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22/05/2006 - 16h22

Ministério Público quer lista de mortes ocorridas por ações do PCC

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GABRIELA MANZINI
da Folha Online

O Ministério Público Estadual de São Paulo solicitou nesta segunda-feira ao delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antonio Desgualdo, e ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, que enviem em até 72 horas a lista de pessoas mortas entre os últimos dias 13 e 19, durante a repressão à onda de violência promovida pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).

Os promotores do Gecep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial) pretendem usar os documentos para investigar se houve abuso de poder por parte dos policiais civis e militares.

No pedido, eles informam que foi instaurado um procedimento administrativo preparatório e pedem também cópias de todos os boletins de ocorrência referentes às mortes.

Também nesta segunda, outro setor do Ministério Público, a Promotoria de Justiça da Cidadania, instaurou um procedimento para apurar se houve improbidade administrativa ou desrespeito aos direitos humanos por parte do IML (Instituto Médico Legal) e da Secretaria de Segurança Pública do Estado no tratamento dado aos suspeitos mortos.

Durante um encontro com lideranças do PFL realizado nesta segunda, o governador de São Paulo, Cláudio Lembo, voltou a afirmar que não houve exagero nas ações policiais. "Eu acho que pode ter havido aqui e ali um eventual inocente, mas não houve matança em São Paulo. Isso não houve. Se houve matança em São Paulo, foi de policiais civis e militares."

Desde o último dia 12, quando os ataques começaram, morreram 109 suspeitos de envolvimento nos crimes, 41 agentes de segurança --entre policiais e agentes penitenciários-- e 17 presos rebelados. Foram contabilizados ao todo 299 ataques, incluindo incêndios a ônibus.

Representantes de ONGs de defesa dos direitos humanos propuseram ao procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, que uma comissão com membros da sociedade civil acompanhe as investigações sobre a morte dos suspeitos.

"Temos informações de que há inocentes entre os mortos. O próprio governo já reconheceu essa possibilidade", afirmou nesta segunda o coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves.

Colaboraram EPAMINONDAS NETO e TATIANA FÁVARO, da Folha Online

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