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19/01/2007
-
10h26
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
da Folha de S.Paulo
O seguro contratado pelo Consórcio Via Amarela reserva R$ 20 milhões para indenizar famílias atingidas pelo desastre no metrô, disse ontem o secretário de Estado da Justiça, Luiz Antonio Guimarães Marrey. O total da apólice contratada com a Unibanco-AIG é de R$ 1,3 bilhão, mas só essa parcela é destinada às indenizações civis.
Não há garantia de que o valor estipulado seja suficiente para as indenizações, tanto pelas casas afetadas como pelas mortes. "Se o seguro não der conta, eles [o consórcio] terão que botar a mão no bolso."
De manhã, Serra já havia dito que, caso haja demora no pagamento do seguro, o governo assumirá o ônus. "As indenizações cabem ao consórcio. O Estado tem papel nisso, até porque, se houver demora, o Estado paga e desconta nos pagamentos ao consórcio."
De manhã, o prefeito Gilberto Kassab (PFL) disse ter criado um grupo de trabalho para ajudar donos das casas atingidas. "Tenho dito para as seguradoras não brincarem com as famílias. Jogaremos todo o nosso peso, o peso político da Prefeitura de São Paulo, para que seja feita a justa indenização", disse Kassab, em uma das mais duras declarações desde que assumiu, no início de 2006.
"E que a seguradora não brinque com as famílias, vai comprar uma briga enorme."
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, a melhor forma de receber rapidamente a indenização é tentar um acordo. A disputa na Justiça pode se prolongar por mais de dez anos.
Seguro do seguro
O consórcio tem apólice com a Unibanco-AIG, mas o IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) e um grupo de resseguradoras estrangeiras devem arcar com os danos do acidente.
As resseguradoras compartilham o risco. Assim, a Unibanco-AIG passou uma parcela do risco ao IRB, que, por sua vez, repassou parte a um grupo de resseguradoras estrangeiras. Na prática, a maior parte do valor para indenizações virá dessas firmas de outros países.
O contrato fechado com a Unibanco-AIG inclui seguro de responsabilidade civil e seguro de engenharia. O seguro de responsabilidade civil garante atendimento médico-hospitalar, lesões corporais e morte, reconstrução ou reparação dos imóveis danificados ou destruídos, reparo ou reposição de bens móveis, como veículos, mobiliários e utensílios danificados e hospedagem e aluguéis temporários caso não seja possível o acesso aos imóveis.
As vítimas deverão enviar as reclamações à seguradora por meio do consórcio. Este deverá registrar, encaminhar reclamações para a seguradora e acompanhar cada um dos processos.
O seguro de engenharia inclui todos os riscos, inclusive naturais, falhas de execução ou erros de projeto. As únicas exceções são atos de guerra, terrorismo ou radiação nuclear.
O grupo de resseguradoras estrangeiras deve encaminhar os recursos para o IRB, que repassa a verba à seguradora. Normalmente é realizada primeiro uma investigação formal para detectar as causas do acidente e o alcance dos danos. Somente depois disso, o dinheiro das indenizações é liberado.
Com Folha de S.Paulo, no Rio
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Seguro de R$ 1,3 bi prevê só R$ 20 mi para famílias
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da Folha de S.Paulo
O seguro contratado pelo Consórcio Via Amarela reserva R$ 20 milhões para indenizar famílias atingidas pelo desastre no metrô, disse ontem o secretário de Estado da Justiça, Luiz Antonio Guimarães Marrey. O total da apólice contratada com a Unibanco-AIG é de R$ 1,3 bilhão, mas só essa parcela é destinada às indenizações civis.
Não há garantia de que o valor estipulado seja suficiente para as indenizações, tanto pelas casas afetadas como pelas mortes. "Se o seguro não der conta, eles [o consórcio] terão que botar a mão no bolso."
De manhã, Serra já havia dito que, caso haja demora no pagamento do seguro, o governo assumirá o ônus. "As indenizações cabem ao consórcio. O Estado tem papel nisso, até porque, se houver demora, o Estado paga e desconta nos pagamentos ao consórcio."
De manhã, o prefeito Gilberto Kassab (PFL) disse ter criado um grupo de trabalho para ajudar donos das casas atingidas. "Tenho dito para as seguradoras não brincarem com as famílias. Jogaremos todo o nosso peso, o peso político da Prefeitura de São Paulo, para que seja feita a justa indenização", disse Kassab, em uma das mais duras declarações desde que assumiu, no início de 2006.
"E que a seguradora não brinque com as famílias, vai comprar uma briga enorme."
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, a melhor forma de receber rapidamente a indenização é tentar um acordo. A disputa na Justiça pode se prolongar por mais de dez anos.
Seguro do seguro
O consórcio tem apólice com a Unibanco-AIG, mas o IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) e um grupo de resseguradoras estrangeiras devem arcar com os danos do acidente.
As resseguradoras compartilham o risco. Assim, a Unibanco-AIG passou uma parcela do risco ao IRB, que, por sua vez, repassou parte a um grupo de resseguradoras estrangeiras. Na prática, a maior parte do valor para indenizações virá dessas firmas de outros países.
O contrato fechado com a Unibanco-AIG inclui seguro de responsabilidade civil e seguro de engenharia. O seguro de responsabilidade civil garante atendimento médico-hospitalar, lesões corporais e morte, reconstrução ou reparação dos imóveis danificados ou destruídos, reparo ou reposição de bens móveis, como veículos, mobiliários e utensílios danificados e hospedagem e aluguéis temporários caso não seja possível o acesso aos imóveis.
As vítimas deverão enviar as reclamações à seguradora por meio do consórcio. Este deverá registrar, encaminhar reclamações para a seguradora e acompanhar cada um dos processos.
O seguro de engenharia inclui todos os riscos, inclusive naturais, falhas de execução ou erros de projeto. As únicas exceções são atos de guerra, terrorismo ou radiação nuclear.
O grupo de resseguradoras estrangeiras deve encaminhar os recursos para o IRB, que repassa a verba à seguradora. Normalmente é realizada primeiro uma investigação formal para detectar as causas do acidente e o alcance dos danos. Somente depois disso, o dinheiro das indenizações é liberado.
Com Folha de S.Paulo, no Rio
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