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12/09/2006
-
18h56
TATIANA FÁVARO
da Folha Online
O chefe de gabinete do coronel da reserva da Polícia Militar e deputado estadual Ubiratan Guimarães, Eduardo Anastasi, disse nesta terça-feira que vai contradizer declarações da namorada do coronel, a advogada Carla Cepollina.
Anastasi afirmou que os depoimentos dos filhos do coronel também devem ir contra as declarações dela. "Ela não tinha esse contato todo com os meninos [filhos de Ubiratan] nem com ninguém. Vi nos jornais ela dizendo que coordenava a campanha e ia no gabinete. Isso não tinha", afirmou o chefe de gabinete.
O depoimento de Anastasi e dos filhos do coronel ainda não foram marcados, mas, na tarde desta terça, ele foi informalmente ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) pedir informações sobre as investigações do caso.
Cena do crime
Anastasi afirmou que, embora tenha sido a primeira pessoa a chegar ao apartamento de Ubiratan, a cena do crime não foi alterada antes da chegada da polícia.
Ontem, o delegado Armando de Oliveira Costa Filho havia afirmado que a cena não estava satisfatoriamente preservada. "Depois que nós entramos, nada foi mexido até a polícia chegar", afirmou.
Crime
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins --área nobre da zona oeste da cidade.
O coronel estava caído na sala, apenas com uma toalha enrolada na cintura. A principal suspeita é a de crime passional. Por isso, as últimas relações amorosas do coronel deverão ser investigadas.
Conforme a polícia, o disparo foi feito a mais de um metro de distância. É possível que Ubiratan estivesse sentado e tenha sido baleado ao levantar.
Um perito que trabalha no caso disse que o tiro partiu de uma arma calibre 38, o que reforça a possibilidade de que o coronel tenha sido baleado com uma de suas próprias armas. Das sete armas pertencentes a Ubiratan, uma delas --um revólver calibre 38-- desapareceu do apartamento da vítima após o crime.
O perito disse, ainda, que Ubiratan recebeu cinco telefonemas entre sábado e o último domingo, quando foi encontrado o corpo. Na secretária eletrônica foram encontrados três recados --de um filho, de um irmão e um outro não-identificado, conforme o perito.
Com Agora
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O chefe de gabinete do coronel da reserva da Polícia Militar e deputado estadual Ubiratan Guimarães, Eduardo Anastasi, disse nesta terça-feira que vai contradizer declarações da namorada do coronel, a advogada Carla Cepollina.
Anastasi afirmou que os depoimentos dos filhos do coronel também devem ir contra as declarações dela. "Ela não tinha esse contato todo com os meninos [filhos de Ubiratan] nem com ninguém. Vi nos jornais ela dizendo que coordenava a campanha e ia no gabinete. Isso não tinha", afirmou o chefe de gabinete.
O depoimento de Anastasi e dos filhos do coronel ainda não foram marcados, mas, na tarde desta terça, ele foi informalmente ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) pedir informações sobre as investigações do caso.
Cena do crime
Anastasi afirmou que, embora tenha sido a primeira pessoa a chegar ao apartamento de Ubiratan, a cena do crime não foi alterada antes da chegada da polícia.
Ontem, o delegado Armando de Oliveira Costa Filho havia afirmado que a cena não estava satisfatoriamente preservada. "Depois que nós entramos, nada foi mexido até a polícia chegar", afirmou.
Crime
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins --área nobre da zona oeste da cidade.
O coronel estava caído na sala, apenas com uma toalha enrolada na cintura. A principal suspeita é a de crime passional. Por isso, as últimas relações amorosas do coronel deverão ser investigadas.
Conforme a polícia, o disparo foi feito a mais de um metro de distância. É possível que Ubiratan estivesse sentado e tenha sido baleado ao levantar.
Um perito que trabalha no caso disse que o tiro partiu de uma arma calibre 38, o que reforça a possibilidade de que o coronel tenha sido baleado com uma de suas próprias armas. Das sete armas pertencentes a Ubiratan, uma delas --um revólver calibre 38-- desapareceu do apartamento da vítima após o crime.
O perito disse, ainda, que Ubiratan recebeu cinco telefonemas entre sábado e o último domingo, quando foi encontrado o corpo. Na secretária eletrônica foram encontrados três recados --de um filho, de um irmão e um outro não-identificado, conforme o perito.
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