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12/07/2006 - 22h42

Secretaria da Segurança confirma sexta morte causada por ataques em SP

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da Folha Online

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo confirmou a sexta morte causada pelos ataques atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital) realizados entre a noite de terça-feira (11) e noite de hoje. A nova vítima é um Guarda Civil Metropolitano.

O número oficial de ataques a ônibus também subiu, de 30 para 41. Mais um banco também foi atingido, elevando o número para 12. O número de mortos, porém, pode aumentar. Na noite de terça, o filho de um investigador da Polícia Civil foi baleado em São Vicente (litoral) e morreu no hospital. Ainda não há confirmação se o crime está relacionado aos ataques.

Segundo a secretaria, o número total de ataques chegou a 73.

Na tarde desta quarta, um agente penitenciário morreu depois de ser atacado a tiros em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo). O crime não entrou nas estatísticas da secretaria.

A polícia deteve sete suspeitos de participação nas ações criminosas, entre eles dois adolescentes. Um dos presos foi Emivaldo Silva Santos, 30, o BH, que é apontado como o "general" do facção na região do ABC. Ele foi capturado horas antes do início dos ataques, na rodovia Imigrantes, em uma operação conjunta das polícias Civil e Militar.

Em outra ação, quatro homens que possivelmente promoveriam um ataque também foram presos após denúncia de um agente penitenciário.

Ataques

Um possível plano de transferência de presos para a penitenciária federal de Catanduvas (PR) teria sido o motivo da nova onda de ataques --a maior desde as ações de maio.

O secretário da Segurança do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, atribuiu a movimentação dos presos à divulgação das possíveis transferências. Reportagem publicada pela Folha nesta quarta mostra que o governo estadual pretendia fazer as transferências nos próximos dias.

O secretário da Segurança negou a existência da lista e disse que, por meio de escutas, foi constatado que os presos ficaram apreensivos com a possível transferência. Já o secretário da Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto, admitiu que, em conversa com o governo federal, pediu 40 vagas na unidade, mas que ainda não obteve resposta.

Alvos

Ao contrário da ação promovida em maio e também atribuída à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), os ataques desta quarta atingiram também dois supermercados, lojas de carros e agências bancárias. Ônibus foram incendiados.

Em algumas ataques foram usados coquetéis molotov e em outros, disparados tiros. As ações ocorreram, além de São Paulo, em municípios como Santos, Guarujá, Praia Grande, Santa Isabel, Ferraz de Vasconcelos, Suzano, Osasco, Guarulhos, Mauá, Taubaté, Embu, Taboão da Serra e Pindamonhangaba.

Conforme o último balanço divulgado pelo governo estadual ocorreram, ao todo, 11 ataques contra bancos, seis contra revendedoras de veículos, dois supermercados, uma loja, um sindicato e três casas de policias militares. Trinta ônibus foram atacados em diferentes pontos do Estado.

Apesar de divulgar os números, o governo estadual não informou todos os locais onde ocorreram os ataques. O motivo seria não aumentar a sensação de insegurança, de acordo com o comandante da PM, Eliseu Eclair Teixeira.

Mortes

Na zona norte de São Paulo, homens armados balearam o soldado Odair José Lorenzi, 29, na frente de sua casa, na região da favela do Boi Malhado, na Vila Nova Cachoeirinha, por volta da 0h10. A irmã do policial, Rita de Cássia Lorenzi, 39, saiu à janela após ouvir os disparos e também foi baleada. Ambos morreram.

No Guarujá (litoral), três vigilantes foram mortos desde a noite de ontem. Um deles trabalhava no IML (Instituto Médico Legal), localizado no bairro de Morrinhos. Ele foi baleado ao atender a porta para os criminosos, que fugiram em bicicletas.

Meia hora depois, um grupo de homens pulou o muro de um centro comunitário do mesmo bairro e matou outro vigilante a tiros. As duas vítimas trabalhavam para a empresa de segurança GP.

Por volta das 5h, um grupo matou com um tiro no rosto o vigia da linha férrea, localizado na avenida Thiago Ferreira.

Maio

Na maior série de atentados promovida pelo PCC, entre 12 e 19 de maio, o PCC promoveu uma onda de rebeliões que atingiu 82 unidades do sistema penitenciário paulista e realizou 299 ataques, incluindo incêndios a ônibus.

Na ocasião, a onda de violência seria uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa em prisões.

A partir de 28 de junho, os atentados passaram a atingir também agentes penitenciários. Desde então, seis agentes penitenciários e um carcereiro foram mortos. Outros dois agentes sofreram tentativas de homicídio.

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