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05/03/2006
-
18h24
da Folha Online
Chegou neste domingo a Itaperuna (RJ) a mancha da lama --resíduos do tratamento de bauxita-- que vazou em um afluente do rio Muriaé entre a última quarta (1º) e a sexta (3). O fornecimento de água não precisou ser suspenso. Em Laje do Muriaé, ele está suspenso desde quinta (2).
O vazamento ocorreu devido ao rompimento de uma barreira da Rio Pomba Mineração. Ele atingiu primeiro o córrego Bom Jardim e o rio Fubá. Na manhã seguinte, chegou ao rio Muriaé, onde o Fubá desagua.
Também na quinta, a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), do Rio, suspendeu o funcionamento da ETA (Estação de Tratamento de Água) de Laje do Muriaé, devido à possibilidade de contaminação. Ela deve voltar a funcionar depois de ser ajustada para filtrar a lama.
Enquanto o problema não é solucionado, a população está sendo abastecida por carros-pipa, de acordo com o governo estadual.
De acordo com o governo do Rio, a maior parte da mancha, que tem 70 km de extensão, ainda não chegou a Itaperuna, onde vivem aproximadamente 150 mil pessoas. Antes de chegar ao oceano, a mancha ainda deverá passar por Italva, Cardoso Moreira, Campos e São João da Barra.
Impacto
Ontem (4), em seu auto de fiscalização, a Feam (Fundação Estadual do Meio Ambiente), de Minas, atribuiu ao vazamento dos 400 mil metros cúbicos de lama impactos ambientais como "destruição dos ecossistemas ribeirinhos", "eliminação da fauna aquática devido à falta de oxigenação", e "inundação de áreas de pastagens e agriculturas".
Entre as ações corretivas que a mineradora deve cumprir está a conclusão do desassoreamento de trechos do córrego Bom Jardim e rio Fubá --alvo do vazamento-- em até 90 dias; e a conclusão da recuperação de áreas de agricultura e pastagens inundadas em até 60 dias.
Outras ações compensatórias serão ainda determinadas pelo IEF (Instituto Estadual de Florestas) de Minas e pela Prefeitura de Miraí. O valor da multa a ser aplicada será estipulado pelo Copam (Conselho Estadual de Política Ambiental) também do governo mineiro.
O governo do Rio, por sua vez, estuda --por meio da Procuradoria Geral-- entrar com uma ação penal contra a mineradora para pedir indenização.
Toxicidade
Na sexta (3), um laudo da Feema (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente), do Rio, consoante com a Feam, descartou que a água esteja contaminada com metais pesados. Conforme a fundação mineira havia atestado antes, a lama é feita apenas de água e argila.
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Mancha de lama que vazou em rio chega a Itaperuna
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Chegou neste domingo a Itaperuna (RJ) a mancha da lama --resíduos do tratamento de bauxita-- que vazou em um afluente do rio Muriaé entre a última quarta (1º) e a sexta (3). O fornecimento de água não precisou ser suspenso. Em Laje do Muriaé, ele está suspenso desde quinta (2).
O vazamento ocorreu devido ao rompimento de uma barreira da Rio Pomba Mineração. Ele atingiu primeiro o córrego Bom Jardim e o rio Fubá. Na manhã seguinte, chegou ao rio Muriaé, onde o Fubá desagua.
Também na quinta, a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), do Rio, suspendeu o funcionamento da ETA (Estação de Tratamento de Água) de Laje do Muriaé, devido à possibilidade de contaminação. Ela deve voltar a funcionar depois de ser ajustada para filtrar a lama.
Enquanto o problema não é solucionado, a população está sendo abastecida por carros-pipa, de acordo com o governo estadual.
De acordo com o governo do Rio, a maior parte da mancha, que tem 70 km de extensão, ainda não chegou a Itaperuna, onde vivem aproximadamente 150 mil pessoas. Antes de chegar ao oceano, a mancha ainda deverá passar por Italva, Cardoso Moreira, Campos e São João da Barra.
Impacto
Ontem (4), em seu auto de fiscalização, a Feam (Fundação Estadual do Meio Ambiente), de Minas, atribuiu ao vazamento dos 400 mil metros cúbicos de lama impactos ambientais como "destruição dos ecossistemas ribeirinhos", "eliminação da fauna aquática devido à falta de oxigenação", e "inundação de áreas de pastagens e agriculturas".
Entre as ações corretivas que a mineradora deve cumprir está a conclusão do desassoreamento de trechos do córrego Bom Jardim e rio Fubá --alvo do vazamento-- em até 90 dias; e a conclusão da recuperação de áreas de agricultura e pastagens inundadas em até 60 dias.
Outras ações compensatórias serão ainda determinadas pelo IEF (Instituto Estadual de Florestas) de Minas e pela Prefeitura de Miraí. O valor da multa a ser aplicada será estipulado pelo Copam (Conselho Estadual de Política Ambiental) também do governo mineiro.
O governo do Rio, por sua vez, estuda --por meio da Procuradoria Geral-- entrar com uma ação penal contra a mineradora para pedir indenização.
Toxicidade
Na sexta (3), um laudo da Feema (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente), do Rio, consoante com a Feam, descartou que a água esteja contaminada com metais pesados. Conforme a fundação mineira havia atestado antes, a lama é feita apenas de água e argila.
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