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31/10/2006
-
18h35
da Folha Online
Os atrasos nos vôos ainda afetam, na noite desta terça-feira, os principais aeroportos do país. É o quinto dia de problemas, e o tempo médio de espera é de duas horas.
Os atrasos são resultado da operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo que trabalham no Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), com sede em Brasília. A Aeronáutica nega a operação. Afirma que os problemas são conseqüência do controle de fluxo aéreo e admite que a região está desfalcada após o afastamento de oito controladores que estavam de plantão no dia 29 de setembro, quando caiu o Boeing da Gol.
Nesta terça, o governo federal convocou uma reunião para discutir a crise no setor.
Para amenizar o problema, a Aeronáutica restringiu o vôo de aviões não regulares, como jatos e particulares, das 7h30 às 12h e das 17h às 20h. A medida vale até dia 28 e atinge o espaço aéreo compreendido por parte de São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, do Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Os transtornos para os passageiros podem ser ainda maiores na quarta-feira (1º de novembro), devido à véspera do feriado prolongado de Finados e conseqüente aumento do tráfego aéreo.
Atrasos
Nesta terça, a Infraero registrou atrasos em 58 pousos e decolagens no aeroporto de Confins (MG). Cinco vôos foram cancelados.
No aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica (Guarulhos, região metropolitana), o atraso médio foi de duas horas, mas não há confirmação sobre o número total de vôos atingidos. Em Congonhas (zona sul de São Paulo), os atrasos --que chegaram a uma hora pela manhã-- eram de aproximadamente 20 minutos, no início da noite. Por volta das 18h, sete pousos e 11 decolagens estavam atrasadas.
No aeroporto Tom Jobim, no Rio, a Infraero divulgou apenas um balanço parcial: das 6h às 14h, 24 vôos sofreram atrasos e outros três foram cancelados. A espera foi de aproximadamente uma hora e meia.
Outro terminal com problemas é o aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília. Segundo informações disponibilizadas pela Infraero (estatal que administra os aeroportos) na internet, os atrasos também foram de aproximadamente duas horas.
O aeroporto internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba-PR), além da espera, registrou também o cancelamento de alguns vôos. Pela manhã, parte dos problemas foi causada pelo céu nublado, que manteve o aeroporto fechado para pousos e decolagens das 23h50 de segunda (30) às 8h desta terça.
Operação-padrão
Os atrasos nos vôos ocorrem desde a última sexta-feira (27), quando os controladores de tráfego aéreo de Brasília decidiram colocar a chamada operação-padrão em prática. Ela consiste em dobrar, de 5 milhas para 10 milhas náuticas, a distância entre os aviões. Isso implica coibir pousos e decolagens com pouco intervalo. No limite, os aviões acabam proibidos de deixar o solo. Também reduziram o número de aviões que são "vigiados" por cada controlador. A Aeronáutica nega o esquema.
As normas internacionais determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves no mesmo instante.
Reportagem publicada segunda (30) pela Folha mostra que os atrasos representam uma tentativa de preservar a segurança dos passageiros, de acordo com Jorge Botelho, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo --entidade que reúne os civis que atuam como controladores de vôos.
Reunião
Na sexta-feira (27), os controladores de tráfego aéreo se reuniram em Brasília, em sigilo, para discutir as dificuldades do setor e definir uma forma de pressionar o governo a atender a reivindicação por melhores salários, menor carga horária e a contratação de mais profissionais.
A Aeronáutica nega que os problemas sejam conseqüência de uma operação-padrão por parte dos controladores e afirmou que os atrasos foram provocados pelo excesso do tráfego aéreo, o que obrigou as aeronaves em solo aguardar um maior espaçamento para decolar.
Os controladores de tráfego aéreo sofrem com a pressão e ainda estão sob efeito do maior acidente aéreo do país e, segundo a Folha Online apurou, poderiam fazer uma "greve branca", como o atraso proposital dos vôos. A maioria dos controladores é militar, por isso estão proibidos por lei de fazer greve.
Na manhã de sexta (27), ao menos 32 aeronaves com destino a São Paulo, Cuiabá, Campo Grande e à região Sul do país decolaram do aeroporto de Brasília com atrasos de uma hora e meia, em média. No sábado, o problema voltou a atingir vôos entre as principais capitais do país. As decolagens atrasam até quatro horas entre os aeroportos de São Paulo, Rio e Brasília e os pousos chegam a atrasar duas horas.
Medidas
Em nota enviada no sábado (28), a FAB (Força Aérea Brasileira) informou que "estão sendo implementadas medidas" para tentar resolver o problema do aumento de tráfego aéreo em Brasília e os atrasos nos vôos.
Entre as medidas estão o remanejamento de controladores de tráfego para Brasília, onde ocuparão as vagas dos operadores afastados depois do acidente com o vôo 1907, da Gol. Na ocasião, 154 pessoas morreram.
A nota também promete "um aumento substancial do número de controladores de tráfego aéreo".
Com Folha de S.Paulo
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Atrasos atingem vôos nos principais aeroportos do país
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Os atrasos nos vôos ainda afetam, na noite desta terça-feira, os principais aeroportos do país. É o quinto dia de problemas, e o tempo médio de espera é de duas horas.
Os atrasos são resultado da operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo que trabalham no Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), com sede em Brasília. A Aeronáutica nega a operação. Afirma que os problemas são conseqüência do controle de fluxo aéreo e admite que a região está desfalcada após o afastamento de oito controladores que estavam de plantão no dia 29 de setembro, quando caiu o Boeing da Gol.
Nesta terça, o governo federal convocou uma reunião para discutir a crise no setor.
Para amenizar o problema, a Aeronáutica restringiu o vôo de aviões não regulares, como jatos e particulares, das 7h30 às 12h e das 17h às 20h. A medida vale até dia 28 e atinge o espaço aéreo compreendido por parte de São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, do Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Os transtornos para os passageiros podem ser ainda maiores na quarta-feira (1º de novembro), devido à véspera do feriado prolongado de Finados e conseqüente aumento do tráfego aéreo.
Atrasos
Nesta terça, a Infraero registrou atrasos em 58 pousos e decolagens no aeroporto de Confins (MG). Cinco vôos foram cancelados.
No aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica (Guarulhos, região metropolitana), o atraso médio foi de duas horas, mas não há confirmação sobre o número total de vôos atingidos. Em Congonhas (zona sul de São Paulo), os atrasos --que chegaram a uma hora pela manhã-- eram de aproximadamente 20 minutos, no início da noite. Por volta das 18h, sete pousos e 11 decolagens estavam atrasadas.
No aeroporto Tom Jobim, no Rio, a Infraero divulgou apenas um balanço parcial: das 6h às 14h, 24 vôos sofreram atrasos e outros três foram cancelados. A espera foi de aproximadamente uma hora e meia.
Outro terminal com problemas é o aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília. Segundo informações disponibilizadas pela Infraero (estatal que administra os aeroportos) na internet, os atrasos também foram de aproximadamente duas horas.
O aeroporto internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba-PR), além da espera, registrou também o cancelamento de alguns vôos. Pela manhã, parte dos problemas foi causada pelo céu nublado, que manteve o aeroporto fechado para pousos e decolagens das 23h50 de segunda (30) às 8h desta terça.
Operação-padrão
Os atrasos nos vôos ocorrem desde a última sexta-feira (27), quando os controladores de tráfego aéreo de Brasília decidiram colocar a chamada operação-padrão em prática. Ela consiste em dobrar, de 5 milhas para 10 milhas náuticas, a distância entre os aviões. Isso implica coibir pousos e decolagens com pouco intervalo. No limite, os aviões acabam proibidos de deixar o solo. Também reduziram o número de aviões que são "vigiados" por cada controlador. A Aeronáutica nega o esquema.
As normas internacionais determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves no mesmo instante.
Reportagem publicada segunda (30) pela Folha mostra que os atrasos representam uma tentativa de preservar a segurança dos passageiros, de acordo com Jorge Botelho, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo --entidade que reúne os civis que atuam como controladores de vôos.
Reunião
Na sexta-feira (27), os controladores de tráfego aéreo se reuniram em Brasília, em sigilo, para discutir as dificuldades do setor e definir uma forma de pressionar o governo a atender a reivindicação por melhores salários, menor carga horária e a contratação de mais profissionais.
A Aeronáutica nega que os problemas sejam conseqüência de uma operação-padrão por parte dos controladores e afirmou que os atrasos foram provocados pelo excesso do tráfego aéreo, o que obrigou as aeronaves em solo aguardar um maior espaçamento para decolar.
Os controladores de tráfego aéreo sofrem com a pressão e ainda estão sob efeito do maior acidente aéreo do país e, segundo a Folha Online apurou, poderiam fazer uma "greve branca", como o atraso proposital dos vôos. A maioria dos controladores é militar, por isso estão proibidos por lei de fazer greve.
Na manhã de sexta (27), ao menos 32 aeronaves com destino a São Paulo, Cuiabá, Campo Grande e à região Sul do país decolaram do aeroporto de Brasília com atrasos de uma hora e meia, em média. No sábado, o problema voltou a atingir vôos entre as principais capitais do país. As decolagens atrasam até quatro horas entre os aeroportos de São Paulo, Rio e Brasília e os pousos chegam a atrasar duas horas.
Medidas
Em nota enviada no sábado (28), a FAB (Força Aérea Brasileira) informou que "estão sendo implementadas medidas" para tentar resolver o problema do aumento de tráfego aéreo em Brasília e os atrasos nos vôos.
Entre as medidas estão o remanejamento de controladores de tráfego para Brasília, onde ocuparão as vagas dos operadores afastados depois do acidente com o vôo 1907, da Gol. Na ocasião, 154 pessoas morreram.
A nota também promete "um aumento substancial do número de controladores de tráfego aéreo".
Com Folha de S.Paulo
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