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10/02/2007 - 11h33

Polícia procura quinto suspeito de arrastar e matar menino no Rio

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da Folha Online
da Folha de S.Paulo, no Rio

Quatro suspeitos de envolvimento no assalto seguido da morte do menino João Hélio Fernandes, 6, foram detidos desde o crime, ocorrido na noite da última quarta-feira (7), na zona norte do Rio. A polícia tenta localizar um quinto suspeito.

Uma nova testemunha relatou à polícia que perseguiu o carro que arrastou João por sete quilômetros e quatro bairros do subúrbio e contou que alertou os ocupantes do veículo que havia uma criança pendurada do lado de fora. Segundo o relato dessa testemunha, os assaltantes não pararam o veículo e um deles teria dito: "É um boneco de Judas".

Entre os suspeitos de envolvimento no crime está um adolescente de 16 anos, localizado na quinta-feira (8). Os outros presos são Diego Nascimento da Silva, 18, Carlos Roberto da Silva, 21, e Tiago Abreu Mattos, 18. Preso na quinta, Mattos chegou a ser liberado por falta de provas, mas voltou a ser preso na noite de sexta (9).

Os três maiores de idade devem ser indiciados pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e formação de quadrilha. O adolescente deverá cumprir medida socioeducativa por no máximo três anos.

Crime

João estava na companhia da mãe, Rosa Cristina Fernandes Vieites e da irmã Aline, 13, quando o carro deles foi parado pelo grupo de assaltantes por volta das 21h de quarta, em Oswaldo Cruz.

Rosa e a filha conseguiram sair, mas, quando a mãe tentava retirar o menino do carro, os ladrões arrancaram com o veículo e a criança ficou pendurada do lado de fora, presa ao cinto de segurança.

João foi arrastado durante 15 minutos, por 14 ruas. O carro foi abandonado em uma rua de Cascadura. Os criminosos fugiram a pé. O corpo do menino foi encontrado dilacerado.

Preso

Pessoas atiraram pedras contra a casa de Diego, em Cascadura (zona norte). O pai do rapaz colaborou no encontro e prisão do filho e de dois supostos comparsas.

"Ele me entregou porque gosta de mim." Assim Diego justificou para a Folha a atitude do pai, Kerginaldo Marinho da Silva. Ele pediu desculpas para a família de João. "Eu não matei ninguém. Só queríamos levar o carro", declarou.

Diego voltou a negar que sabia que o menino estava pendurado do lado de fora, preso pelo cinto de segurança. Segundo ele, a intenção do grupo era roubar apenas os pneus do carro.

O jovem disse que há pelo menos um ano passou a praticar crimes, como roubo de carros, mas não soube explicar o motivo. Negou que tivesse matado alguém nesse período.

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