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12/09/2006
-
16h05
TATIANA FÁVARO
da Folha Online
O chefe de gabinete do deputado estadual de São Paulo e coronel da reserva da PM Ubiratan Guimarães (PTB), 63 --assassinado no fim de semana--, disse nesta terça-feira que deve pedir à Polícia Civil informações sobre o andamento das investigações sobre o crime.
Eduardo Anastasi e um assessor do deputado, coronel Gerson Vitório, encontraram o corpo na noite de domingo, após estranharem o "sumiço" de Ubiratan.
Na segunda-feira (10), o delegado Armando de Oliveira Costa Filho, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), disse que a cena do crime não estava preservada satisfatoriamente. Anastasi disse que pretende procurar o delegado ainda nesta terça-feira para pedir informações sobre os trabalhos da polícia e afirma que está disposto a prestar seu depoimento sobre o caso, se a polícia considerar necessário.
Policiais do DHPP buscam pistas que levem ao autor do tiro que causou a morte do coronel. Nesta terça, a polícia ouve a namorada de Ubiratan, a advogada Carla Ceppolina.
Ela foi ouvida informalmente ontem e, segundo a polícia, negou a autoria do crime. Ela disse ter discutido com o namorado no sábado por causa de um telefonema de outra mulher, recebido pelo coronel. A advogada foi a última pessoa vista com Ubiratan.
Na tarde desta terça, Paola Ceppolina Proença --irmã de Carla-- seguiu para o DHPP e disse que a família espera que o caso seja resolvido em breve. "Quem não deve não teme", disse.
Crime
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins --área nobre da zona oeste da cidade.
O coronel estava caído na sala, apenas com uma toalha enrolada na cintura. A principal suspeita é a de crime passional. Por isso, as últimas relações amorosas do coronel deverão ser investigadas.
Conforme a polícia, o disparo foi feito a mais de um metro de distância. É possível que Ubiratan estivesse sentado e tenha sido baleado ao levantar.
Um perito que trabalha no caso disse que o tiro partiu de uma arma calibre 38, o que reforça a possibilidade de que o coronel tenha sido baleado com uma de suas próprias armas. Das sete armas pertencentes a Ubiratan, uma delas --um revólver calibre 38-- desapareceu do apartamento da vítima após o crime.
O perito disse, ainda, que Ubiratan recebeu cinco telefonemas entre sábado e o último domingo, quando foi encontrado o corpo. Na secretária eletrônica foram encontrados três recados --de um filho, de um irmão e um outro não-identificado, conforme o perito.
Colaboraram LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online e o Agora
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O chefe de gabinete do deputado estadual de São Paulo e coronel da reserva da PM Ubiratan Guimarães (PTB), 63 --assassinado no fim de semana--, disse nesta terça-feira que deve pedir à Polícia Civil informações sobre o andamento das investigações sobre o crime.
Eduardo Anastasi e um assessor do deputado, coronel Gerson Vitório, encontraram o corpo na noite de domingo, após estranharem o "sumiço" de Ubiratan.
Na segunda-feira (10), o delegado Armando de Oliveira Costa Filho, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), disse que a cena do crime não estava preservada satisfatoriamente. Anastasi disse que pretende procurar o delegado ainda nesta terça-feira para pedir informações sobre os trabalhos da polícia e afirma que está disposto a prestar seu depoimento sobre o caso, se a polícia considerar necessário.
Policiais do DHPP buscam pistas que levem ao autor do tiro que causou a morte do coronel. Nesta terça, a polícia ouve a namorada de Ubiratan, a advogada Carla Ceppolina.
Ela foi ouvida informalmente ontem e, segundo a polícia, negou a autoria do crime. Ela disse ter discutido com o namorado no sábado por causa de um telefonema de outra mulher, recebido pelo coronel. A advogada foi a última pessoa vista com Ubiratan.
Na tarde desta terça, Paola Ceppolina Proença --irmã de Carla-- seguiu para o DHPP e disse que a família espera que o caso seja resolvido em breve. "Quem não deve não teme", disse.
Crime
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins --área nobre da zona oeste da cidade.
O coronel estava caído na sala, apenas com uma toalha enrolada na cintura. A principal suspeita é a de crime passional. Por isso, as últimas relações amorosas do coronel deverão ser investigadas.
Conforme a polícia, o disparo foi feito a mais de um metro de distância. É possível que Ubiratan estivesse sentado e tenha sido baleado ao levantar.
Um perito que trabalha no caso disse que o tiro partiu de uma arma calibre 38, o que reforça a possibilidade de que o coronel tenha sido baleado com uma de suas próprias armas. Das sete armas pertencentes a Ubiratan, uma delas --um revólver calibre 38-- desapareceu do apartamento da vítima após o crime.
O perito disse, ainda, que Ubiratan recebeu cinco telefonemas entre sábado e o último domingo, quando foi encontrado o corpo. Na secretária eletrônica foram encontrados três recados --de um filho, de um irmão e um outro não-identificado, conforme o perito.
Colaboraram LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online e o Agora
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