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13/07/2006 - 18h35

Ministro diz que SP aceita "cooperação" para área da segurança

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse nesta quinta-feira que conversou "longamente" por telefone com o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), e que o governo estadual aceita a cooperação federal para conter a crise na área da segurança pública.

"O governo de São Paulo aceita a nossa cooperação, aceita a nossa colaboração e tenho certeza que amanhã eles vão ficar muito satisfeitos com a cooperação que nós vamos oferecer." Os dois se encontrarão nesta sexta (14), às 15h, no Palácio dos Bandeirantes.

Procurada pela reportagem, a assessoria do governo do Estado, disse que São Paulo aceita apenas apoio do setor de inteligência, como troca de informações e tecnologia federal. Tropas deverão ser recusadas por Lembo.

O Estado vive uma nova onda de violência atribuída ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Desde a noite da última terça (11), foram atacados prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas, ônibus e forças de segurança.

Ajuda federal

Thomaz Bastos se reuniu, na tarde desta quinta, com o comando estratégico do governo federal para discutir a violência em São Paulo. Participaram do encontro representantes da Polícia Federal, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Departamento Penitenciário Nacional, da Polícia Rodoviária Federal e o comandante da região Sudeste das Forças Armadas.

O ministro não adiantou quais as medidas serão oferecidas a São Paulo, mas disse que elas vão além da oferta de homens da Força Nacional de Segurança e do Exército. Ele descartou uma intervenção no Estado.

"Não há no horizonte a menor possibilidade de uma intervenção federal", disse.

Força Nacional

Sem querer entrar em confronto com o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, Bastos disse que, ao oferecer a Força Nacional, o governo federal quer apenas cooperar, e não substituir os 130 mil homens que atuam no Estado. E lembrou que a Força conta com a participação de policiais de vários Estados. O secretário chegou a dizer que a oferta "não existia".

"Nós não pretendemos que ela seja uma panacéia, que seja uma solução para a segurança de São Paulo."

Na quarta-feira (12), Lembo disse que o governo mantinha a posição de recusar a oferta do governo federal de usar a Força Nacional. Na ocasião, ele considerou que o reforço policial não era oportuno nem necessário, pois o efetivo de segurança paulista é o maior e mais bem equipado entre os Estados da federação, de acordo com o governo estadual.

Segurança

Thomaz Bastos ainda reafirmou por diversas vezes que as questões de segurança e a crise de São Paulo deveriam ser tratadas com impessoalidade. Por essa razão, o ministro não comentou as declarações do presidente do PFL, Jorge Bornhausen, que insinuou haver envolvimento do PT nas ações comandadas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).

"Não podemos transformar isso em uma moeda de troca eleitoral nem em uma guerra para ver quem consegue mais votos com a crise de São Paulo. Isso não é digno de homens públicos conscientes das suas responsabilidades", disse.

Colaborou LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online

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