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29/03/2007
-
20h46
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Familiares das 154 vítimas da queda do Boeing da Gol, há exatos seis meses, participaram nesta quinta-feira de missa em memória dos mortos e cobraram a conclusão do processo que deverá apontar os responsáveis pelo acidente --o maior do país. O avião, que fazia o vôo 1907, caiu em uma área de mata fechada em Mato Grosso depois de colidir com um jato Legacy, da empresa norte-americana ExcelAire.
Praticamente sem acesso às investigações, os parentes das vítimas reclamam da falta de perspectiva para que o processo seja concluído. "Qualquer acidente nesse país já está banalizado. O presidente não exige um prazo das autoridades, ele pede um prazo", disse Neusa Felipetto Machado, que faz parte da associação de familiares das vítimas do acidentes e que participou da missa --que contou com a presença de cerca de 60 pessoas-- na capela da Catedral de Brasília.
A reclamação dos familiares é porque o governo federal não estabeleceu um prazo final para a conclusão das investigações, feitas pela Polícia Federal. Uma vitória para a associação de vítimas foi a permissão para acessar os documentos da investigação da PF, que tinha negado repassar as informações ao alegar que o processo corre em segredo de Justiça e era uma questão que envolvia a segurança nacional.
O Ministério Público Federal foi favorável à associação, alegando que não era uma questão de segurança e que as famílias eram parte envolvida, e por isso poderiam ter o acesso às informações. Até então, os familiares recebiam informações apenas da Aeronáutica. Da Gol, apenas assistência médica e psicológica, que vai até setembro.
As investigações da Aeronáutica indicaram que o transponder, o TCAS (sistema anti-colisão) e o rádio do Legacy estavam em perfeito estado, mas inoperantes --o motivo é investigado. O transponder aciona o TCAS, que avisa os pilotos, visual e sonoramente, em caso de aproximação perigosa de qualquer objeto. Como o equipamento estava em funcionamento, a Aeronáutica indicou que houve falha humana.
Após o choque entre as duas aeronaves, os pilotos do Legacy conseguiram pousar na base da Aeronáutica na serra do Cachimbo (PA), e os sete ocupantes não sofreram ferimentos.
Todos os ocupantes do Boeing da Gol morreram na queda. A aeronave havia saído de Manaus em 29 de setembro, com destino ao Rio e escala em Brasília.
Os pilotos do Legacy, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, foram indiciados pela Polícia Federal por expor a aeronave que pilotavam a perigo. Antes do indiciamento, eles tiveram os passaportes retidos e não puderam deixar o país por cerca de dois meses.
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da Folha Online, em Brasília
Familiares das 154 vítimas da queda do Boeing da Gol, há exatos seis meses, participaram nesta quinta-feira de missa em memória dos mortos e cobraram a conclusão do processo que deverá apontar os responsáveis pelo acidente --o maior do país. O avião, que fazia o vôo 1907, caiu em uma área de mata fechada em Mato Grosso depois de colidir com um jato Legacy, da empresa norte-americana ExcelAire.
Praticamente sem acesso às investigações, os parentes das vítimas reclamam da falta de perspectiva para que o processo seja concluído. "Qualquer acidente nesse país já está banalizado. O presidente não exige um prazo das autoridades, ele pede um prazo", disse Neusa Felipetto Machado, que faz parte da associação de familiares das vítimas do acidentes e que participou da missa --que contou com a presença de cerca de 60 pessoas-- na capela da Catedral de Brasília.
A reclamação dos familiares é porque o governo federal não estabeleceu um prazo final para a conclusão das investigações, feitas pela Polícia Federal. Uma vitória para a associação de vítimas foi a permissão para acessar os documentos da investigação da PF, que tinha negado repassar as informações ao alegar que o processo corre em segredo de Justiça e era uma questão que envolvia a segurança nacional.
O Ministério Público Federal foi favorável à associação, alegando que não era uma questão de segurança e que as famílias eram parte envolvida, e por isso poderiam ter o acesso às informações. Até então, os familiares recebiam informações apenas da Aeronáutica. Da Gol, apenas assistência médica e psicológica, que vai até setembro.
As investigações da Aeronáutica indicaram que o transponder, o TCAS (sistema anti-colisão) e o rádio do Legacy estavam em perfeito estado, mas inoperantes --o motivo é investigado. O transponder aciona o TCAS, que avisa os pilotos, visual e sonoramente, em caso de aproximação perigosa de qualquer objeto. Como o equipamento estava em funcionamento, a Aeronáutica indicou que houve falha humana.
Após o choque entre as duas aeronaves, os pilotos do Legacy conseguiram pousar na base da Aeronáutica na serra do Cachimbo (PA), e os sete ocupantes não sofreram ferimentos.
Todos os ocupantes do Boeing da Gol morreram na queda. A aeronave havia saído de Manaus em 29 de setembro, com destino ao Rio e escala em Brasília.
Os pilotos do Legacy, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, foram indiciados pela Polícia Federal por expor a aeronave que pilotavam a perigo. Antes do indiciamento, eles tiveram os passaportes retidos e não puderam deixar o país por cerca de dois meses.
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