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14/01/2007
-
13h08
da Folha Online
O Corpo de Bombeiros conseguiu, no começo da tarde deste domingo, içar um caminhão dos escombros do desabamento de um canteiro de obras da estação Pinheiros da linha 4-amarela do metrô, na zona oeste de São Paulo. O caminhão estaria bloqueando o acesso das equipes de resgate à van que foi soterrada no acidente.
Dentro da van estariam o motorista Reinaldo Aparecido Leite, 40, o cobrador Wescley Adriano da Silva, 22, e mais dois passageiros, sendo um o servidor municipal Marcio Rodrigo Alambert, 31. Outras três pessoas também estariam entre os escombros: o caminhoneiro Francisco Sabino Torres, 48, funcionário da obra; a aposentada Abigail Rossi de Azevedo, 75, que desapareceu no trajeto para o médico; e a bacharel em direito Valéria Alves Marmit, 37.
Três carros do IML (Instituto Médico Legal) chegaram ao local em que o desabamento ocorreu, pouco antes das 13h. O diretor do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), Aldo Galiano Junior, afirmou em entrevista à rádio "Jovem Pan" que todo o "apoio logístico" que será necessário caso as pessoas sejam encontradas mortas foi solicitado.
Familiares dos desaparecidos estão de plantão no local do acidente desde a noite de sexta (12), à espera de notícias.
Interdições e guindaste
O trabalho de retirada dos escombros se estendeu pela madrugada deste domingo, embora a iluminação no local seja precária. Com o desabamento, cabos elétricos se romperam, e como o acesso dos técnicos da Eletropaulo ao local ainda não foi liberado, não há previsão de conserto. Cerca de quatro quarteirões --120 imóveis-- também estão sem água.
Segundo a Defesa Civil, 55 imóveis estão interditados devido ao risco de novos desabamentos e um deles será demolido, pois teve a estrutura muito danificada.
Os moradores do imóvel condenado teriam acertado uma indenização com representantes da prefeitura e do consórcio responsável pela obra. No total, 132 desalojados estão hospedados em hotéis reservados em nome do Metrô. Outros foram para casas de parentes e amigos.
Os imóveis só serão liberados após a retirada de um guindaste de aproximadamente 120 toneladas que está pendurado na margem da cratera aberta no acidente e ainda ameaça cair. O risco é que a eventual queda do equipamento aumente ainda mais o buraco, danificando imóveis mais próximos ou até o asfalto da marginal Pinheiros.
Desde sexta, o guindaste foi amarrado a um contrapeso e estabilizado por meio de concreto injetado. Equipes trabalham para desmontar o aparelho.
Trânsito
Para evitar eventuais acidentes, a marginal Pinheiros, uma das principais vias da cidade, está interditada no sentido Castello Branco, na região do acidente. Caso a via permaneça bloqueada até segunda-feira, a prefeitura poderá retomar o rodízio de veículos. A operação havia sido suspensa em dezembro passado e só deveria voltar a vigorar no próximo dia 29.
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a decisão sobre a retomada do rodízio deverá ser divulgada no final da tarde deste domingo.
Desabamento
Segundo a assessoria de imprensa da Odebrecht, o acidente ocorreu durante a escavação da metade inferior da estação Pinheiros, cujo formato é o de um cilindro. Operários escavavam a área com uma retroescavadeira, a aproximadamente 30 metros de profundidade, quando perceberam que uma das paredes estava ruindo.
O local que desabou era usado como acesso de funcionários e equipamentos à obra. Do fosso partem dois túneis: um segue por baixo do rio Pinheiros e o outro vai para o centro.
Nenhum dos operários ficou ferido. Para a Odebrecht, a parede ruiu devido à instabilidade do solo às margens do rio Pinheiros que não podia ser prevista.
Com Agora
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Equipes içam caminhão para chegar à van soterrada em cratera do metrô
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O Corpo de Bombeiros conseguiu, no começo da tarde deste domingo, içar um caminhão dos escombros do desabamento de um canteiro de obras da estação Pinheiros da linha 4-amarela do metrô, na zona oeste de São Paulo. O caminhão estaria bloqueando o acesso das equipes de resgate à van que foi soterrada no acidente.
Dentro da van estariam o motorista Reinaldo Aparecido Leite, 40, o cobrador Wescley Adriano da Silva, 22, e mais dois passageiros, sendo um o servidor municipal Marcio Rodrigo Alambert, 31. Outras três pessoas também estariam entre os escombros: o caminhoneiro Francisco Sabino Torres, 48, funcionário da obra; a aposentada Abigail Rossi de Azevedo, 75, que desapareceu no trajeto para o médico; e a bacharel em direito Valéria Alves Marmit, 37.
Werther Santana/Folha Imagem |
Familiares de desaparecidos acompanham buscas por van no local do desmoronamento |
Familiares dos desaparecidos estão de plantão no local do acidente desde a noite de sexta (12), à espera de notícias.
Interdições e guindaste
O trabalho de retirada dos escombros se estendeu pela madrugada deste domingo, embora a iluminação no local seja precária. Com o desabamento, cabos elétricos se romperam, e como o acesso dos técnicos da Eletropaulo ao local ainda não foi liberado, não há previsão de conserto. Cerca de quatro quarteirões --120 imóveis-- também estão sem água.
Segundo a Defesa Civil, 55 imóveis estão interditados devido ao risco de novos desabamentos e um deles será demolido, pois teve a estrutura muito danificada.
Os moradores do imóvel condenado teriam acertado uma indenização com representantes da prefeitura e do consórcio responsável pela obra. No total, 132 desalojados estão hospedados em hotéis reservados em nome do Metrô. Outros foram para casas de parentes e amigos.
Raimundo Pacco/Folha Imagem |
Equipes trabalham neste sábado no local do desabamento de canteiro de obras do metrô |
Os imóveis só serão liberados após a retirada de um guindaste de aproximadamente 120 toneladas que está pendurado na margem da cratera aberta no acidente e ainda ameaça cair. O risco é que a eventual queda do equipamento aumente ainda mais o buraco, danificando imóveis mais próximos ou até o asfalto da marginal Pinheiros.
Desde sexta, o guindaste foi amarrado a um contrapeso e estabilizado por meio de concreto injetado. Equipes trabalham para desmontar o aparelho.
Trânsito
Para evitar eventuais acidentes, a marginal Pinheiros, uma das principais vias da cidade, está interditada no sentido Castello Branco, na região do acidente. Caso a via permaneça bloqueada até segunda-feira, a prefeitura poderá retomar o rodízio de veículos. A operação havia sido suspensa em dezembro passado e só deveria voltar a vigorar no próximo dia 29.
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a decisão sobre a retomada do rodízio deverá ser divulgada no final da tarde deste domingo.
Desabamento
Segundo a assessoria de imprensa da Odebrecht, o acidente ocorreu durante a escavação da metade inferior da estação Pinheiros, cujo formato é o de um cilindro. Operários escavavam a área com uma retroescavadeira, a aproximadamente 30 metros de profundidade, quando perceberam que uma das paredes estava ruindo.
O local que desabou era usado como acesso de funcionários e equipamentos à obra. Do fosso partem dois túneis: um segue por baixo do rio Pinheiros e o outro vai para o centro.
Nenhum dos operários ficou ferido. Para a Odebrecht, a parede ruiu devido à instabilidade do solo às margens do rio Pinheiros que não podia ser prevista.
Com Agora
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