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18/07/2006
-
12h11
GABRIELA MANZINI
da Folha Online
O segundo dia do julgamento dos três acusados de planejar e matar o casal Manfred e Marísia Richthofen foi aberto, nesta terça-feira, com os depoimentos de testemunhas do caso. O primeiro a falar foi Andreas, 19, irmão de Suzane. Ele disse ao juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, ter visto a jovem ser agredida pelo pai apenas uma vez.
"Ela agrediu ele verbalmente, forte, e ele deu um tapa nela, corretivo", disse Andreas.
Na segunda-feira (17), durante os interrogatórios dos réus, Daniel Cravinhos tentou desmoralizar a família Richthofen. Disse que Suzane era agredida e vítima de abuso sexual. Afirmou, ainda, que era de conhecimento de todas as pessoas que conviviam com os dois que Suzane tinha péssima relação com os pais.
Andreas, ao juiz, considerou sem relevância os atritos com os pais. "A relação era boa. Lógico que tinha atritos, todo mundo tem, mas nada de excepcional."
Ele disse suspeitar que os pais passaram a se opor ao namoro de Suzane e Daniel ao saber que os jovens usavam maconha.
O jovem começou a depor por volta das 11h30, como informante --por ser parente da ré. Aparentemente nervoso, gesticula bastante e fala pausadamente, com respostas curtas.
No início do depoimento, Suzane e os outros acusados --Daniel e Cristian Cravinhos-- estavam no plenário. Questionado pelo juiz, Andreas preferiu que os três deixassem o local durante sua fala.
Acareação
Após o depoimento das testemunhas --16, no total--, os acusados pelo crime deverão participar de uma acareação. De acordo com o juiz, apenas Suzane Richthofen, filha das vítimas, e Daniel Cravinhos --seu namorado à época do crime-- ficarão frente a frente. O outro réu, Cristian Cravinhos, não deve participar dos trabalhos.
Manifestaram interesse pela acareação o Ministério Público e a defesa dos irmãos Cravinhos, que chamou de "mentirosa" a outra acusada no processo, Suzane, após seu interrogatório. Para o promotor Roberto Tardelli, que atua no caso, a acareação pode ajudar a esclarecer 15 pontos, como por exemplo, quem teve a idéia do crime.
Crime
Manfred e Marísia foram assassinados com golpes de barra de ferro em 30 de outubro de 2002, enquanto dormiam. Atualmente, a casa da família está coberta de pichações de ataque aos assassinos.
Suzane e os irmãos Cravinhos foram denunciados (acusados formalmente) por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima; e fraude processual, por terem alterado a cena do crime.
Colaborou LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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da Folha Online
O segundo dia do julgamento dos três acusados de planejar e matar o casal Manfred e Marísia Richthofen foi aberto, nesta terça-feira, com os depoimentos de testemunhas do caso. O primeiro a falar foi Andreas, 19, irmão de Suzane. Ele disse ao juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, ter visto a jovem ser agredida pelo pai apenas uma vez.
"Ela agrediu ele verbalmente, forte, e ele deu um tapa nela, corretivo", disse Andreas.
Na segunda-feira (17), durante os interrogatórios dos réus, Daniel Cravinhos tentou desmoralizar a família Richthofen. Disse que Suzane era agredida e vítima de abuso sexual. Afirmou, ainda, que era de conhecimento de todas as pessoas que conviviam com os dois que Suzane tinha péssima relação com os pais.
André Porto/Folha Imagem |
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Suzane deixa carceragem do 89 DP, onde passou a noite, e segue para julgamento |
Andreas, ao juiz, considerou sem relevância os atritos com os pais. "A relação era boa. Lógico que tinha atritos, todo mundo tem, mas nada de excepcional."
Ele disse suspeitar que os pais passaram a se opor ao namoro de Suzane e Daniel ao saber que os jovens usavam maconha.
O jovem começou a depor por volta das 11h30, como informante --por ser parente da ré. Aparentemente nervoso, gesticula bastante e fala pausadamente, com respostas curtas.
No início do depoimento, Suzane e os outros acusados --Daniel e Cristian Cravinhos-- estavam no plenário. Questionado pelo juiz, Andreas preferiu que os três deixassem o local durante sua fala.
Acareação
Após o depoimento das testemunhas --16, no total--, os acusados pelo crime deverão participar de uma acareação. De acordo com o juiz, apenas Suzane Richthofen, filha das vítimas, e Daniel Cravinhos --seu namorado à época do crime-- ficarão frente a frente. O outro réu, Cristian Cravinhos, não deve participar dos trabalhos.
Manifestaram interesse pela acareação o Ministério Público e a defesa dos irmãos Cravinhos, que chamou de "mentirosa" a outra acusada no processo, Suzane, após seu interrogatório. Para o promotor Roberto Tardelli, que atua no caso, a acareação pode ajudar a esclarecer 15 pontos, como por exemplo, quem teve a idéia do crime.
Crime
Manfred e Marísia foram assassinados com golpes de barra de ferro em 30 de outubro de 2002, enquanto dormiam. Atualmente, a casa da família está coberta de pichações de ataque aos assassinos.
Suzane e os irmãos Cravinhos foram denunciados (acusados formalmente) por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima; e fraude processual, por terem alterado a cena do crime.
Colaborou LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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