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12/12/2006
-
15h50
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O ministro da Defesa, Waldir Pires, reagiu nesta terça-feira às declarações do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes que, após audiência com o ministro --na segunda (11)--, disse que Pires afirmou ser necessário "ter muita fé e rezar um pouco" para que os passageiros não enfrentem problemas nos aeroportos nos feriados de final de ano. Pires disse que Nardes foi antiético ao repassar suas declarações à imprensa.
"Se Deus nos ajudar, tudo bem, melhor. Essa é a posição da minha formação. Não é transmitir uma idéia como se fosse leviana. Isso é falta de ética na relação institucional. Prefiro dizer que é falta de ética [do que má fé]", afirmou.
O ministro disse que, por sua formação católica, apenas disse a Nardes que é necessário ter fé para evitar novos problemas nos aeroportos --o que segundo o ministro não significa que o governo não esteja trabalhando para evitar um novo caos aéreo no final do ano.
"Eu mencionei no sentido de que nós fazemos a nossa parte, cumprimos nosso dever. Nós trabalhamos e decidimos fazer o que é possível", afirmou. Pires participou esta manhã de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros para discutir medidas de infra-estrutura para o país.
Pires negou, no entanto, que tenha dado explicações ao presidente sobre suas declarações reveladas pelo ministro do TCU. "Não fiz nenhum comentário para o presidente", disse.
Relatório TCU
Pires disse que, na conversa com Nardes, o ministro do TCU afirmou que o caos aéreo tem como causa principal um contingenciamento indevido de recursos federais para o setor aéreo do país. O ministro, no entanto, rebateu as conclusões de Nardes. "Não houve [contingenciamento]. Não é por falta de recursos. Em 2005, não fizemos contingenciamento nenhum. Em 2004, foi quase nada, de forma que não há esse problema", disse.
O ministro disse estar disposto a questionar o relatório do TCU sobre a crise aérea, a ser apresentado esta tarde, caso Nardes insista em atribuir ao contingenciamento federal os problemas no setor. "Já disse ao ministro que não é por falta de recursos. Estamos com o mapa da execução orçamentária dos últimos três anos", afirmou.
Apesar das críticas ao ministro do TCU, Pires disse ter grande "apreço" pelo tribunal. "O TCU é um organismo pelo qual tenho grande respeito. Ele [Nardes] precisa ter grande respeito pela opinião pública brasileira", disse.
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"Se Deus nos ajudar, tudo bem, melhor. Essa é a posição da minha formação. Não é transmitir uma idéia como se fosse leviana. Isso é falta de ética na relação institucional. Prefiro dizer que é falta de ética [do que má fé]", afirmou.
O ministro disse que, por sua formação católica, apenas disse a Nardes que é necessário ter fé para evitar novos problemas nos aeroportos --o que segundo o ministro não significa que o governo não esteja trabalhando para evitar um novo caos aéreo no final do ano.
"Eu mencionei no sentido de que nós fazemos a nossa parte, cumprimos nosso dever. Nós trabalhamos e decidimos fazer o que é possível", afirmou. Pires participou esta manhã de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros para discutir medidas de infra-estrutura para o país.
Pires negou, no entanto, que tenha dado explicações ao presidente sobre suas declarações reveladas pelo ministro do TCU. "Não fiz nenhum comentário para o presidente", disse.
Relatório TCU
Pires disse que, na conversa com Nardes, o ministro do TCU afirmou que o caos aéreo tem como causa principal um contingenciamento indevido de recursos federais para o setor aéreo do país. O ministro, no entanto, rebateu as conclusões de Nardes. "Não houve [contingenciamento]. Não é por falta de recursos. Em 2005, não fizemos contingenciamento nenhum. Em 2004, foi quase nada, de forma que não há esse problema", disse.
O ministro disse estar disposto a questionar o relatório do TCU sobre a crise aérea, a ser apresentado esta tarde, caso Nardes insista em atribuir ao contingenciamento federal os problemas no setor. "Já disse ao ministro que não é por falta de recursos. Estamos com o mapa da execução orçamentária dos últimos três anos", afirmou.
Apesar das críticas ao ministro do TCU, Pires disse ter grande "apreço" pelo tribunal. "O TCU é um organismo pelo qual tenho grande respeito. Ele [Nardes] precisa ter grande respeito pela opinião pública brasileira", disse.
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