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17/01/2007
-
00h45
CAROLINA FARIAS
da Folha Online
As equipes do Corpo de Bombeiros esperam encerrar até quinta-feira o resgate de todas as vítimas do desabamento no canteiro do obras do metrô, segundo o capitão Mauro Minoro Takara.
Até agora, duas mulheres foram resgatadas. Pelo menos quatro pessoas continuam soterradas nos escombros.
No final da noite desta terça-feira (16), os bombeiros iniciaram novas escavações para resgatar o motorista de caminhão Francisco Sabino Torres, 48, depois que os engenheiros do Consórcio Via Amarela, responsável pela obra, apontaram a frente mais segura para o trabalho.
Agora, as buscas ocorrem em duas frentes. Uma, para recuperar os ocupantes da van, soterrados do lado esquerdo da cratera, e outra para o motorista do caminhão, do lado direito. Os trabalhos vão continuar ao longo desta madrugada.
Dentro da lotação, estão o motorista Reinaldo Aparecido Leite, 40, e o cobrador Wescley Adriano da Silva, 22. Seriam passageiros o funcionário público Marcio Rodrigues Alambert, 31, e o office-boy Cícero Augustino da Silva, 60.
Outra passageira da van, a bacharel em direito Valéria Alves Marmit, 37, foi resgatada às 20h30 desta terça, após um trabalho de oito horas e quarenta minutos realizado por três equipes que se revezaram.
A primeira vítima a ser resgatada, na segunda-feira, foi a aposentada Abigail de Azevedo, 75. Ela foi enterrada no mesmo dia no Cemitério Santo Amaro (zona sul), com despesas pagas pelo consórcio.
Desabamento
O canteiro de obras, que desabou na sexta-feira (12), era usado como acesso de funcionários e equipamentos à obra. Do fosso partem dois túneis. O que desabou havia sido inaugurado há cerca de um ano, segundo informações do governo do Estado. O acidente ampliou o buraco, que passou a ter cerca de 80 metros de diâmetro.
Veículos e pessoas foram engolidos pela cratera. Ruas próximas foram isoladas --a pista sentido Castello Branco da marginal Pinheiros chegou a ficar totalmente interditada. No total, 55 imóveis foram interditados --três deles tiveram a demolição anunciada.
No fim de semana, o Consórcio Via Amarela responsabilizou a chuva das últimas semanas pelo desabamento. O consórcio é liderado pela Odebrecht, a maior construtora do país, e integrado também pela OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.
Na segunda, o vice-governador e secretário de Desenvolvimento de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), responsabilizou as chuvas e o processo de engenharia pelo acidente. Porém, não apontou culpados.
"Se não tivesse havido um grande volume de chuvas, talvez não teria acontecido. Mas o grande volume de chuvas também é previsível. Qualquer episódio em que há uma tragédia desse tipo há uma responsabilidade do processo, da engenharia desse processo, ou seja, a engenharia em algum momento falhou indiscutivelmente", disse.
"Do ponto de vista da engenharia o que eu posso dizer, sem culpar o consórcio, sem culpar ninguém, é que houve alguma falha. Quem falhou e como falhou só a investigação irá dizer", afirmou.
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Bombeiros esperam resgatar vítimas de desabamento até quinta-feira
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da Folha Online
As equipes do Corpo de Bombeiros esperam encerrar até quinta-feira o resgate de todas as vítimas do desabamento no canteiro do obras do metrô, segundo o capitão Mauro Minoro Takara.
Até agora, duas mulheres foram resgatadas. Pelo menos quatro pessoas continuam soterradas nos escombros.
No final da noite desta terça-feira (16), os bombeiros iniciaram novas escavações para resgatar o motorista de caminhão Francisco Sabino Torres, 48, depois que os engenheiros do Consórcio Via Amarela, responsável pela obra, apontaram a frente mais segura para o trabalho.
Agora, as buscas ocorrem em duas frentes. Uma, para recuperar os ocupantes da van, soterrados do lado esquerdo da cratera, e outra para o motorista do caminhão, do lado direito. Os trabalhos vão continuar ao longo desta madrugada.
Dentro da lotação, estão o motorista Reinaldo Aparecido Leite, 40, e o cobrador Wescley Adriano da Silva, 22. Seriam passageiros o funcionário público Marcio Rodrigues Alambert, 31, e o office-boy Cícero Augustino da Silva, 60.
Outra passageira da van, a bacharel em direito Valéria Alves Marmit, 37, foi resgatada às 20h30 desta terça, após um trabalho de oito horas e quarenta minutos realizado por três equipes que se revezaram.
A primeira vítima a ser resgatada, na segunda-feira, foi a aposentada Abigail de Azevedo, 75. Ela foi enterrada no mesmo dia no Cemitério Santo Amaro (zona sul), com despesas pagas pelo consórcio.
Desabamento
O canteiro de obras, que desabou na sexta-feira (12), era usado como acesso de funcionários e equipamentos à obra. Do fosso partem dois túneis. O que desabou havia sido inaugurado há cerca de um ano, segundo informações do governo do Estado. O acidente ampliou o buraco, que passou a ter cerca de 80 metros de diâmetro.
Veículos e pessoas foram engolidos pela cratera. Ruas próximas foram isoladas --a pista sentido Castello Branco da marginal Pinheiros chegou a ficar totalmente interditada. No total, 55 imóveis foram interditados --três deles tiveram a demolição anunciada.
No fim de semana, o Consórcio Via Amarela responsabilizou a chuva das últimas semanas pelo desabamento. O consórcio é liderado pela Odebrecht, a maior construtora do país, e integrado também pela OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.
Na segunda, o vice-governador e secretário de Desenvolvimento de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), responsabilizou as chuvas e o processo de engenharia pelo acidente. Porém, não apontou culpados.
"Se não tivesse havido um grande volume de chuvas, talvez não teria acontecido. Mas o grande volume de chuvas também é previsível. Qualquer episódio em que há uma tragédia desse tipo há uma responsabilidade do processo, da engenharia desse processo, ou seja, a engenharia em algum momento falhou indiscutivelmente", disse.
"Do ponto de vista da engenharia o que eu posso dizer, sem culpar o consórcio, sem culpar ninguém, é que houve alguma falha. Quem falhou e como falhou só a investigação irá dizer", afirmou.
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