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29/01/2007 - 09h08

Metrô nega ligação entre gerente de obra e empreiteira

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da Folha de S.Paulo

Os acusados de envolvimento em um esquema ilegal de contratações públicas, em ação civil pública do Ministério Público Estadual, negam, no processo, ter cometido ilegalidades ou ter participado de esquema para um suposto enriquecimento do ex-presidente do Metrô de São Paulo Antonio Sergio Fernandes.

O Metrô foi questionado pela reportagem se considerava isenta a participação de Marco Antonio Buoncompagno, gerente de construção da linha 4, no comando de uma obra que tem a participação da construtora Andrade Gutierrez, com quem ele é acusado, pelo Ministério Público Estadual, de ter tido vínculos irregulares e de ter sido favorecido por ela.

Respondeu que, "no âmbito penal", ele "foi absolvido" e que "a ação civil ainda não foi julgada". A companhia também afirmou não haver "nenhuma ligação do engenheiro com a Andrade Gutierrez".

Questionada pela Folha sobre se concordava com a ilegalidade do aditivo contratual firmado pelo Metrô no começo dos anos 90 com a Andrade Gutierrez e da subcontratação da Engemab, a assessoria do Metrô respondeu: "O Metrô não concorda nem discorda".

A companhia estadual também disse que "não cabe à atual administração do Metrô emitir opinião" sobre as irregularidades acusadas pela Promotoria em relação ao ex-presidente Antonio Sergio Fernandes.

A Folha também solicitou entrevista com Luiz Carlos Frayze David, presidente do Metrô, sobre esse tema, mas ela não foi concedida.

Nota oficial

A construtora Andrade Gutierrez, integrante do Consórcio Via Amarela, foi questionada sobre as acusações, mas se limitou a emitir uma nota, pela assessoria de imprensa.

No comunicado, diz que "confirma que, de fato, foi citada na ação civil pública e que apresentou sua defesa de forma cabal". Acrescenta que a ação "encontra-se em curso e, em respeito à Justiça, a construtora não se manifestará". A Mendes Jr. diz, pela assessoria, que os contratos firmados pelo Metrô foram legais.

O Consórcio Via Amarela informou que desconhece a Engemab, que nunca teve relação com a empresa e que sua relação com Buoncompagno é limitada à atividade dele de funcionário do Metrô paulista.

O ex-presidente do Metrô Antonio Sergio Fernandes foi procurado desde quinta-feira nos telefones que constam em nome dele e da mulher, mas não foi localizado. Na tarde de sexta-feira, ao descobrir os contatos de seus advogados de defesa, a Folha os contatou e deixou recados no escritório, mas não obteve resposta.

Na ação, ele nega com veemência a acusação de enriquecimento ilícito, bem como descarta ter cometido ilegalidades. A defesa de Fernandes diz que "a simples existência de negócios particulares entre dirigentes do Metrô e um sócio da Engemab não autoriza as suposições" feitas pela Promotoria.

Jurandir Fernandes, ex-secretário dos Transportes Metropolitanos do governo Alckmin, pasta responsável pelo Metrô, foi contatado no celular desde quinta, mas não respondeu aos recados.

Ação arquivada

Buoncompagno chegou a ser condenado à prisão em ação penal em que foi acusado de corrupção ativa pelo suposto esquema envolvendo construtoras e dirigentes do Metrô, mas recorreu, foi absolvido, e a ação, arquivada.

Em contato na última semana, Buoncompagno disse à Folha não se lembrar dessa decisão.

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