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21/12/2006
-
14h22
da Folha Online
O aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, registrava atrasos de, em média, uma hora-- em 30 pousos e 34 decolagens às 14h desta quinta-feira, segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária). Em todo o país, da 0h às 10h30, dos 649 vôos programados, 223 atrasaram mais de uma hora e 36 foram cancelados.
Na noite de quarta-feira (20), Congonhas permaneceu fechado durante cerca de 50 minutos devido ao mau tempo. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a medida originou um "efeito dominó" que causou esta nova seqüência de atrasos e cancelamentos.
O problema foi agravado pela TAM, que teve seis aeronaves paradas para manutenção e ficou sem rede de dados no aeroporto Tom Jobim, no Rio. A companhia admitiu, no final da manhã desta quinta, que todos os seus vôos saídos de São Paulo tinham atraso médio de duas horas e que 26 deles haviam sido cancelados até aquele momento.
Em Congonhas, às 14h desta quinta, os casos mais graves eram de dois vôos da TAM: um que deveria ter chegado de Belo Horizonte (MG) às 8h55 e outro que deveria ter partido com direção a Fortaleza (CE) às 9h48.
Em entrevista à Folha, o comandante do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), o major-brigadeiro-do-ar Paulo Hortênsio Albuquerque Silva, culpou as empresas aéreas e, especificamente, a TAM. "Os vôos estão atrasados porque as aeronaves estão esperando para saírem lotadas."
Relatório
Nesta quinta, a comissão criada na Câmara dos Deputados para acompanhar a crise ouviu a leitura do relatório final, elaborado pelo deputado Carlos Willian (PTC-MG). No texto, ele culpou o Comando da Aeronáutica e o Ministério da Defesa; questionou a credibilidade das instituições e acusou o TCU (Tribunal de Contas da União) de "incapacidade gerencial".
Embora tenha sido lido, o documento não deverá ser votado. Durante a sessão desta quinta, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) pediu vista do documento, o que adia a votação por duas sessões.
Como o recesso começa sexta (22), não há mais tempo para que o texto seja aprovado na comissão, e ela será extinta dia 31 de janeiro, pois o regimento da Casa Legislativa não permite a prorrogação dos trabalhos para comissões temporárias.
Indefesos
Na quarta (20), órgãos de defesa do consumidor pediram uma liminar que obrigasse a União e oito companhias aéreas a prestar toda a assistência --alimentação, transporte e hospedagem-- aos passageiros lesados pelo caos, mas a avaliação da questão não foi considerada urgente pela Justiça Federal e acabou adiada por quase 20 dias.
Final de ano
Os problemas acontecem às vésperas dos feriados de final de ano e apenas um dia depois de o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, ter previsto "tranqüilidade" e "normalidade".
Desde outubro último, o setor aéreo enfrentou diversas seqüências de atrasos e cancelamentos de vôos. No começo, elas foram causadas pela operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que restabeleceram à força parâmetros internacionais de segurança. Recentemente, porém, houve atrasos provocados por uma pane e, agora, pelo fechamento de Congonhas.
Para o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas), a situação nos aeroportos do país só deve ser inteiramente normalizada no primeiro semestre de 2007.
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Na noite de quarta-feira (20), Congonhas permaneceu fechado durante cerca de 50 minutos devido ao mau tempo. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a medida originou um "efeito dominó" que causou esta nova seqüência de atrasos e cancelamentos.
O problema foi agravado pela TAM, que teve seis aeronaves paradas para manutenção e ficou sem rede de dados no aeroporto Tom Jobim, no Rio. A companhia admitiu, no final da manhã desta quinta, que todos os seus vôos saídos de São Paulo tinham atraso médio de duas horas e que 26 deles haviam sido cancelados até aquele momento.
Em Congonhas, às 14h desta quinta, os casos mais graves eram de dois vôos da TAM: um que deveria ter chegado de Belo Horizonte (MG) às 8h55 e outro que deveria ter partido com direção a Fortaleza (CE) às 9h48.
Em entrevista à Folha, o comandante do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), o major-brigadeiro-do-ar Paulo Hortênsio Albuquerque Silva, culpou as empresas aéreas e, especificamente, a TAM. "Os vôos estão atrasados porque as aeronaves estão esperando para saírem lotadas."
Relatório
Nesta quinta, a comissão criada na Câmara dos Deputados para acompanhar a crise ouviu a leitura do relatório final, elaborado pelo deputado Carlos Willian (PTC-MG). No texto, ele culpou o Comando da Aeronáutica e o Ministério da Defesa; questionou a credibilidade das instituições e acusou o TCU (Tribunal de Contas da União) de "incapacidade gerencial".
Embora tenha sido lido, o documento não deverá ser votado. Durante a sessão desta quinta, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) pediu vista do documento, o que adia a votação por duas sessões.
Como o recesso começa sexta (22), não há mais tempo para que o texto seja aprovado na comissão, e ela será extinta dia 31 de janeiro, pois o regimento da Casa Legislativa não permite a prorrogação dos trabalhos para comissões temporárias.
Indefesos
Na quarta (20), órgãos de defesa do consumidor pediram uma liminar que obrigasse a União e oito companhias aéreas a prestar toda a assistência --alimentação, transporte e hospedagem-- aos passageiros lesados pelo caos, mas a avaliação da questão não foi considerada urgente pela Justiça Federal e acabou adiada por quase 20 dias.
Final de ano
Os problemas acontecem às vésperas dos feriados de final de ano e apenas um dia depois de o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, ter previsto "tranqüilidade" e "normalidade".
Desde outubro último, o setor aéreo enfrentou diversas seqüências de atrasos e cancelamentos de vôos. No começo, elas foram causadas pela operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que restabeleceram à força parâmetros internacionais de segurança. Recentemente, porém, houve atrasos provocados por uma pane e, agora, pelo fechamento de Congonhas.
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