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09/08/2006
-
09h36
ROGÉRIO PAGNAN
MATHEUS PICHONELLI
da Folha de S.Paulo
O PT de São Paulo informou ontem que entrará com uma notícia crime de calúnia, injúria e difamação contra o secretário da Segurança de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, que acusou o partido político de ter participação nos ataques feitos pelo PCC nesta semana.
As acusações do secretário, feitas anteontem no programa "Canal Livre", da Rede Bandeirantes, foram além das insinuações feitas pelo presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), e do candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB). O primeiro alegou ter desconfianças do elo entre PT e PCC, e o tucano afirmou haver indícios (dias depois recuou).
O secretário disse que há provas. "Isso aí é uma ação contra o governo, pra desmoralizar, em época de eleição. Tá na cara, isso é evidente, nós temos até prova." Questionado pelos entrevistadores do programa sobre quem estaria por trás dos ataques, respondeu: "O PT".
"Ele tem que ser o promotor da paz, usar seu poder de polícia para combater o crime e não para combater seus adversários políticos, o que é uma lástima e uma irresponsabilidade", disse o presidente do PT paulista, Paulo Frateschi, por meio da assessoria de imprensa.
O partido também defendeu o afastamento do secretário do cargo. O ex-secretário de Transporte de Marta Suplicy, Jilmar Tatto, outro citado por Saulo, disse que também vai processar o secretário pelas insinuações. Na TV, o secretário afirmou: "Você já reparou nas coincidências? Os dois únicos veículos queimados em São Paulo pertencem exatamente a essas cooperativas ligadas e esse secretário [Tatto]."
A Secretaria da Segurança Pública foi procurada para comentar o assunto, mas não houve resposta.
Candidatos
Logo pela manhã, em entrevista a rádio Bandeirantes, o candidato petista Aloizio Mercadante anunciava a intenção do partido de processar o secretário pelas afirmações.
"Pouca gente leva a sério o secretário da Segurança Pública de São Paulo. Nós levamos a sério esse tipo de declaração. Ele vai ter que responder na Justiça pelas afirmações que fez. São muito graves."
Já o candidato Orestes Quércia (PMDB), em visita a Mauá, na grande São Paulo, também fez críticas a Saulo e ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Já sentei naquela mesa e posso dizer que o governador sabe tudo o que acontece no Estado de São Paulo. Não dá para dizer que [a série de ataques] foi uma surpresa."
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MATHEUS PICHONELLI
da Folha de S.Paulo
O PT de São Paulo informou ontem que entrará com uma notícia crime de calúnia, injúria e difamação contra o secretário da Segurança de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, que acusou o partido político de ter participação nos ataques feitos pelo PCC nesta semana.
As acusações do secretário, feitas anteontem no programa "Canal Livre", da Rede Bandeirantes, foram além das insinuações feitas pelo presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), e do candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB). O primeiro alegou ter desconfianças do elo entre PT e PCC, e o tucano afirmou haver indícios (dias depois recuou).
O secretário disse que há provas. "Isso aí é uma ação contra o governo, pra desmoralizar, em época de eleição. Tá na cara, isso é evidente, nós temos até prova." Questionado pelos entrevistadores do programa sobre quem estaria por trás dos ataques, respondeu: "O PT".
"Ele tem que ser o promotor da paz, usar seu poder de polícia para combater o crime e não para combater seus adversários políticos, o que é uma lástima e uma irresponsabilidade", disse o presidente do PT paulista, Paulo Frateschi, por meio da assessoria de imprensa.
O partido também defendeu o afastamento do secretário do cargo. O ex-secretário de Transporte de Marta Suplicy, Jilmar Tatto, outro citado por Saulo, disse que também vai processar o secretário pelas insinuações. Na TV, o secretário afirmou: "Você já reparou nas coincidências? Os dois únicos veículos queimados em São Paulo pertencem exatamente a essas cooperativas ligadas e esse secretário [Tatto]."
A Secretaria da Segurança Pública foi procurada para comentar o assunto, mas não houve resposta.
Candidatos
Logo pela manhã, em entrevista a rádio Bandeirantes, o candidato petista Aloizio Mercadante anunciava a intenção do partido de processar o secretário pelas afirmações.
"Pouca gente leva a sério o secretário da Segurança Pública de São Paulo. Nós levamos a sério esse tipo de declaração. Ele vai ter que responder na Justiça pelas afirmações que fez. São muito graves."
Já o candidato Orestes Quércia (PMDB), em visita a Mauá, na grande São Paulo, também fez críticas a Saulo e ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Já sentei naquela mesa e posso dizer que o governador sabe tudo o que acontece no Estado de São Paulo. Não dá para dizer que [a série de ataques] foi uma surpresa."
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