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08/11/2006
-
09h21
ELIANE CANTANHÊDE
Colunista da Folha de S.Paulo
Os primeiros exames das caixas-pretas do Boeing da Gol, que caiu no dia 29 de setembro na região da Serra do Cachimbo, matando 154 pessoas (entre passageiros e tripulantes), mostram que não houve pânico nem tumulto depois da colisão com o jatinho Legacy que seguia em sentido contrário para Manaus (AM).
Isso, a princípio, indica que depois do choque o avião caiu verticalmente. Nessa hipótese, os pilotos, os demais tripulantes e os passageiros perderam rapidamente a consciência e mal tiveram tempo de perceber que iam morrer.
O Boeing da Gol, que seguia de Manaus para Brasília, estava a 37 mil pés de altitude, pesava até 79 toneladas e ainda tinha quase três toneladas de combustível (querosene de aviação). Foi uma queda vertiginosa.
Médicos especialistas em medicina aeroespacial já tinham explicado às famílias das vítimas que nesses casos a perda de consciência é tão rápida que as pessoas não têm tempo de reagir e também não sofrem.
O coronel Rufino Antônio da Silva Ferreira, que comanda as investigações aeronáuticas, chegou ontem a Brasília com as equipes de americanos e canadenses que participam dos trabalhos. Eles estão hospedados em hotéis da capital.
Hoje, Rufino e os demais especialistas vão ao Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e ao Cindacta-1, o centro de defesa e de controle de tráfego aéreo sediado em Brasília, para levantar mais detalhes sobre o momento do acidente. De Brasília, eles irão também a Manaus para concluir os trabalhos no Cindacta-4.
Além das duas caixas-pretas do Boeing, uma com a gravação das vozes na cabine de comando e outra com os dados técnicos do vôo, os investigadores também analisam as gravações das torres de controle de São José dos Campos (onde começou o vôo do Legacy) e da caixa-preta do jatinho, vendido pela Embraer à norte-americana ExcelAire e que fazia seu primeiro vôo.
As caixas-pretas do Boeing e do Legacy foram analisadas no laboratório da TSB (Transportation Safety Board), agência ligada ao governo canadense especializada na investigação de acidentes aéreos, e já estão de volta ao Brasil.
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Os primeiros exames das caixas-pretas do Boeing da Gol, que caiu no dia 29 de setembro na região da Serra do Cachimbo, matando 154 pessoas (entre passageiros e tripulantes), mostram que não houve pânico nem tumulto depois da colisão com o jatinho Legacy que seguia em sentido contrário para Manaus (AM).
Isso, a princípio, indica que depois do choque o avião caiu verticalmente. Nessa hipótese, os pilotos, os demais tripulantes e os passageiros perderam rapidamente a consciência e mal tiveram tempo de perceber que iam morrer.
O Boeing da Gol, que seguia de Manaus para Brasília, estava a 37 mil pés de altitude, pesava até 79 toneladas e ainda tinha quase três toneladas de combustível (querosene de aviação). Foi uma queda vertiginosa.
Médicos especialistas em medicina aeroespacial já tinham explicado às famílias das vítimas que nesses casos a perda de consciência é tão rápida que as pessoas não têm tempo de reagir e também não sofrem.
O coronel Rufino Antônio da Silva Ferreira, que comanda as investigações aeronáuticas, chegou ontem a Brasília com as equipes de americanos e canadenses que participam dos trabalhos. Eles estão hospedados em hotéis da capital.
Hoje, Rufino e os demais especialistas vão ao Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e ao Cindacta-1, o centro de defesa e de controle de tráfego aéreo sediado em Brasília, para levantar mais detalhes sobre o momento do acidente. De Brasília, eles irão também a Manaus para concluir os trabalhos no Cindacta-4.
Além das duas caixas-pretas do Boeing, uma com a gravação das vozes na cabine de comando e outra com os dados técnicos do vôo, os investigadores também analisam as gravações das torres de controle de São José dos Campos (onde começou o vôo do Legacy) e da caixa-preta do jatinho, vendido pela Embraer à norte-americana ExcelAire e que fazia seu primeiro vôo.
As caixas-pretas do Boeing e do Legacy foram analisadas no laboratório da TSB (Transportation Safety Board), agência ligada ao governo canadense especializada na investigação de acidentes aéreos, e já estão de volta ao Brasil.
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