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01/11/2006 - 13h43

Para sindicato de controladores, caos em aeroportos deve durar mais dez dias

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da Folha Online, em Brasília

Os passageiros terão que esperar cerca de dez dias para que os vôos dos principais aeroportos do país comecem a sair na hora certa, conforme estimativa do Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Vôo. "Não tem jeito. A população e o setor de aviação têm que se adequar. A aviação cresceu demais e a estrutura do espaço aérea não foi atualizada para suportar", disse Jorge Carlos Botelho, presidente do sindicato.

Botelho participou de uma reunião da categoria com o ministro da Defesa, Waldir Pires. Foi a primeira desde o início dos atrasos nos vôos, há seis dias.

Ele afirmou que a situação só será normalizada após o controle aéreo de Brasília receber dez controladores que serão remanejados de outros Estados. No entanto, eles terão que passar por um treinamento que levará de 60 a 90 horas, por isso as operações não serão normalizadas de forma imediata.

O sindicalista lembrou ainda que embora o problema de Brasília possa ser solucionado no curto prazo, outros Estados poderão ter falta de controladores. "Estamos cobrindo um setor e descobrindo outro."

O Comando da Aeronáutica irá fazer um concurso para a contratação de 64 controladores de vôos civis, o que não é feito há 20 anos. Para Botelho, um dos fatores que colabora para a crise do setor hoje é o fato do controle de tráfego aéreo ser vinculado aos militares. "A culpa é da estrutura militarizada."

Operação-padrão

Botelho negou que a categoria esteja fazendo uma "operação-padrão" como forma de reivindicação. De acordo com Botelho, os atrasos começaram a ocorrer porque alguns controladores de tráfego aéreo foram afastados após o acidente da Gol, no final de setembro. "Não é verdade [a operação]. O que nós estamos fazendo é trabalhar dentro das nossas possibilidades. Nós temos trabalhado em uma situação muito crítica desde o acidente."

O controle aéreo está com 18 controladores a menos desde o acidente. Oito dos afastados estavam trabalhando no dia da queda do avião da Gol. De acordo com o presidente do sindicato, o número dos controladores já era insuficiente e isso ficou mais grave após o afastamento, por problemas psicológicos causados pelo trauma, dessas 18 pessoas. Não há uma data para eles retornarem ao trabalho.

Botelho garantiu que a segurança está garantida, mas que ela poderá ser comprometida se os controladores passarem a operar mais vôos. "Haverá comprometimento [da segurança] se tivermos com esse efetivo movimentar mais aviões", alertou.

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