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20/05/2006 - 10h52

Presidente Venceslau estuda ir à Justiça contra bloqueio de celular

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da Folha de S.Paulo

Uma hora e meia depois do prazo dado pela Justiça para que as operadoras bloqueassem o sinal da telefonia celular em seis municípios onde estão instaladas penitenciárias, o sistema da Vivo funcionava normalmente em Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo).

Na cidade há duas unidades prisionais. Uma delas, a penitenciária 2 Maurício Henrique Guimarães Pereira, recebeu, no dia 11, 765 presos do PCC.

Aparelhos da TIM e da Claro não apresentavam sinal tanto ao redor do presídio como no centro --a cinco quilômetros.

Por isso, o prefeito de Presidente Venceslau, Angelo Malacrida (PT), pediu a seu departamento jurídico que estude medidas para suspender o bloqueio. "A população não deve ser punida pela ineficácia do governo estadual."

Alguns já contabilizam prejuízos. "Acho que vou perder R$ 500 nesses 20 dias", disse Manoel Corrêa Lima, 57, caminhoneiro que transporta mudanças e entulhos.

Em São Vicente, no litoral paulista (74 km a sudeste da capital), a Folha testou celulares das operadoras Claro, Tim e Vivo e não conseguiu fazer ligações dos aparelhos das duas primeiras.

Já as ligações realizadas pela Vivo estavam sendo feitas normalmente até as 16h. Depois desse horário, a reportagem não conseguiu telefonar.

O prefeito de São Vicente, Tércio Garcia (PSB), está a favor do corte. "Toda vez que se toma um remédio, há um efeito colateral. Neste momento, é preciso tomar medidas para garantir a própria segurança da população."

Segundo a Vivo, o sinal em todas as localidades foi cortado antes das 13h. A empresa informou que, depois desse horário, precisou fazer ajustes para garantir que não houvesse comunicação nas áreas determinadas.

O bloqueio aos celulares falhou parcialmente nas penitenciárias 1 e 2 de Franco da Rocha (Grande São Paulo) e em Araraquara, no interior do Estado.

Em Franco da Rocha, ao menos até as 17h de ontem, os aparelhos da Claro faziam e recebiam chamadas em frente ao portão que dá acesso ao complexo, apesar de o sinal estar instável. Já os da Vivo e da Tim não funcionavam.

Na Penitenciária de Araraquara, também houve falha no bloqueio. A Folha testou o sistema e verificou que não é possível usar o celular na frente do presídio, mas o aparelho funciona bem na parte de trás da penitenciária, na rodovia que liga Araraquara a Américo Brasiliense, a apenas 20 m dos muros. Por outro lado, o sinal falha em locais a um quilômetro de distância do presídio e em outros pontos da cidade.

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