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19/07/2006
-
11h32
da Folha Online
O terceiro dia do julgamento do caso Richthofen recomeçou por volta das 11h desta quarta-feira, no fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo). A sessão foi retomada com os depoimentos das testemunhas do processo.
Na terça (18), sete pessoas foram ouvidas, entre elas Andreas Richthofen, 19, irmão de Suzane, que deu declarações fortes contra o caráter da jovem e aproveitou o depoimento para declarar que, ao contrário do que havia sido veiculado após o crime, ele não perdoou a irmã --acusada de envolvimento no crime.
Nesta quarta, outras oito pessoas deverão ser ouvidas --uma testemunha de Cristian Cravinhos, três de Daniel Cravinhos e quatro de Suzane. No total, deveriam depor 16 pessoas, mas uma testemunha da jovem teria sido dispensada.
A expectativa é pela realização de uma acareação entre os réus --os irmãos Cravinhos e Suzane, filha das vítimas. A defesa dos irmãos e o Ministério Público manifestaram interesse em colocar Daniel e Suzane frente a frente, para esclarecer pontos conflitantes apresentados durante os interrogatórios ocorridos no primeiro dia do júri --e que contrariaram depoimentos prestados na fase policial e judicial.
O juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri, decidiu fazer a acareação após os depoimentos das testemunhas. O promotor Nadir de Campos Júnior disse que o Ministério Público irá avaliar, após os depoimentos, se há necessidade de fazer a acareação.
Como os réus, ao contrário das testemunhas, não têm o compromisso de dizer a verdade em seus depoimentos, Campos Júnior disse que Cristian poderá repensar a versão de que apenas seu irmão, Daniel, golpeou Manfred e Marísia. Ontem, o promotor havia julgado que Cristian poderia receber uma pena mais severa que Daniel e Suzane porque havia abdicado dos benefícios trazidos pela confissão.
A Promotoria avalia que o júri termine na noite de quinta (20) ou, caso seja feita a acareação, a sentença seja conhecida apenas na sexta-feira.
Júri
O júri do caso Richthofen é considerado o mais esperado do ano em São Paulo. Manfred e Marísia foram assassinados com golpes de barra de ferro em 30 de outubro de 2002, enquanto dormiam.
Suzane e os irmãos Cravinhos foram denunciados (acusados formalmente) por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítimas; e fraude processual, por terem alterado a cena do crime.
Em junho, a sessão foi adiada depois que os advogados de Suzane abandonaram o plenário, antes da instauração do júri, em protesto contra a decisão do juiz que presidia a sessão, Alberto Anderson Filho, de ignorar a ausência de uma testemunha da defesa e prosseguir com os trabalhos.
Já os advogados dos irmãos Cravinhos sequer compareceram ao tribunal. Eles alegaram cerceamento da defesa, pois não haviam conseguido encontrar-se com os clientes na semana anterior à data.
Para a Promotoria, os três cometeram o crime para ficar com o patrimônio da família Richthofen. A acusação deve pedir penas idênticas para os réus, que podem chegar a 50 anos. No Brasil, o condenado fica preso por, no máximo, 30 anos.
Colabororaram GABRIELA MANZINI e TATHIANA BARBAR, da Folha Online e LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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Júri do caso Richthofen recomeça com depoimento de testemunhas
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O terceiro dia do julgamento do caso Richthofen recomeçou por volta das 11h desta quarta-feira, no fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo). A sessão foi retomada com os depoimentos das testemunhas do processo.
Na terça (18), sete pessoas foram ouvidas, entre elas Andreas Richthofen, 19, irmão de Suzane, que deu declarações fortes contra o caráter da jovem e aproveitou o depoimento para declarar que, ao contrário do que havia sido veiculado após o crime, ele não perdoou a irmã --acusada de envolvimento no crime.
Nesta quarta, outras oito pessoas deverão ser ouvidas --uma testemunha de Cristian Cravinhos, três de Daniel Cravinhos e quatro de Suzane. No total, deveriam depor 16 pessoas, mas uma testemunha da jovem teria sido dispensada.
A expectativa é pela realização de uma acareação entre os réus --os irmãos Cravinhos e Suzane, filha das vítimas. A defesa dos irmãos e o Ministério Público manifestaram interesse em colocar Daniel e Suzane frente a frente, para esclarecer pontos conflitantes apresentados durante os interrogatórios ocorridos no primeiro dia do júri --e que contrariaram depoimentos prestados na fase policial e judicial.
André Porto/Folha Imagem |
Suzane von Richthofen chega ao fórum da Barra Funda para terceiro dia do julgamento |
O juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri, decidiu fazer a acareação após os depoimentos das testemunhas. O promotor Nadir de Campos Júnior disse que o Ministério Público irá avaliar, após os depoimentos, se há necessidade de fazer a acareação.
Como os réus, ao contrário das testemunhas, não têm o compromisso de dizer a verdade em seus depoimentos, Campos Júnior disse que Cristian poderá repensar a versão de que apenas seu irmão, Daniel, golpeou Manfred e Marísia. Ontem, o promotor havia julgado que Cristian poderia receber uma pena mais severa que Daniel e Suzane porque havia abdicado dos benefícios trazidos pela confissão.
A Promotoria avalia que o júri termine na noite de quinta (20) ou, caso seja feita a acareação, a sentença seja conhecida apenas na sexta-feira.
Júri
O júri do caso Richthofen é considerado o mais esperado do ano em São Paulo. Manfred e Marísia foram assassinados com golpes de barra de ferro em 30 de outubro de 2002, enquanto dormiam.
Suzane e os irmãos Cravinhos foram denunciados (acusados formalmente) por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítimas; e fraude processual, por terem alterado a cena do crime.
André Porto/Folha Imagem |
Suzane deixa carceragem do 89 DP, onde passou a noite, no segundo dia do júri |
Em junho, a sessão foi adiada depois que os advogados de Suzane abandonaram o plenário, antes da instauração do júri, em protesto contra a decisão do juiz que presidia a sessão, Alberto Anderson Filho, de ignorar a ausência de uma testemunha da defesa e prosseguir com os trabalhos.
Já os advogados dos irmãos Cravinhos sequer compareceram ao tribunal. Eles alegaram cerceamento da defesa, pois não haviam conseguido encontrar-se com os clientes na semana anterior à data.
Para a Promotoria, os três cometeram o crime para ficar com o patrimônio da família Richthofen. A acusação deve pedir penas idênticas para os réus, que podem chegar a 50 anos. No Brasil, o condenado fica preso por, no máximo, 30 anos.
Colabororaram GABRIELA MANZINI e TATHIANA BARBAR, da Folha Online e LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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