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13/07/2006
-
16h42
da Folha Online
Em reunião realizada na tarde desta quinta-feira, as empresas de ônibus que atuam na cidade de São Paulo se comprometeram a devolver as frotas às ruas imediatamente. Eles haviam recolhido os ônibus devido aos 46 ataques feitos pelo PCC desde terça-feira (11). Nesta quinta, a cidade amanheceu praticamente sem ônibus.
Os empresários consideraram satisfatórias as estratégias de policiamento e combate ao crime adotadas pelo Comando Geral da PM e pela Prefeitura de São Paulo.
De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Eliseu Eclair Teixeira, às 12h, apenas 15% da frota estava em circulação. O número não chegou a ser confirmado pela SPTrans (empresa que gerencia o transporte coletivo). O sistema transporta, no total, 5,5 milhões de pessoas diariamente.
Os ônibus são o principal alvo da nova onda de ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital). Dos 106 ataques contra 121 alvos registrados da noite de terça até as 12h desta quinta em todo o Estado, 68 foram incêndios ou disparos contra ônibus --mais de 64%.
O número de ataques contra ônibus, porém, deve ser bem maior. Somente na cidade de São Paulo, 44 foram incendiados e dois atingidos por tiros, segundo a própria SPTrans. Para a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), houve ao menos outros 26 ataques na região metropolitana.
Os incêndios criminosos ocorreram principalmente em bairros da zona leste da capital e em cidades como Poá, Suzano e Ferraz de Vasconcelos.
Para o coronel da PM, os incendiários são principalmente rapazes com idades entre 18 e 20 anos. Para ele, os crimes foram "terceirizados".
Estratégias
O pacote de estratégias adotadas pela PM e pela administração municipal que convenceu os empresários do setor de transportes a tirar seus ônibus das garagens inclui o mapeamento dos crimes, a identificação dos pontos mais críticos e o policiamento.
Grupos de PMs trabalharão no policiamento ostensivo de corredores de ônibus e terminais e na escolta de alguns veículos. Outros PMs irão atuar armados e à paisana, misturados aos passageiros.
Para o coronel da PM José Vicente da Silva, ex-secretário nacional da Segurança Pública, a estratégia é "amadora" e "perigosa".
"Se o policial está disfarçado, o delinqüente entre no ônibus para anunciar o assalto ou uma ação. O policial, então, precisa se identificar e sacar a arma. Pode haver uma reação que vai submeter as pessoas a situações de risco. E em ônibus, às vezes, há pessoas muito próximas, apinhadas."
Colaboraram LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online, os repórteres GABRIELA MANZINI e FAUSTO SALVADORI, da Folha Online e a Agência Folha
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Em reunião realizada na tarde desta quinta-feira, as empresas de ônibus que atuam na cidade de São Paulo se comprometeram a devolver as frotas às ruas imediatamente. Eles haviam recolhido os ônibus devido aos 46 ataques feitos pelo PCC desde terça-feira (11). Nesta quinta, a cidade amanheceu praticamente sem ônibus.
Os empresários consideraram satisfatórias as estratégias de policiamento e combate ao crime adotadas pelo Comando Geral da PM e pela Prefeitura de São Paulo.
De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Eliseu Eclair Teixeira, às 12h, apenas 15% da frota estava em circulação. O número não chegou a ser confirmado pela SPTrans (empresa que gerencia o transporte coletivo). O sistema transporta, no total, 5,5 milhões de pessoas diariamente.
Os ônibus são o principal alvo da nova onda de ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital). Dos 106 ataques contra 121 alvos registrados da noite de terça até as 12h desta quinta em todo o Estado, 68 foram incêndios ou disparos contra ônibus --mais de 64%.
O número de ataques contra ônibus, porém, deve ser bem maior. Somente na cidade de São Paulo, 44 foram incendiados e dois atingidos por tiros, segundo a própria SPTrans. Para a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), houve ao menos outros 26 ataques na região metropolitana.
Os incêndios criminosos ocorreram principalmente em bairros da zona leste da capital e em cidades como Poá, Suzano e Ferraz de Vasconcelos.
Para o coronel da PM, os incendiários são principalmente rapazes com idades entre 18 e 20 anos. Para ele, os crimes foram "terceirizados".
Estratégias
O pacote de estratégias adotadas pela PM e pela administração municipal que convenceu os empresários do setor de transportes a tirar seus ônibus das garagens inclui o mapeamento dos crimes, a identificação dos pontos mais críticos e o policiamento.
Grupos de PMs trabalharão no policiamento ostensivo de corredores de ônibus e terminais e na escolta de alguns veículos. Outros PMs irão atuar armados e à paisana, misturados aos passageiros.
Para o coronel da PM José Vicente da Silva, ex-secretário nacional da Segurança Pública, a estratégia é "amadora" e "perigosa".
"Se o policial está disfarçado, o delinqüente entre no ônibus para anunciar o assalto ou uma ação. O policial, então, precisa se identificar e sacar a arma. Pode haver uma reação que vai submeter as pessoas a situações de risco. E em ônibus, às vezes, há pessoas muito próximas, apinhadas."
Colaboraram LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online, os repórteres GABRIELA MANZINI e FAUSTO SALVADORI, da Folha Online e a Agência Folha
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