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19/05/2006
-
08h04
GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo
O chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, fez ameaças de morte contra o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), o secretário Nagashi Furukawa (Administração Penitenciária) e outros agentes do Estado quando estava sendo transferido, segundo relatório do governo enviado à Justiça paulista.
De acordo com o juiz Carlos Fonseca Monnerat, corregedor dos presídios da capital, a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo informou que agentes ouviram Marcola fazer as ameaças durante a sua transferência para o Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), em São Paulo, na semana passada.
Com base no relatório, Monnerat determinou ontem a inclusão de Marcola no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) por um período de 90 dias.
Essa foi a segunda decisão judicial pela internação provisória do chefe do PCC em menos de 24 horas. Desde janeiro deste ano, a Justiça negava o isolamento do chefe do PCC afirmando que não havia provas de que Marcola era o alvo de uma tentativa de resgate ocorrida no começo do ano.
Anteontem à noite, o juiz José Ernesto de Souza Bittencourt Rodrigues, da Vara de Execuções Criminais, também decretou a internação de Marcola pelo mesmo período de 90 dias, a pedido dos promotores.
A Promotoria de Justiça da Vara de Execuções também usou os últimos atentados e rebeliões provocadas pelo PCC para justificar o pedido. Segundo eles, os fatos eram notórios. Antes dos atentados, a Justiça cobrava provas mais consistentes da polícia e do Ministério Público.
Isolamento
Marcola e outros sete líderes do PCC estão provisoriamente no RDD de Presidente Bernardes (589 km de São Paulo) desde o último sábado. Ele foi levado para o Deic na sexta-feira anterior.
Foi nesse dia que o chefe do PCC teria feito as ameaças. Segundo o juiz Monnerat, a representação entregue pela secretaria contém depoimentos de agentes do Estado que teriam presenciado as ameaças.
De acordo com o juiz, o documento diz que Marcola, em represália às transferências, teria ameaçado de morte o governador, o secretário Furukawa, diretores de presídios e policiais. O chefe do PCC também teria afirmado que atentados e rebeliões seriam realizados pela facção para protestar contra a transferência.
Na quinta-feira da semana passada, 765 presos --todos integrantes do PCC-- foram levados para uma penitenciária em Presidente Venceslau (620 km de SP).
O diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), Godofredo Bittencourt, negou que agentes do Estado tenham sido ameaçados por Marcola durante a sua permanência em São Paulo.
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Marcola ameaçou matar Lembo e Furukawa, segundo relatório
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da Folha de S.Paulo
O chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, fez ameaças de morte contra o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), o secretário Nagashi Furukawa (Administração Penitenciária) e outros agentes do Estado quando estava sendo transferido, segundo relatório do governo enviado à Justiça paulista.
De acordo com o juiz Carlos Fonseca Monnerat, corregedor dos presídios da capital, a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo informou que agentes ouviram Marcola fazer as ameaças durante a sua transferência para o Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), em São Paulo, na semana passada.
Com base no relatório, Monnerat determinou ontem a inclusão de Marcola no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) por um período de 90 dias.
Essa foi a segunda decisão judicial pela internação provisória do chefe do PCC em menos de 24 horas. Desde janeiro deste ano, a Justiça negava o isolamento do chefe do PCC afirmando que não havia provas de que Marcola era o alvo de uma tentativa de resgate ocorrida no começo do ano.
Anteontem à noite, o juiz José Ernesto de Souza Bittencourt Rodrigues, da Vara de Execuções Criminais, também decretou a internação de Marcola pelo mesmo período de 90 dias, a pedido dos promotores.
A Promotoria de Justiça da Vara de Execuções também usou os últimos atentados e rebeliões provocadas pelo PCC para justificar o pedido. Segundo eles, os fatos eram notórios. Antes dos atentados, a Justiça cobrava provas mais consistentes da polícia e do Ministério Público.
Isolamento
Marcola e outros sete líderes do PCC estão provisoriamente no RDD de Presidente Bernardes (589 km de São Paulo) desde o último sábado. Ele foi levado para o Deic na sexta-feira anterior.
Foi nesse dia que o chefe do PCC teria feito as ameaças. Segundo o juiz Monnerat, a representação entregue pela secretaria contém depoimentos de agentes do Estado que teriam presenciado as ameaças.
De acordo com o juiz, o documento diz que Marcola, em represália às transferências, teria ameaçado de morte o governador, o secretário Furukawa, diretores de presídios e policiais. O chefe do PCC também teria afirmado que atentados e rebeliões seriam realizados pela facção para protestar contra a transferência.
Na quinta-feira da semana passada, 765 presos --todos integrantes do PCC-- foram levados para uma penitenciária em Presidente Venceslau (620 km de SP).
O diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), Godofredo Bittencourt, negou que agentes do Estado tenham sido ameaçados por Marcola durante a sua permanência em São Paulo.
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