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25/05/2006 - 11h49

Advogado suspeito de comprar áudio de CPI deixa sessão algemado

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da Folha Online

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Tráfico de Armas pediu por volta de 11h40 desta quinta-feira ao Depol (Departamento de Polícia Legislativa) a prisão do advogado Sérgio Wesley da Cunha, acusado de comprar gravação de depoimentos sigilosos da comissão.

Cunha foi algemado em flagrante por ferir o Código Penal, que prevê prisão por desacato a funcionário público no exercício da função. Em resposta a um deputado --que disse que o advogado teria aprendido bem com a malandragem--, Cunha afirmou que é fácil aprender "aqui".

O presidente da CPI, deputado federal Moroni Torgan (PFL-CE), disse que a prisão de Cunha é formal e pode ser "relaxada" com o pagamento de uma fiança de R$ 300 --R$ 100 a mais que o valor pago pelos depoimentos, segundo repetiu o ex-operador de áudio da Câmara Artur Vinícius Pilastre Silva na acareação.

Silva confessou ter vendido CDs com as declarações. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) afirmou que a prisão de Cunha servirá para impedir a abertura de precedentes para desacato à Casa de Leis.

Acusado junto com a advogada Maria Cristina Rachado de comprar gravação de depoimentos sigilosos à CPI, Cunha voltará a depor depois de assinar documentos no Depol.

Após a prisão de Cunha, a CPI começou a ouvir a advogada, que defende o líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.

O áudio dos depoimentos teria motivado a onda de rebeliões e ataques que atingiu São Paulo neste mês. Para a CPI, as ações do PCC foram intensificadas após a facção criminosa tomar conhecimento do teor dos depoimentos dos delegados da Polícia Civil de São Paulo Godofredo Bittencourt e Rui Ferraz Fontes, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado).

Em acareação que começou às 10h30 desta quinta-feira, o ex-funcionário que teria vendido os depoimentos confirmou que Cunha ofereceu o dinheiro para a compra das declarações. O advogado negou.

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