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11/04/2006
-
09h27
da Folha de S.Paulo
da Folha Online
O julgamento de Suzane von Richthofen e dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos está marcado para o dia 5 de junho, quase quatro anos depois do assassinato dos pais dela, Marísia e Manfred, ocorrido em outubro de 2002.
Mas a avaliação perante o Tribunal do Júri deve ser dividida, diz o promotor Roberto Tardelli. Para ele, as divergências nas teses de defesa causarão o desmembramento do julgamento.
Como os lados resolveram se acusar mutuamente de manipulação para cometer o assassinato (Suzane afirma que a idéia foi dos irmãos; eles dizem o contrário), Daniel e Cristian deverão ser julgados em junho, enquanto ela sentará no banco dos réus entre os meses de agosto e setembro, prevê o promotor.
"Ainda que ela não tenha sujado as mãos de sangue, quem pavimentou a estrada todinha foi ela. Por mais louco que seja, enquanto planeja a morte da mãe, ela almoça com a mãe em um shopping. Convivia normalmente com o pai, que ela via na mesa de jantar. Olhava para ele vendo de que lado bateria o porrete", afirma ele.
Tardelli também diz que, em tese, há chances, "ainda que remotas", de o crime de homicídio triplamente qualificado atribuído a Suzane prescrever porque ela o cometeu antes de ter completado 21 anos. A lei prevê a prescrição em dez anos nesses casos. "A gente não pode deixar que isso ocorra."
Presos
Suzane voltou a ser presa segunda-feira (10), depois de nove meses em liberdade provisória.
Ela se apresentou à polícia depois de ter a prisão preventiva decretada pelo juiz substituto da 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Paulo, Richard Francisco Chequini. Em sua decisão, ele afirmou que a liberdade de Suzane "coloca em risco a vida de testemunha do feito, no caso seu irmão Andreas von Richthofen".
Daniel e Cristian, que haviam sido libertados provisoriamente em novembro do ano passado graças a uma decisão dos ministros da 6ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça), voltaram a ter a prisão preventiva decretada em janeiro último, devido a uma entrevista concedida à rádio "Jovem Pan".
Durante a entrevista, os irmãos Cravinhos disseram que Suzane --filha do casal e também acusada pelo crime-- era estuprada pelo pai desde os 13 anos de idade e que, dias antes do crime, os três foram à casa da família --a pedido da jovem-- para testar o volume do disparo de uma arma de fogo.
Os três foram denunciados (acusados formalmente) pelo Ministério Público de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
Os Richthofen foram surpreendidos enquanto dormiam e mortos a golpes de bastões, ainda na cama, em 31 de outubro de 2002. Os irmãos Cravinhos e Suzane foram presos em novembro do mesmo ano, quando confessaram seu envolvimento no crime.
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da Folha Online
O julgamento de Suzane von Richthofen e dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos está marcado para o dia 5 de junho, quase quatro anos depois do assassinato dos pais dela, Marísia e Manfred, ocorrido em outubro de 2002.
Mas a avaliação perante o Tribunal do Júri deve ser dividida, diz o promotor Roberto Tardelli. Para ele, as divergências nas teses de defesa causarão o desmembramento do julgamento.
Como os lados resolveram se acusar mutuamente de manipulação para cometer o assassinato (Suzane afirma que a idéia foi dos irmãos; eles dizem o contrário), Daniel e Cristian deverão ser julgados em junho, enquanto ela sentará no banco dos réus entre os meses de agosto e setembro, prevê o promotor.
"Ainda que ela não tenha sujado as mãos de sangue, quem pavimentou a estrada todinha foi ela. Por mais louco que seja, enquanto planeja a morte da mãe, ela almoça com a mãe em um shopping. Convivia normalmente com o pai, que ela via na mesa de jantar. Olhava para ele vendo de que lado bateria o porrete", afirma ele.
Tardelli também diz que, em tese, há chances, "ainda que remotas", de o crime de homicídio triplamente qualificado atribuído a Suzane prescrever porque ela o cometeu antes de ter completado 21 anos. A lei prevê a prescrição em dez anos nesses casos. "A gente não pode deixar que isso ocorra."
Presos
Suzane voltou a ser presa segunda-feira (10), depois de nove meses em liberdade provisória.
Ela se apresentou à polícia depois de ter a prisão preventiva decretada pelo juiz substituto da 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Paulo, Richard Francisco Chequini. Em sua decisão, ele afirmou que a liberdade de Suzane "coloca em risco a vida de testemunha do feito, no caso seu irmão Andreas von Richthofen".
Daniel e Cristian, que haviam sido libertados provisoriamente em novembro do ano passado graças a uma decisão dos ministros da 6ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça), voltaram a ter a prisão preventiva decretada em janeiro último, devido a uma entrevista concedida à rádio "Jovem Pan".
Durante a entrevista, os irmãos Cravinhos disseram que Suzane --filha do casal e também acusada pelo crime-- era estuprada pelo pai desde os 13 anos de idade e que, dias antes do crime, os três foram à casa da família --a pedido da jovem-- para testar o volume do disparo de uma arma de fogo.
Os três foram denunciados (acusados formalmente) pelo Ministério Público de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
Os Richthofen foram surpreendidos enquanto dormiam e mortos a golpes de bastões, ainda na cama, em 31 de outubro de 2002. Os irmãos Cravinhos e Suzane foram presos em novembro do mesmo ano, quando confessaram seu envolvimento no crime.
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