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30/01/2007
-
09h34
da Folha de S.Paulo
As empreiteiras responsáveis pelas obras na futura estação Pinheiros do Metrô, onde ocorreu a tragédia com sete vítimas no último dia 12, sabiam antes dos riscos de desmoronamento no túnel do local.
É isso o que aponta um relatório da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) do Metrô. De acordo com o documento, o primeiro sobre as causas do acidente assinado por um engenheiro do Metrô e divulgado ontem pelo "Jornal Nacional", "as paredes do túnel estavam envergando, pressionadas pelo terreno".
O alerta sobre riscos de desabamento do túnel que ligará as futuras estações Faria Lima e Pinheiros (zona oeste de SP), de acordo com a Cipa, foi dado por um engenheiro do Consórcio Via Amarela --responsável pela obra-- aos engenheiros do Metrô, ainda na quinta, dia 11, véspera da tragédia.
A partir do sinal de risco de queda do túnel, em decorrência da movimentação de terra detectada, os responsáveis pela construção decidiram reforçá-lo com a colocação de tirantes --grandes pinos de aço--, que deveriam ser instalados nas paredes do túnel.
Na véspera da tragédia, os buracos no túnel para a colocação dos tirantes foram abertos. Mas a obra continuou, mesmo com o risco iminente de queda, e, na manhã do acidente, novas detonações foram realizadas na obra da estação Pinheiros, e nenhum tirante foi colocado. Foi por volta das 15h dessa sexta que o túnel da estação desabou.
No sábado, um dia após o acidente, o secretário José Luiz Portella (Transportes Metropolitanos) já havia dito que o consórcio sabia dos problemas.
As informações sobre os alertas de desabamento divulgadas pela Cipa são utilizadas pelo delegado seccional Oeste, Dejair Rodrigues, em busca da cronologia exata do acidente. Até agora, 24 pessoas foram interrogadas no inquérito sobre o caso.
Outro lado
Por meio de nota oficial, o Metrô contestou a competência da Cipa em dar pareceres sobre o incidente, mas não desmentiu os alertas de risco de desmoronamento do dia 11.
"O Metrô esclarece que nem o Sindicato dos Metroviários nem a Cipa são órgãos competentes para emitir opiniões técnicas sobre métodos construtivos. Essas afirmações são subjetivas e de suas exclusivas responsabilidades."
Segundo o "Jornal Nacional", o Consórcio Via Amarela não quis fazer comentários porque não conhecia o relatório.
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As empreiteiras responsáveis pelas obras na futura estação Pinheiros do Metrô, onde ocorreu a tragédia com sete vítimas no último dia 12, sabiam antes dos riscos de desmoronamento no túnel do local.
É isso o que aponta um relatório da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) do Metrô. De acordo com o documento, o primeiro sobre as causas do acidente assinado por um engenheiro do Metrô e divulgado ontem pelo "Jornal Nacional", "as paredes do túnel estavam envergando, pressionadas pelo terreno".
O alerta sobre riscos de desabamento do túnel que ligará as futuras estações Faria Lima e Pinheiros (zona oeste de SP), de acordo com a Cipa, foi dado por um engenheiro do Consórcio Via Amarela --responsável pela obra-- aos engenheiros do Metrô, ainda na quinta, dia 11, véspera da tragédia.
A partir do sinal de risco de queda do túnel, em decorrência da movimentação de terra detectada, os responsáveis pela construção decidiram reforçá-lo com a colocação de tirantes --grandes pinos de aço--, que deveriam ser instalados nas paredes do túnel.
Na véspera da tragédia, os buracos no túnel para a colocação dos tirantes foram abertos. Mas a obra continuou, mesmo com o risco iminente de queda, e, na manhã do acidente, novas detonações foram realizadas na obra da estação Pinheiros, e nenhum tirante foi colocado. Foi por volta das 15h dessa sexta que o túnel da estação desabou.
No sábado, um dia após o acidente, o secretário José Luiz Portella (Transportes Metropolitanos) já havia dito que o consórcio sabia dos problemas.
As informações sobre os alertas de desabamento divulgadas pela Cipa são utilizadas pelo delegado seccional Oeste, Dejair Rodrigues, em busca da cronologia exata do acidente. Até agora, 24 pessoas foram interrogadas no inquérito sobre o caso.
Outro lado
Por meio de nota oficial, o Metrô contestou a competência da Cipa em dar pareceres sobre o incidente, mas não desmentiu os alertas de risco de desmoronamento do dia 11.
"O Metrô esclarece que nem o Sindicato dos Metroviários nem a Cipa são órgãos competentes para emitir opiniões técnicas sobre métodos construtivos. Essas afirmações são subjetivas e de suas exclusivas responsabilidades."
Segundo o "Jornal Nacional", o Consórcio Via Amarela não quis fazer comentários porque não conhecia o relatório.
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