Jamile Nascimento Veloso, foram abordados por dois homens quando chegavam a um posto de gasolina no carro do PM, um Gol.
Testemunhas estranharam o fato e acionaram a PM. Eles foram encontrados pouco depois, baleados ao lado do carro do PM, na rua Jacira Rocha (zona norte de São Paulo). Eles foram socorridos, mas morreram. O PM estava lotado na 2ª Companhia do 18º Batalhão e atuava havia mais de 15 anos.
Roubo
Naquele mesmo dia, por volta das 15h, o policial civil Hélio Ramos da Silva, 49, foi morto em uma tentativa de assalto na rua Francisco Tapajós, na Vila Santo Estéfano (zona sul de São Paulo).
Silva havia acabado de sacar dinheiro de um caixa eletrônico quando foi abordado por dois homens em uma motocicleta, que o arrancaram do veículo. O policial ainda tentou lutar com os criminosos, mas foi morto após ter sua arma tomada. Os dois homens fugiram sem levar o dinheiro.
Silva --que atuava na polícia há 12 anos--, trabalhava no 75º DP e tinha dois filhos-- morreu a caminho do hospital. Uma câmera localizada em um edifício da região flagrou o assassinato.
Farda
O quarto policial a ser morto foi o soldado da PM Aparecido Jesus Fernandes, do 13º Batalhão. Ele foi morto fardado.
Fernandes caminhava em direção ao seu carro, na rua Hannemann (zona norte de São Paulo), quando foi atacado por dois homens em uma moto. Eles atiraram e fugiram em direção à avenida Cruzeiro do Sul.
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