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26/02/2006
-
07h51
da Folha Online
A escola de samba X-9 encerrou na manhã deste domingo o segundo dia de desfiles em São Paulo. Ao contrário do dia anterior --quando a rainha da bateria da Mocidade Alegre se queimou e os integrantes da Gaviões da Fiel correram para encerrar o desfile--, não houve qualquer incidente no sambódromo entre a noite de sábado e a manhã de domingo.
A escola Águia de Ouro, quarta a desfilar, respondeu pelo momento de maior agitação entre o público do Anhembi. Com o samba-enredo mais acelerado que passou pelo sambódromo, a Águia conseguiu tratar com leveza um tema bastante polêmico: a violência contra as crianças. Além de inovar em relação ao tema abordado, a escola também apresentou novidades durante o recuo da bateria --quando os integrantes, apresentando uma coreografia elaborada, ajoelharam para o público.
Outras surpresas da quarta agremiação ficaram por conta de bailarinas que se apresentaram com sapatilhas de ponta, além da porta-bandeiras e mestre-sala, fantasiados de Chapeuzinho Vermelho e Lobo Mau. Um dos carros alegóricos se referia à criança recém-nascida que foi abandonada na lagoa da Pampulha (MG) --ele mostrava uma sereia salvando um bebê.
A primeira apresentação da noite ficou por conta da Unidos do Peruche, que homenageou Santos Dumont --na primeira noite de desfiles, o samba-enredo da Gaviões da Fiel também falou sobre o aviador, ao comemorar o centenário do 14 Bis.
Em seguida, a Tom Maior ocupou o sambódromo para contar a história do Estado do Piauí. A apresentação dividiu seu foco entre aspectos científicos da região --como os fósseis de dinossauros-- e também os musicais. O cantor Frank Aguiar foi o destaque no último carro da apresentação, que abusou da palha e fibra de babaçu nas fantasias (dois itens bastante comuns no Piauí).
A Acadêmicos do Tucuruvi inovou no sambódromo com uma homenagem aos deficientes auditivos --os refrões do samba-enredo foram cantados pela comissão de frente na língua dos sinais. Além disso, a terceira escola a se apresentar utilizou triciclos diferentes em sua comissão de frente para apresentar "A Fé do Homem do Campo em Cultivar, Ensinar e Aprender".
Depois da Águia de Ouro, a Unidos de Vila Maria impressionou o público com seu carro abre-alas, com cerca de 100 metros de comprimento. A escola abordou em seu enredo os transportadores rodoviários, o excesso de pedágios e a má condição das estradas.
Um dos principais destaques da Leandro de Itaquera foi uma chuva de pétalas de rosas --elas caíram de um helicóptero que sobrevoou o Anhembi. Também chamaram a atenção os bonecos gigantes do prefeito José Serra, governador Geraldo Alckmin e Mário Covas, governador tucano morto em 2001. As esculturas vieram logo atrás de um carro que representava a parada do orgulho gay.
O dia estava clareando quando a Mancha Verde ocupou o sambódromo com um panorama da intolerância ao longo da história da humanidade. A escola foi incluída na programação do Grupo Especial conforme acordo entre a Liga e as agremiações, mas não disputou o título por este grupo. Neste contexto, o samba-enredo fez uma crítica ao imperialismo norte-americano e às ações do presidente George W. Bush. Além disso, levou à avenida personagens que foram vítimas de injustiça, como Jesus Cristo.
A escola de samba X-9 Paulistana encerrou os desfiles do Carnaval de São Paulo sob o sol já forte de domingo. A escola optou por um tema ousado ao falar sobre o "X da Questão" em seu samba-enredo. Para desenvolver o assunto, os 3.500 integrantes se dividiram em alas que tratavam da história do "X" na matemática. O primeiro carro alegórico, por exemplo, mostrava um cenário típico da pré-história. Em meio a dinossauros, a escola mostrou que, naquela época, este símbolo já era usado para controlar a quantidade de animais.
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A escola de samba X-9 encerrou na manhã deste domingo o segundo dia de desfiles em São Paulo. Ao contrário do dia anterior --quando a rainha da bateria da Mocidade Alegre se queimou e os integrantes da Gaviões da Fiel correram para encerrar o desfile--, não houve qualquer incidente no sambódromo entre a noite de sábado e a manhã de domingo.
A escola Águia de Ouro, quarta a desfilar, respondeu pelo momento de maior agitação entre o público do Anhembi. Com o samba-enredo mais acelerado que passou pelo sambódromo, a Águia conseguiu tratar com leveza um tema bastante polêmico: a violência contra as crianças. Além de inovar em relação ao tema abordado, a escola também apresentou novidades durante o recuo da bateria --quando os integrantes, apresentando uma coreografia elaborada, ajoelharam para o público.
Tuca Vieira/Folha Imagem |
Crianças vestidas de fadas se apresentaram pela Águia |
A primeira apresentação da noite ficou por conta da Unidos do Peruche, que homenageou Santos Dumont --na primeira noite de desfiles, o samba-enredo da Gaviões da Fiel também falou sobre o aviador, ao comemorar o centenário do 14 Bis.
Em seguida, a Tom Maior ocupou o sambódromo para contar a história do Estado do Piauí. A apresentação dividiu seu foco entre aspectos científicos da região --como os fósseis de dinossauros-- e também os musicais. O cantor Frank Aguiar foi o destaque no último carro da apresentação, que abusou da palha e fibra de babaçu nas fantasias (dois itens bastante comuns no Piauí).
A Acadêmicos do Tucuruvi inovou no sambódromo com uma homenagem aos deficientes auditivos --os refrões do samba-enredo foram cantados pela comissão de frente na língua dos sinais. Além disso, a terceira escola a se apresentar utilizou triciclos diferentes em sua comissão de frente para apresentar "A Fé do Homem do Campo em Cultivar, Ensinar e Aprender".
Depois da Águia de Ouro, a Unidos de Vila Maria impressionou o público com seu carro abre-alas, com cerca de 100 metros de comprimento. A escola abordou em seu enredo os transportadores rodoviários, o excesso de pedágios e a má condição das estradas.
Um dos principais destaques da Leandro de Itaquera foi uma chuva de pétalas de rosas --elas caíram de um helicóptero que sobrevoou o Anhembi. Também chamaram a atenção os bonecos gigantes do prefeito José Serra, governador Geraldo Alckmin e Mário Covas, governador tucano morto em 2001. As esculturas vieram logo atrás de um carro que representava a parada do orgulho gay.
O dia estava clareando quando a Mancha Verde ocupou o sambódromo com um panorama da intolerância ao longo da história da humanidade. A escola foi incluída na programação do Grupo Especial conforme acordo entre a Liga e as agremiações, mas não disputou o título por este grupo. Neste contexto, o samba-enredo fez uma crítica ao imperialismo norte-americano e às ações do presidente George W. Bush. Além disso, levou à avenida personagens que foram vítimas de injustiça, como Jesus Cristo.
A escola de samba X-9 Paulistana encerrou os desfiles do Carnaval de São Paulo sob o sol já forte de domingo. A escola optou por um tema ousado ao falar sobre o "X da Questão" em seu samba-enredo. Para desenvolver o assunto, os 3.500 integrantes se dividiram em alas que tratavam da história do "X" na matemática. O primeiro carro alegórico, por exemplo, mostrava um cenário típico da pré-história. Em meio a dinossauros, a escola mostrou que, naquela época, este símbolo já era usado para controlar a quantidade de animais.
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