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14/01/2007 - 17h21

Prefeitura mantém interdição na marginal Pinheiros; rodízio permanece suspenso

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da Folha Online

As pistas local e expressa da marginal Pinheiros, em São Paulo, permanecerão interditadas na segunda-feira (15) no sentido Castello Branco para os trabalhos das equipes que atuam no canteiro de obras da estação Pinheiros do metrô, que desabou na última sexta --há desaparecidos. O rodízio de veículos permanecerá suspenso na cidade. A afirmação é do prefeito Gilberto Kassab (PFL), que esteve no local, neste domingo.

Segundo Kassab, a marginal --uma das principais vias da cidade-- deverá ficar bloqueada até a noite de segunda. A recomendação é para que o motorista evite a região.

A prefeitura avaliava retomar a operação --que restringe a circulação de veículos no chamado centro expandido--, caso a marginal permanecesse bloqueada. Com a decisão deste domingo, o rodízio, suspenso por causa das férias escolares, deve voltar a vigorar dia 29.

Vítimas

As equipes de resgate ainda tentam localizar sob os escombros as sete pessoas que desapareceram após o acidente. Com o desabamento, veículos foram engolidos --entre eles uma van com passageiros.
Werther Santana/Folha Imagem
Familiares de desaparecidos acompanham buscas por van no local do desmoronamento
Familiares de desaparecidos acompanham buscas por van no local do desmoronamento


As equipes localizaram visualmente a van, mas ainda não conseguiram chegar até ela. No começo da tarde deste domingo, o Corpo de Bombeiros conseguiu içar um caminhão que estaria bloqueando o acesso das equipes de resgate à van soterrada. Dentro dela estariam o motorista Reinaldo Aparecido Leite, 40, o cobrador Wescley Adriano da Silva, 22, e mais dois passageiros, sendo um o servidor municipal Marcio Rodrigo Alambert, 31.

Outras três pessoas também estariam entre os escombros: o caminhoneiro Francisco Sabino Torres, 48, funcionário da obra; a aposentada Abigail Rossi de Azevedo, 75, que desapareceu no trajeto para o médico; e a bacharel em direito Valéria Alves Marmit, 37.

Os trabalhos, que eram feitos pela superfície, voltaram a ser realizados por uma lateral que dá acesso aos veículos engolidos pela cratera deixada pelo desabamento nas obras da linha 4-amarela do metrô.

Familiares dos desaparecidos estão de plantão no local do acidente desde a noite de sexta (12), à espera de notícias. Três carros do IML (Instituto Médico Legal) chegaram ao local em que o desabamento ocorreu, pouco antes das 13h.

Acidente

Com o desabamento, a pista sentido Castello Branco da marginal Pinheiros foi interditada, casas vizinhas acabaram isoladas. Cabos elétricos se romperam --ainda sem previsão para o conserto. Cerca de quatro quarteirões --120 imóveis-- também estão sem água.

Cerca de 130 desalojados estão hospedados em hotéis reservados em nome do Metrô. Outros foram para casas de parentes e amigos.
Raimundo Pacco/Folha Imagem
Equipes trabalham neste sábado no local do desabamento de canteiro de obras do metrô
Equipes trabalham neste sábado no local do desabamento de canteiro de obras do metrô


Os imóveis só serão liberados após a retirada de um guindaste de aproximadamente 120 toneladas que está pendurado na margem da cratera aberta no acidente e ameaçava cair. Desde sexta, o equipamento foi amarrado a um contrapeso e estabilizado por meio de concreto injetado. Equipes trabalham para desmontar o aparelho.

O local que desabou era usado como acesso de funcionários e equipamentos à obra. Do fosso partem dois túneis: um segue por baixo do rio Pinheiros e o outro vai para o centro. Foi a partir desse segundo túnel que a estrutura começou a desabar, segundo informações do governo do Estado.

O acidente ampliou o buraco, que passou a ter cerca de 80 metros de diâmetro. São cerca de 50 toneladas de escombros.

Segundo a assessoria de imprensa da Odebrecht, o acidente ocorreu durante a escavação da metade inferior da estação Pinheiros, cujo formato é o de um cilindro. Operários escavavam a área com uma retroescavadeira, a aproximadamente 30 metros de profundidade, quando perceberam que uma das paredes estava ruindo. Nenhum dos operários ficou ferido.

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