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12/04/2006 - 20h58

Advogado adia habeas corpus de Suzane para segunda-feira

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da Folha Online

O advogado de Suzane von Richthofen, Mário Sérgio de Oliveira, adiou para a próxima segunda-feira o pedido de um habeas corpus em favor da jovem, ré confessa no processo que a acusa de envolvimento no assassinato dos pais, em 2002. Ela voltou a ser presa na segunda-feira (10), após nove meses de liberdade.

De acordo com o advogado, ele não teve tempo para concluir o pedido. O documento só será entregue na segunda devido ao feriado prolongado de Páscoa. Mais cedo, ele chegou a anunciar o horário em que iria ao TJ (Tribunal de Justiça) para dar entrada no recurso.

Reprodução/TV
Acompanhada de Barni, Suzane se apresenta à polícia
Acompanhada de Barni, Suzane se apresenta à polícia
Dizendo-se contratado há 20 dias pelo também advogado Denivaldo Barni, Oliveira alega que a prisão é uma "injustiça", "já que ela nunca iria tentar fugir" e também "nunca faria nada contra o irmão [Andreas]".

Nesta quarta-feira, a Acrimesp (Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo) pediu que o Ministério Público investigue as condições a que Suzane foi submetida enquanto permaneceu no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), no centro de São Paulo.

Ela foi transferida na terça-feira (11) para a Penitenciária Feminina Sant'Ana (zona norte de São Paulo). Durante os primeiros dias, ela ficará em uma cela diferenciada, sob regime de observação.

De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, o isolamento é um procedimento comum adotado para integrar o preso ao ambiente carcerário antes de colocá-lo definitivamente em contato com a população da unidade prisional.

Enquanto permanecer na unidade, Suzane deverá manter contato apenas com seus advogados. Com capacidade atual para 1.600 pessoas, a penitenciária abriga atualmente 1.300 presas. A capacidade total do prédio, que passa por obras, é de 2.400 presas.

Prisão

O juiz substituto da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Richard Francisco Chequini, foi quem decretou a nova prisão preventiva de Suzane. Em sua decisão, ele afirmou que a liberdade dela "coloca em risco a vida de testemunha do feito, no caso seu irmão Andreas von Richthofen".

Suzane chegou à delegacia abraçada a Barni. O delegado titular do DHPP Marco Antônio Olivato disse que Suzane parecia estar sedada e tinha dificuldades para responder perguntas. "A única coisa que ela declarou em relação à entrevista [exibida domingo no programa "Fantástico", da TV Globo] foi que os advogados a orientaram", afirmou.
Tuca Vieira/Folha Imagem
Suzane von Richthofen
Suzane von Richthofen


Em entrevista concedida na delegacia, Barni disse que a justificativa da prisão de Suzane foi um "mal-entendido" e que ele entendia que "estava na hora" de ela pleitear a administração dos bens dos pais. "Hoje ela é uma menina sozinha, julgada pela vida, sem alimentos, sem moradia, sem nada, sem nada."

Crime

O julgamento de Suzane e dos outros dois réus confessos no caso, os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, está marcado para o próximo dia 5 de junho. Na época, Suzane era namorada de Daniel.

Suzane estava em liberdade provisória desde junho de 2005, beneficiada por uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Sua prisão foi decretada um dia após a exibição de uma entrevista concedida ao programa "Fantástico", da TV Globo.

O microfone da emissora captou as orientações do advogado dela, Mário Sérgio de Oliveira, e Barni. Os dois disseram a Suzane para chorar, interromper a entrevista e a dizer que não agüentava mais falar sobre o assunto.

O promotor Roberto Tardelli já havia voltado a pedir a prisão de Suzane no início deste ano, sob a alegação de que ela estava foragida. O argumento, porém, não foi aceito pela Justiça. Naquela ocasião, os Cravinhos --que também haviam obtido liberdade provisória-- voltaram a ser presos.

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