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08/02/2006
-
12h42
da Folha Online
A Secretaria Municipal da Habitação interditou nesta quarta-feira parte do estacionamento do shopping Fiesta, na avenida Guarapiranga (zona sul de São Paulo), onde três pessoas morreram e cerca de 40 ficaram feridas durante uma sessão de autógrafos do grupo mexicano RBD, no sábado (4).
A loja do Extra dentro do shopping também foi interditada.
Na terça-feira (7), terminou o prazo para os envolvidos apresentarem os documentos necessários para a realização do evento na subprefeitura da Capela do Socorro. O shopping levou contratos mostrando que a responsabilidade era dos organizadores do evento --o supermercado Extra e a gravadora EMI. Os documentos serão analisados.
Nenhum documento foi apresentado pelo Extra à subprefeitura, que deve multar o supermercado em cerca de R$ 1.400 pela falta do alvará autorizando o evento.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Grupo Pão de Açúcar, proprietário do Extra, afirmou que aguarda uma sindicância interna que avalia as responsabilidades do supermercado no evento.
Tumulto
O RBD veio a São Paulo promover seus dois álbuns com a trilha sonora da novela "Rebelde", exibida pelo SBT. O tumulto ocorreu pouco depois de a banda subir ao palco, por volta das 11h de sábado.
Na tentativa de se aproximar do grupo, os fãs iniciaram um empurra-empurra e prensaram os que estavam à frente contra as grades de proteção. Fãs disseram que os que estavam atrás não conseguiam ouvir as músicas. Várias pessoas caíram e foram pisoteadas.
Cláudia Cristiane de Oliveira Souza, 38, Fernanda Silva Pessoa, 13, e Jennifer Xavier Mattos, 11, morreram. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, 41 pessoas foram socorridas por ambulâncias, entre elas as três que morreram.
De acordo com a Polícia Militar, 10 mil pessoas estavam no local. Em nota divulgada no fim de semana, o hipermercado Extra e a gravadora EMI, lamentaram o fato e disseram que a estrutura montada era suficiente para atender o público.
Investigação
A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo investigam o caso. Em portaria que formalizou a instauração de um inquérito civil para apurar o caso, o promotor da Infância e Juventude Motauri de Souza afirma que, no dia anterior, mais de 7.000 pessoas estiveram no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), apenas para recepcionar a banda.
O número equivale ao estimado para o evento, que incluiria distribuição de autógrafos e um show. De acordo com a Polícia Militar, ao todo, mais de 20 mil pessoas estavam no estacionamento onde ocorreu a apresentação.
Outro indício do grande público que deveria ter sido levado em consideração pela organização do evento, ainda segundo o promotor, foram os tumultos ocorridos em shows da banda feitos nos Estados Unidos.
Na portaria, o promotor fixa o prazo de dez dias para o Grupo Pão de Açúcar e a Gravadora EMI --responsáveis pelo show-- encaminharem, entre outros documentos, o contrato e as autorizações fornecidas por órgãos públicos para a realização do evento, além de cópias de laudos do Contru e do Corpo de Bombeiros "atestando as condições de segurança do imóvel".
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Secretaria da Habitação interdita estacionamento de show do RBD
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A Secretaria Municipal da Habitação interditou nesta quarta-feira parte do estacionamento do shopping Fiesta, na avenida Guarapiranga (zona sul de São Paulo), onde três pessoas morreram e cerca de 40 ficaram feridas durante uma sessão de autógrafos do grupo mexicano RBD, no sábado (4).
A loja do Extra dentro do shopping também foi interditada.
Folha Imagem |
Atores da novela mexicana "Rebelde" exibida no SBT |
Nenhum documento foi apresentado pelo Extra à subprefeitura, que deve multar o supermercado em cerca de R$ 1.400 pela falta do alvará autorizando o evento.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Grupo Pão de Açúcar, proprietário do Extra, afirmou que aguarda uma sindicância interna que avalia as responsabilidades do supermercado no evento.
Tumulto
O RBD veio a São Paulo promover seus dois álbuns com a trilha sonora da novela "Rebelde", exibida pelo SBT. O tumulto ocorreu pouco depois de a banda subir ao palco, por volta das 11h de sábado.
Na tentativa de se aproximar do grupo, os fãs iniciaram um empurra-empurra e prensaram os que estavam à frente contra as grades de proteção. Fãs disseram que os que estavam atrás não conseguiam ouvir as músicas. Várias pessoas caíram e foram pisoteadas.
Cláudia Cristiane de Oliveira Souza, 38, Fernanda Silva Pessoa, 13, e Jennifer Xavier Mattos, 11, morreram. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, 41 pessoas foram socorridas por ambulâncias, entre elas as três que morreram.
De acordo com a Polícia Militar, 10 mil pessoas estavam no local. Em nota divulgada no fim de semana, o hipermercado Extra e a gravadora EMI, lamentaram o fato e disseram que a estrutura montada era suficiente para atender o público.
Investigação
A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo investigam o caso. Em portaria que formalizou a instauração de um inquérito civil para apurar o caso, o promotor da Infância e Juventude Motauri de Souza afirma que, no dia anterior, mais de 7.000 pessoas estiveram no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), apenas para recepcionar a banda.
O número equivale ao estimado para o evento, que incluiria distribuição de autógrafos e um show. De acordo com a Polícia Militar, ao todo, mais de 20 mil pessoas estavam no estacionamento onde ocorreu a apresentação.
Outro indício do grande público que deveria ter sido levado em consideração pela organização do evento, ainda segundo o promotor, foram os tumultos ocorridos em shows da banda feitos nos Estados Unidos.
Na portaria, o promotor fixa o prazo de dez dias para o Grupo Pão de Açúcar e a Gravadora EMI --responsáveis pelo show-- encaminharem, entre outros documentos, o contrato e as autorizações fornecidas por órgãos públicos para a realização do evento, além de cópias de laudos do Contru e do Corpo de Bombeiros "atestando as condições de segurança do imóvel".
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