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25/05/2006
-
12h35
da Folha Online
Embora tenha negado o pagamento de R$ 200 ao ex-operador de áudio da Câmara Artur Vinícius Pilastre Silva por depoimentos sigilosos à CPI do Tráfico de Armas, a advogada Maria Cristina Rachado disse que Silva pediu o dinheiro pelas gravações de depoimentos fora do shopping onde os CDs foram copiados.
Essa foi uma das contradições do depoimento que a advogada dá na acareação realizada na CPI, nesta quinta-feira. "[Silva] não quis receber o dinheiro lá dentro [da loja onde foi copiado o CD]".
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) entendeu que a frase da advogada constitui uma confissão. "Se ele não quis receber o dinheiro lá dentro, fica claro que alguém lhe ofereceu dinheiro", disse o parlamentar. A advogada negou. "Eu não quis dizer isso."
Rachado afirmou saber que o conteúdo de uma sessão reservada não poderia ser revelado. E confirmou ter ido à sede do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) no dia 12, data em que começaram os ataques promovidos pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) em São Paulo.
Ela é advogada do líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Ao tomarem conhecimento do teor dos depoimentos delegados da Polícia Civil de São Paulo Godofredo Bittencourt e Rui Ferraz Fontes, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), lideranças da facção criminosa teriam ordenado os ataques.
Desacato
O advogado Sérgio Wesley da Cunha, também acusado de comprar gravação de depoimentos sigilosos da comissão, saiu da acareação algemado.
Ele foi preso por ferir o Código Penal, que prevê prisão por desacato a funcionário público no exercício da função. Em resposta a um deputado --que disse que o advogado teria aprendido bem com a malandragem--, Cunha afirmou que é fácil aprender "aqui".
O presidente da CPI, deputado federal Moroni Torgan (PFL-CE), disse que a prisão de Cunha é formal e pode ser "relaxada" com o pagamento de uma fiança de R$ 300 --R$ 100 a mais que o valor pago pelos depoimentos, segundo repetiu o ex-operador de áudio da Câmara Artur Vinícius Pilastre Silva na acareação.
Com Agência Câmara
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Embora tenha negado o pagamento de R$ 200 ao ex-operador de áudio da Câmara Artur Vinícius Pilastre Silva por depoimentos sigilosos à CPI do Tráfico de Armas, a advogada Maria Cristina Rachado disse que Silva pediu o dinheiro pelas gravações de depoimentos fora do shopping onde os CDs foram copiados.
Essa foi uma das contradições do depoimento que a advogada dá na acareação realizada na CPI, nesta quinta-feira. "[Silva] não quis receber o dinheiro lá dentro [da loja onde foi copiado o CD]".
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) entendeu que a frase da advogada constitui uma confissão. "Se ele não quis receber o dinheiro lá dentro, fica claro que alguém lhe ofereceu dinheiro", disse o parlamentar. A advogada negou. "Eu não quis dizer isso."
Rachado afirmou saber que o conteúdo de uma sessão reservada não poderia ser revelado. E confirmou ter ido à sede do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) no dia 12, data em que começaram os ataques promovidos pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) em São Paulo.
Ela é advogada do líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Ao tomarem conhecimento do teor dos depoimentos delegados da Polícia Civil de São Paulo Godofredo Bittencourt e Rui Ferraz Fontes, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), lideranças da facção criminosa teriam ordenado os ataques.
Desacato
O advogado Sérgio Wesley da Cunha, também acusado de comprar gravação de depoimentos sigilosos da comissão, saiu da acareação algemado.
Ele foi preso por ferir o Código Penal, que prevê prisão por desacato a funcionário público no exercício da função. Em resposta a um deputado --que disse que o advogado teria aprendido bem com a malandragem--, Cunha afirmou que é fácil aprender "aqui".
O presidente da CPI, deputado federal Moroni Torgan (PFL-CE), disse que a prisão de Cunha é formal e pode ser "relaxada" com o pagamento de uma fiança de R$ 300 --R$ 100 a mais que o valor pago pelos depoimentos, segundo repetiu o ex-operador de áudio da Câmara Artur Vinícius Pilastre Silva na acareação.
Com Agência Câmara
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