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28/02/2007
-
16h01
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O governo federal decidiu prorrogar por 30 dias o grupo de trabalho interministerial que analisa mudanças no sistema do controle de tráfego aéreo do país. Segundo o ministro da Defesa, Waldir Pires, nesse período, o grupo poderá apresentar propostas que incluem a discussão sobre desmilitarizar o setor.
"O ideal seria chegarmos a uma solução conjunta, açodada, em deliberação comum de todos. Temos que estabelecer regras que vão orientar a aviação civil", afirmou.
O grupo de trabalho discute estratégias para encerrar a crise aérea, com a opção de desmilitarizar o setor ou deixar que os controladores militares migrem para cargos civis, permanecendo subordinados ao Comando da Aeronáutica.
O governo discute, entre outros assuntos, a distorção entre os salários dos controladores militares e civis. O salário previsto pelo governo para os controladores civis é de R$ 3.148, quase R$ 1.000 a mais que o inicial dos militares.
Atualmente, cerca de 80% dos controladores são da carreira militar, com salários brutos de R$ 2.402 a R$ 3.785, no nível de primeiro a terceiro sargento.
Mesmo reconhecendo as distorções, Pires disse que cabe às Forças Armadas administrar o setor. "O controle do espaço aéreo é da Força Aérea Brasileira, que tem como meta garantir a nossa soberania. Aviação civil é outra coisa, é transporte do cidadão. Vamos ter que estudar isso de modo mais competente possível", afirmou Pires.
O novo comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, que foi empossado no cargo na manhã desta quarta, disse estar disposto a discutir a desmilitarização do setor.
Mas fez, em contrapartida, uma dura defesa do atual sistema adotado no país. A discussão sobre mudanças no controle de tráfego aéreo veio à tona depois das crises aéreas que atingiram os principais aeroportos do país.
Pires também não apresentou detalhes sobre a gratificação nos salários reivindicada pelos controladores de vôo --que chegaram a ameaçar parar os trabalhos no Carnaval se não tivessem suas reivindicações atendidas. "Isso esteve em análise, tudo esteve em análise. Tudo que surgir do grupo de trabalho será objeto de análise do governo", afirmou.
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O governo federal decidiu prorrogar por 30 dias o grupo de trabalho interministerial que analisa mudanças no sistema do controle de tráfego aéreo do país. Segundo o ministro da Defesa, Waldir Pires, nesse período, o grupo poderá apresentar propostas que incluem a discussão sobre desmilitarizar o setor.
"O ideal seria chegarmos a uma solução conjunta, açodada, em deliberação comum de todos. Temos que estabelecer regras que vão orientar a aviação civil", afirmou.
O grupo de trabalho discute estratégias para encerrar a crise aérea, com a opção de desmilitarizar o setor ou deixar que os controladores militares migrem para cargos civis, permanecendo subordinados ao Comando da Aeronáutica.
O governo discute, entre outros assuntos, a distorção entre os salários dos controladores militares e civis. O salário previsto pelo governo para os controladores civis é de R$ 3.148, quase R$ 1.000 a mais que o inicial dos militares.
Atualmente, cerca de 80% dos controladores são da carreira militar, com salários brutos de R$ 2.402 a R$ 3.785, no nível de primeiro a terceiro sargento.
Mesmo reconhecendo as distorções, Pires disse que cabe às Forças Armadas administrar o setor. "O controle do espaço aéreo é da Força Aérea Brasileira, que tem como meta garantir a nossa soberania. Aviação civil é outra coisa, é transporte do cidadão. Vamos ter que estudar isso de modo mais competente possível", afirmou Pires.
O novo comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, que foi empossado no cargo na manhã desta quarta, disse estar disposto a discutir a desmilitarização do setor.
Mas fez, em contrapartida, uma dura defesa do atual sistema adotado no país. A discussão sobre mudanças no controle de tráfego aéreo veio à tona depois das crises aéreas que atingiram os principais aeroportos do país.
Pires também não apresentou detalhes sobre a gratificação nos salários reivindicada pelos controladores de vôo --que chegaram a ameaçar parar os trabalhos no Carnaval se não tivessem suas reivindicações atendidas. "Isso esteve em análise, tudo esteve em análise. Tudo que surgir do grupo de trabalho será objeto de análise do governo", afirmou.
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