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20/11/2006 - 15h18

PF ouve controladores de tráfego aéreo sobre queda de avião da Gol

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da Folha Online

A PF (Polícia Federal) começou a ouvir nesta segunda-feira os depoimentos de 13 controladores de tráfego aéreo que trabalharam no último dia 29 de setembro, quando o Legacy da empresa americana de táxi aéreo ExcelAire e o Boeing que fazia o vôo 1907 da Gol colidiram. A queda do avião comercial causou a morte dos 154 ocupantes.

Serão ouvidos dez profissionais do Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), em Brasília, e outros três que estavam em São José dos Campos (91 km a nordeste de São Paulo), de onde decolou o Legacy.

Os controladores são ouvidos pelo delegado Rubens José Maleiner, da Coordenação de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da PF. O delegado Renato Sayão, de Cuiabá (MT), responsável pelas investigações, não acompanha os depoimentos devido a problemas de saúde.

Os profissionais deveriam ter sido ouvidos em outubro, mas apresentaram atestados médicos e adiaram os depoimentos. Os documentos foram assinados por médicos da própria FAB (Força Aérea Brasileira), e afirmavam que os controladores convocados estavam sob tratamento psiquiátrico.

Relatório preliminar sobre as causas do acidente, divulgado na última quinta-feira (16) pela Aeronáutica, mostra falhas de comunicação entre os pilotos do Legacy e os controladores de Brasília e confirma que o jato voava na mesma altitude do Boeing no momento da colisão --a 37 mil pés (11,2 km).

Conforme o plano de vôo, o jato, que partiu de São José dos Campos (SP) com destino a Manaus, deveria ter baixado para 36 mil pés em Brasília e, pouco antes do choque, subido para 38 mil pés, altitude que deveria ter sido mantida até Manaus.

Acidente

Com a colisão, o Boeing da Gol caiu em uma área de mata fechada em Mato Grosso. O Legacy conseguiu pousar, apesar de danos na asa, e nenhum dos sete ocupantes --seis deles americanos-- ficaram feridos.

Além da Aeronáutica, a PF (Polícia Federal) investiga o caso. Na semana passada, a Justiça Federal em Sinop (MT) aceitou pedido da polícia e determinou que o Cenipa (Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) apresente ao delegado os documentos coletados durante a investigação.

A Aeronáutica havia negado acesso à documentação, sob justificativa de que as informações não poderiam ser usadas em procedimentos criminais, conforme prevê a Convenção de Chicago, que rege a aviação internacional.

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