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09/06/2006 - 22h35

Presos ligados ao PCC mantêm "rebelião branca" em 40 unidades

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da Folha Online
da Folha Ribeirão

Presos ligados ao PCC de ao menos 40 unidades prisionais de São Paulo mantiveram nesta sexta-feira a chamada "rebelião branca". Em uma demonstração de força, eles têm se recusado a deixar as prisões para participar de audiências judiciais nos fóruns.

A Folha apurou que o boicote é uma forma de pressionar o Estado a mudar a forma de tratamento dada aos chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital). "Eles querem que os líderes voltem às penitenciárias e não tenham regime diferenciado", disse um agente que não se identificou.

O movimento acontece menos de um mês após a organização criminosa ter promovido uma série de ataques contra forças de segurança --a maior da história do Estado-- e uma onda de rebeliões que atingiu 82 prisões e gerou motins solidários no Mato Grosso do Sul e no Espírito Santo.

Segundo a SAP (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária), não há um levantamento do número de penitenciárias envolvidas, mas os efeitos da ação diminuíram nesta sexta. Mais uma vez, não houve registro de ocorrências de indisciplina, como tumultos ou rebeliões.

Em nota, a secretaria informou que "os motivos da não-apresentação [dos presos] serão cobrados pelos juízes competentes".

O protesto começou na manhã da última quarta (7), véspera da data marcada para o depoimento do chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, aos deputados da CPI do Tráfico de Armas. Ele foi ouvido quinta (8), na penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo).

De acordo com um levantamento do TJ (Tribunal de Justiça), entre segunda e quinta desta semana, 476 das 1.041 requisições para transporte de presos não foram cumpridas.

Ordem

Um promotor público disse à reportagem, sob a condição de anonimato, que na segunda-feira (5) um julgamento por júri popular teve que ser cancelado em Taubaté (130 km a nordeste de São Paulo) porque o acusado, que está preso, se recusou a ir ao fórum.

Segundo esse promotor, o detento foi ouvido e contou que recebeu do PCC a ordem para não sair do presídio.

Marcola

O depoimento de Marcola a oito parlamentares que integram a CPI do Tráfico de Armas durou aproximadamente quatro horas, na quinta-feira. Ele ficou irritado com a presença da imprensa.

De acordo com o relator da CPI, deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), o depoimento de Marcola ajudou a confirmar a tese de que a principal rota para entrada de armas no Brasil é pela fronteira com o Paraguai.

Durante o depoimento, Marcola recusou-se a responder algumas perguntas, sob pena de "ameaçar sua integridade".

Com Agência Folha

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