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13/01/2007 - 15h49

Buscas em escombros do metrô de SP continuam, apesar de garoa

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da Folha Online

Uma garoa intermitente atinge neste sábado a região onde ontem um canteiro de obras da estação Pinheiros do metrô desabou, na zona oeste de São Paulo. Se houver pancadas de chuva, os trabalhos de busca por desaparecidos e de estabilização de um guindaste que ameaça cair e aumentar a cratera formada no acidente poderão ser interrompidos.

Na madrugada, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil chegaram a construir uma espécie de dique para evitar que a água de uma eventual chuva escoe para o local.

Raimundo Pacco/Folha Imagem
Equipes trabalham neste sábado no local do desabamento de canteiro de obras do metrô
Equipes trabalham neste sábado no local do desabamento de canteiro de obras do metrô
O desabamento aconteceu às 15h de sexta (12) e dobrou o diâmetro de um buraco feito para levar equipamentos --como retroescavadeiras-- ao subsolo. Inicialmente, a estrutura tinha 40 metros de diâmetro. Depois do acidente, o solo continuou cedendo por ao menos cinco horas, até o diâmetro do buraco alcançar 80 metros de extensão.

Conforme denúncias, um caminhão com um ocupante e uma van com quatro pessoas foram soterrados.

Devido ao risco de que ocorram novos desabamentos, cerca de 80 imóveis estão interditados. Neste sábado, alguns dos desalojados foram autorizados a transitar pela região acompanhados de técnicos da Defesa Civil, para buscar objetos como remédios e roupas. O acesso à área só será liberado após a desmontagem do guindaste que ameaça cair.

Em todo o bairro, cerca de 120 imóveis, incluindo os que estão desocupados, estão sem água e sem energia elétrica por causa do desabamento, que rompeu cabos e uma adutora da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Como o acesso dos técnicos está restrito, não há previsão para normalização dos serviços.

Desaparecidos
Werther Santana/Folha Imagem
Familiares de desaparecidos acompanham buscas por van no local do desmoronamento
Familiares de desaparecidos acompanham buscas por van no local do desmoronamento


O desaparecimento da van pela qual o Corpo de Bombeiros procura foi notificado inicialmente pela cooperativa à qual ela pertencia. Segundo a empresa, o motorista Reinaldo Aparecido Leite e o cobrador Wescey Adriano da Silva estavam na região quando ocorreu o desabamento e não entraram mais em contato pelo rádio desde o horário do acidente.

Informações extra-oficiais apontam que van estaria soterrada entre 25 e 30 metros de profundidade.

As denúncias também apontam o desaparecimento de mais duas pessoas --um caminhoneiro e uma idosa.

Guindaste

O guindaste que ameaça cair dentro da cratera formada pelo desabamento e provocar novos acidentes tem aproximadamente 32 metros de altura e 120 toneladas e está preso à beirada do buraco. Desde sexta, ele foi amarrado a um contrapeso e fixado por concreto injetado, para ganhar estabilidade. Equipes, agora, trabalham em sua desmontagem.

De acordo com a Defesa Civil, a instabilidade do guindaste é o principal motivo pelo qual os imóveis da região que estão interditados não podem ser liberados. Outro problema causado pelo equipamento é a interdição da marginal Pinheiros --eventuais novos desabamentos poderiam atingir o asfalto da via.

Se a marginal Pinheiros continuar interditada na segunda-feira (15), a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) deverá adiantar a retomada do rodízio municipal de veículos, que só retornaria no próximo dia 29.

Acidente

Segundo a assessoria de imprensa da Odebrecht, o acidente ocorreu durante a escavação da metade inferior da estação Pinheiros, cujo formato é o de um cilindro de dez metros de diâmetro. Seis operários escavam a área com uma retroescavadeira, a aproximadamente 30 metros de profundidade, quando perceberam que uma das paredes estava ruindo.

Houve tempo hábil para os seis operários deixarem o local, e nenhum deles ficou ferido. De acordo com a empresa, os funcionários recebem treinamento para escapar da obra em situações deste tipo.

Para a Odebrecht, a parede ruiu devido à instabilidade do solo às margens do rio Pinheiros que não podia ser prevista.

Por telefone, a reportagem entrou em contato com o engenheiro responsável pela obra, Fábio Gandolfo, mas ele informou que estava em reunião e não comentaria o acidente e orientou a reportagem da Folha Online a procurar a Odebrecht.

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