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05/05/2006
-
08h28
da Folha Online
O julgamento do jornalista Antonio Pimenta Neves, 69, réu confesso da morte da ex-namorada --a também jornalista Sandra Gomide-- será retomado na manhã desta sexta-feira, no fórum de Ibiúna (64 km a oeste de São Paulo). A expectativa é que a sentença seja divulgada à tarde.
A previsão era de que a decisão do júri popular fosse conhecida antes, mas, por volta da 1h10, o juiz Diego Ferreira Mendes suspendeu a audiência, logo após os debates entre os advogados de defesa e acusação.
Nesta sexta, terceiro dia do julgamento, a sessão deve prosseguir com a réplica e a tréplica, que devem durar por cerca de meia hora cada um.
Testemunhas
Na quinta-feira (4), oito testemunhas --três de acusação e cinco de defesa-- foram ouvidas, entre as 10h e às 19h. Em seguida, começaram os debates entre, que ocorreram sob sigilo de Justiça.
João Gomide, pai de Sandra, foi o primeiro a falar. Ele disse disse que a filha era agredida verbalmente por Pimenta Neves e que teria sido agredida também fisicamente. Durante as declarações, Pimenta Neves movimentou a cabeça negativamente.
O jornalista manteve a cabeça baixa e evitou ficar ao alcance da visão de João Gomide. Ele ficou sentado entre os advogados de defesa e, ao término do depoimento, retornou para a cadeira que ocupara antes, na ponta da mesa. O pai de Sandra não via Pimenta Neves desde o crime, há quase seis anos.
Como testemunhas de acusação, foram ouvidos também os donos do haras onde ocorreu o crime --Deomar e Marlei Setti.
O principal depoimento da defesa foi o do psiquiatra Marcos Pacheco, que avaliou Pimenta Neves após o crime. Para ele, a morte de Sandra "não foi premeditada". O psiquiatra disse, ainda, que após ter atirado na ex-namorada, "a vida do jornalista se desorganizou" e ele passou a apresentar sintomas de estresse agudo ou pós-traumático.
Como testemunhas da defesa, também foram ouvidos Isabel Pimenta, irmã de Pimenta Neves, os jornalistas Maria Luisa Pastore Gonzales, Íris Valquíria Campos e Roberto Müller --pai do casal de advogados de defesa, Ilana e Frederico Müller.
Crime
O crime ocorreu no dia 20 de agosto de 2000, em um haras. Sandra Gomide, à época com 32 anos, foi atingida por dois tiros: um nas costas e outro no ouvido.
A defesa do jornalista afirma que ele agiu sob forte emoção. Pimenta Neves foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio doloso com duas qualificadoras (agravantes): motivo torpe (ciúmes) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima (tiro pelas costas).
Ex-diretor de Redação do jornal "O Estado de S.Paulo", o jornalista ficou sete meses preso. Em março de 2001, o STF concedeu uma liminar permitindo a Pimenta Neves aguardar o julgamento em liberdade. Para o STF, ele não representa risco à sociedade.
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O julgamento do jornalista Antonio Pimenta Neves, 69, réu confesso da morte da ex-namorada --a também jornalista Sandra Gomide-- será retomado na manhã desta sexta-feira, no fórum de Ibiúna (64 km a oeste de São Paulo). A expectativa é que a sentença seja divulgada à tarde.
A previsão era de que a decisão do júri popular fosse conhecida antes, mas, por volta da 1h10, o juiz Diego Ferreira Mendes suspendeu a audiência, logo após os debates entre os advogados de defesa e acusação.
Caio Guatelli/Folha Imagem |
Pimenta Neves no fórum de Ibiúna, interior de SP |
Nesta sexta, terceiro dia do julgamento, a sessão deve prosseguir com a réplica e a tréplica, que devem durar por cerca de meia hora cada um.
Testemunhas
Na quinta-feira (4), oito testemunhas --três de acusação e cinco de defesa-- foram ouvidas, entre as 10h e às 19h. Em seguida, começaram os debates entre, que ocorreram sob sigilo de Justiça.
João Gomide, pai de Sandra, foi o primeiro a falar. Ele disse disse que a filha era agredida verbalmente por Pimenta Neves e que teria sido agredida também fisicamente. Durante as declarações, Pimenta Neves movimentou a cabeça negativamente.
O jornalista manteve a cabeça baixa e evitou ficar ao alcance da visão de João Gomide. Ele ficou sentado entre os advogados de defesa e, ao término do depoimento, retornou para a cadeira que ocupara antes, na ponta da mesa. O pai de Sandra não via Pimenta Neves desde o crime, há quase seis anos.
Como testemunhas de acusação, foram ouvidos também os donos do haras onde ocorreu o crime --Deomar e Marlei Setti.
Caio Guatelli/Folha Imagem |
Pimenta Neves demonstra cansaço em julgamento |
O principal depoimento da defesa foi o do psiquiatra Marcos Pacheco, que avaliou Pimenta Neves após o crime. Para ele, a morte de Sandra "não foi premeditada". O psiquiatra disse, ainda, que após ter atirado na ex-namorada, "a vida do jornalista se desorganizou" e ele passou a apresentar sintomas de estresse agudo ou pós-traumático.
Como testemunhas da defesa, também foram ouvidos Isabel Pimenta, irmã de Pimenta Neves, os jornalistas Maria Luisa Pastore Gonzales, Íris Valquíria Campos e Roberto Müller --pai do casal de advogados de defesa, Ilana e Frederico Müller.
Crime
O crime ocorreu no dia 20 de agosto de 2000, em um haras. Sandra Gomide, à época com 32 anos, foi atingida por dois tiros: um nas costas e outro no ouvido.
A defesa do jornalista afirma que ele agiu sob forte emoção. Pimenta Neves foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio doloso com duas qualificadoras (agravantes): motivo torpe (ciúmes) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima (tiro pelas costas).
Ex-diretor de Redação do jornal "O Estado de S.Paulo", o jornalista ficou sete meses preso. Em março de 2001, o STF concedeu uma liminar permitindo a Pimenta Neves aguardar o julgamento em liberdade. Para o STF, ele não representa risco à sociedade.
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